Veículos

Clássica de dois mundos

Com motor de dois cilindros paralelos e muito torque, modelo tem estilo clássico e vocação para rodar no asfalto e na terra, além de muita eletrônica embarcada garantindo a segurança

postado em 01/08/2019 04:10
Com motor de dois cilindros paralelos e muito torque, modelo tem estilo clássico e vocação para rodar no asfalto e na terra, além de muita eletrônica embarcada garantindo a segurança

Ribeirão Preto (SP) ; A Triumph Scrambler 1200 XE, topo de linha (o modelo XC, de entrada, chega até o fim do ano), desembarca no mercado com preço sugerido de R$ 59.990 e um estilo clássico, que permite rodar no asfalto e também na terra com extrema desenvoltura. O termo Scrambler, algo como ;misturado;, surgiu exatamente na Inglaterra, berço da Triumph, na década de 1950, para definir as motos de rua, modificadas para rodar também na terra. O modelo tinha como principais características o peso aliviado, guidão mais largo e suspensões de maior curso, criando uma espécie de mistura.

A Scrambler 1200 XE obedece à receita, mas incorpora tecnologia atual e eletrônica, que permite transitar entre os dois mundos de forma bastante divertida. A porção de asfalto conta com piloto automático, ativado com um simples toque (desarma ao acionamento do freio, embreagem ou acelerador), ignição sem chave (smart key), iluminação em LED, com luz diurna, botões iluminados, imobilizador, tomada USB, aquecimento de punhos e um inédito sistema integrado à câmera GoPro e Bluetooth para espelhar no painel o celular, para navegação, comunicação e música.


Mistura

O motor foi herdado da linha Bonneville 1200, mas ajustado para rodar também no fora de estrada, com intervalo de virabrequim em 270 graus. Com dois cilindros paralelos, oito válvulas e refrigeração líquida, fornece 90cv a 6.750rpm e torque de 11,2kgfm a apenas 4.000rpm. Para as diferentes utilizações, conta com seis modos de pilotagem pré-estabelecidos: Road, Rain, Sport, Off-Road, Off-Road Pro e Rider, além de câmbio de seis marchas. O modo Rider permite que o piloto configure a entrega de potência e interferência do controle de tração, conforme sua preferência.


Toda a eletrônica é gerenciada pela central de medição inercial (IMU), que percebe e processa os vários parâmetros (aceleração, desaceleração, rotações e inclinação) e também dosa a pressão do sistema ABS de curvas. Todas as operações de ajustes podem ser feitas pelos comandos no guidão. Ainda para atender aos dois mundos, o painel conta com tela TFT, que pode ser facilmente ajustado na inclinação (facilitando a pilotagem em pé no fora de estrada) e também personalizado na apresentação e nas cores de exibição.


Terra

O estilo Scrambler conserva os escapes de saída alta e lateral direita (com opção de encaixe de bolsa na lateral esquerda), além de roda dianteira com aro de 21 polegadas, mais apropriado para superar a buraqueira. A roda traseira tem aro de 17 polegadas. Ambas calçadas com pneus sem câmara. Porém, a porção fora de estrada deixa o banco a 870mm (com opção de 850mm) de altura, exigindo atenção para quem tem pernas curtas. Contudo, basta torcer o acelerador (eletrônico), que a sensação de domínio e extrema facilidade de pilotagem prevalece.

Tudo fica ainda mais divertido com o pacote das suspensões. Na dianteira, garfo invertido Showa, com tubos de 45mm e 250mm de curso. Na traseira, duplo amortecedor Ohlins também com 250mm de curso em balança de alumínio. Ambas ajustáveis. Os freios contam com duplo disco de 320mm e pinças Brembo na dianteira, e na traseira, disco de 255mm. Na terra, é possível minimizar o ABS traseiro. O quadro é em tubos de aço, que mantém a rigidez, mas não sacrifica o peso de 207kg a seco. O tanque, que inclui decoração com faixas, comporta 16 litros.

* O repórter viajou a convite da Triumph


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