postado em 15/08/2019 04:09
A Volkswagen escolheu um dos modelos mais apreciados por motoristas em todo o mundo para iniciar o processo de eletrificação na América do Sul. O Golf, que completou 45 anos desde que foi lançado na Alemanha em 1974 (modelo chegou ao Brasil em 1980) ganhou a versão GTE 1.4, que une dois motores: um à combustão movido à gasolina e um motor elétrico. Combinados, eles geram uma potência de 150 kW (204cv). É o primeiro modelo híbrido da marca no Brasil e a previsão de lançamento é o fim deste ano e até 2023, serão mais seis modelos com a tecnologia.
O sistema híbrido plug-in funciona com os dois motores, que podem ser usados juntos ou acionado apenas um somente um. O primeiro é o a combustão de 1,4 litros, TSI abastecido à gasolina, com 150 cavalos, e um motor elétrico de 75kw de 102 cavalos de 180 litros. Funcionando juntos oferecem uma potência de 150kw que equivale a 204 cavalos, que permite ao motorista atingir os 100km/h em 7,6 segundos, além de uma velocidade máxima de 222km/h. O torque máximo é de 350Nm (35,7kgfm). Caso seja acionada só a função elétrica, a velocidade é de até 130km/h.
O motor elétrico, por si só, tem autonomia para percorrer 50km se estiver 100% carregado. Para o carregamento, é necessário uma tomada convencional de 220 volts. O tempo aproximado é de 2h45. O abastecimento elétrico é feito por um soquete localizado atrás do logotipo VW na grade dianteira. Durante o carregamento do motor elétrico é consumido 0,67 kilowatt por hora, que corresponde a uma conta de energia de R$ 5,00. Para o veículo não ficar quente, enquanto ocorre o processo, pode-se ajustar a temperatura do carro.
Para tomadas com baixa voltagem, o uso do adaptador não permite que o carregamento seja feito. Além disso, por segurança, o carro mantém o cabo travado, caso alguém o desconecte antes do período necessário. A duração do motor, segundo o engenheiro da empresa Roger Guilherme, que avalia o desenvolvimento tecnológico, a duração do motor é infinita, devido à presença de ímãs naturais que ajudam funcionamento de carga.
O detalhe é que a carga também é produzida pelo carro durante o deslocamento, até mesmo quando o motorista aciona o pedal de freio, o sistema reaproveita a energia gerada pelo movimento da roda, convertendo-a em mais carga para a bateria, como acontece em descidas quando não há aceleração. A bateria também pode ser carregada acionando a alavanca de câmbio para baixo, no modo ;B; em que a atuação do freio-motor será intensificada.
A tecnologia híbrida do Golf GTE oferece vários modos de funcionamento e instrumentos que permitem a visualização dos sistemas acionados ; seja no painel, ou seja no Infotaiment com tela sensível ao toque, que mostra as funções como o monitor de autonomia, mostrador de fluxo de energia e estatísticas de emissão zero. No modo elétrico, basta acionar um botão ao lado do câmbio para entrar no ;e-mode;. Então, apenas o motor elétrico é utilizado, evitando qualquer tipo de emissão. Sempre que o Golf GTE é ligado, o modo ;e-mode; é acionado automaticamente, portanto não há som de partida do motor. No ;e-mode; a velocidade máxima do GTE é de 130 km/h.
Ao selecionar modo híbrido, a tecnologia do GTE escolhe qual é o sistema mais eficiente para cada situação de uso do veículo. O motorista não precisa fazer nada. Se o carro estiver em uma condição em que o motor elétrico for mais eficiente, apenas ele será utilizado. Se há uma situação em que é necessário potência adicional, o motor 1.4 TSI será acionado automaticamente. O modo híbrido possui a função de utilizar a carga da bateria ou mantê-la ; neste caso, o motor à combustão será mais exigido. Apenas o motor 1.4 TSI de 110kW (150cv) e 250Nm (25,5kgfm) movimentará o carro no modo Recarga. Além de mandar energia para as rodas, o propulsor fornecerá carga para a bateria.
O modo GTE é quando os dois motores trabalham juntos para transformar o veículo em um esportivo nato. Suas potências são combinadas e o motorista tem 204cv e 35,7kgfm à disposição.
A empresa não informou qual será o valor do esportivo, mas estima-se que possa chegar ao R$ 200 mil.
* Estagiária sob supervisão de Taís Braga