postado em 22/08/2019 04:09
O interior incorpora certa esportividade, com os revestimentos do teto, para-sóis e colunas em preto. O painel é ;cortado; por um filete de LED, assim como os painéis de porta, com várias opções de cor. Os bancos revestidos em couro e com costura vermelha aparente fornecem excelente apoio nas curvas, sendo que o do motorista tem regulagens elétricas (incluindo lombar). Junte isso ao volante esportivo de base achatada, com ajustes de altura e distância, é fácil encontrar a melhor posição para acelerar. Se os assentos dianteiros aquecíveis parecem inúteis em um país predominantemente quente, a climatização também contempla bancos com ventilação. O teto solar é o único opcional disponível. Custando cerca R$ 5 mil, é uma porcentagem mínima do preço do veículo e vale o investimento. O console central é muito encorpado e esbarra frequentemente no joelho direito do motorista, causando desconforto.
A versão esportiva traz de série painel de instrumentos digital, cujo modo de visualização pode ser configurado de acordo com a preferência do motorista. O Jetta oferece bom espaço interno, mas o banco traseiro só leva com conforto dois passageiros, já que o túnel do assoalho é muito alto e o console central avança um pouco. O modelo também fica devendo para os passageiros de trás climatização e tomadas USB, imperdoável para um sedã dessa estirpe e com esse preço. O porta-malas também é espaçoso, abrigando sob seu assoalho o estepe de uso temporário. De forma geral, seu acabamento é bom, porém, onde não há carpete, a carroceria fica exposta no primer, um descuido. Para carregar objetos maiores, é possível rebater o encosto dos bancos de forma fracionada.
Quanto ao conteúdo, destaque para as funções semiautônomas: assistente de farol alto, controle de cruzeiro adaptativo e sistema de monitoramento frontal, que detecta a aproximação de veículos e pedestres e emite um alerta, podendo também acionar o freio para evitar uma colisão ou atropelamento. Complementam o bom pacote de segurança os seis airbags e o controle eletrônico de tração e estabilidade. A chave presencial facilita a vida do motorista, bastando estar no bolso para dar partida no motor por botão e destravar o veículo com o simples toque na maçaneta.
Rodando
O conjunto mecânico é o pacote perfeito para a diversão: motor 2.0 turbo e câmbio automatizado de dupla embreagem (DSG) de seis marchas. Na prática, é o que basta para rodar pela cidade com rotações baixas, para minimizar o consumo de combustível, porém, com capacidade de reagir a qualquer momento. Mas o melhor da festa é acelerar este sedã nervoso. Além dos 230cv de potência e 35,7kgfm de torque, que fazem com que o veículo acelere até os 100km/h em 6,8 segundos, o motor emite um ronco discreto, mas empolgante. O câmbio tem modo esportivo e opção de trocas manuais por aletas próximas ao volante.
Os modos de direção podem ser acertados de acordo com a situação: ideal para rodar em trânsito congestionado, no modo Eco as respostas ficam mais lentas; já no modo esporte, todos os parâmetros são ajustados para fornecer respostas imediatas; há ainda um modo individual, onde cada parâmetro é ajustado pelo condutor. Além da estabilidade necessária para um veículo que pode alcançar a velocidade máxima de 250km/h, as suspensões oferecem bastante conforto, mérito principal do conjunto multilink do eixo traseiro. A direção tem assistência elétrica variável, leve nas manobras e firme em alta velocidade. O freio de estacionamento pode ser acionado por botão, com função auto hold.}
Concorrentes
Como o Jetta GLI tem motorização bastante superior às dos sedãs médios convencionais ; mesmo os equipados com motores turbo, como Honda Civic 1.5 Touring, Citro;n C4 Lounge 1.6 THP e Chevrolet Cruze 1.4 ; não é possível considerá-los como concorrentes. Para quem pode abrir mão do status, o GLI chega a fazer frente a concorrentes premium como Mercedes-Benz CLA ou Audi A3 em versões com motorização semelhante, com a vantagem de ser bem mais em conta. E, olhando o modelo por esta ótica, seu custo/benefício é muito bom. Porém, aliando preço e desempenho, o concorrente mais próximo é o Civic Si (R$ 164.900). Enquanto o cupê de duas portas da Honda tem proposta mais esportiva, oferecendo apenas câmbio manual, o Jetta GLI oferece o conforto e a comodidade de um sedã, com a vantagem de entregar desempenho superior e por um custo menor.
O Volkswagen Jetta GLI traz sob o capô um motor 2.0 turbo de 230cv de potência, que trabalha em conjunto com câmbio DSG de seis marchas e de série o Discover Media com tela tátil de oito polegadas, integrada ao quadro de instrumentos digital, que pode ser configurado de acordo com o gosto do usuário. Além de navegação nativa por GPS e sistema de telefonia, a central também oferece conexão com o smartphone. São várias as mídias disponíveis: rádio, CD/DVD, cartão SD, Bluetooth e USB. Além de oferecer uma interface amigável, quase todas as funções deste sistema multimídia podem ser comandadas por voz. A montadora sugere o valor de venda de R$ 144.990. Com o teto solar opcional (igual ao da unidade testada), custa R$ 149.980.