postado em 03/10/2019 04:14
Segurança essencial no trânsitoUm balanço da tradicional Semana Nacional do Trânsito, este ano realizada de 18 a 25 de setembro, mostra pouco a comemorar. Há de se reconhecer os esforços do Contran ao estimular campanhas de segurança e motes sempre criativos. O deste ano foi ;No trânsito, o sentido é a vida;.
Estatísticas da Seguradora Líder divulgadas naquela semana apontam que, em 2018, foram pagas 18 indenizações por morte a cada 100.000 habitantes. Significa algo em torno de 36.000 vidas perdidas. Ao considerar que o Brasil é o quinto país mais populoso do mundo, tem a sexta maior frota efetiva circulante e o quinto com maior número de acidentes fatais (segundo a Organização Mundial de Saúde), não estamos muito afastados da média internacional. Ainda assim, bem preocupante. Alguns avanços foram alcançados, mas ainda há muito a fazer.
No estado de São Paulo, onde circula 35% da frota brasileira, a taxa de acidentes e de mortalidade é até razoável, embora distante de países centrais. Entretanto, pesquisa divulgada pela agência de transporte estadual aponta que 27% dos passageiros no banco traseiro, 6% dos motoristas e 9% dos viajantes no banco dianteiro não usam cinto de segurança. Isso apenas nas rodovias pedagiadas. Pode-se concluir que no restante das estradas esses números são piores.
O Brasil apresenta um fator de risco adicional para a letalidade no trânsito. Acidentes com motocicletas acontecem em proporção muito maior que os demais veículos, e a mortalidade também, pela vulnerabilidade do condutor e do passageiro, mesmo protegidos com capacete. Além de menos visíveis aos motoristas, virou regra a circulação entre as faixas de rolamento, muitas vezes em velocidade incompatível com a segurança.
No dia 10 de setembro, pouco antes do início da Semana Nacional do Trânsito, uma decisão da Justiça liberou o serviço de táxi e aplicativos para motocicletas na maior cidade do país, São Paulo. Havia uma lei municipal que proibia em razão do número de acidentes, feridos e mortes desproporcionais à frota. A prefeitura vai recorrer.
Há sugestões, porém, para conter o dano coletivo. Uma das empresas de aplicativos já avisou que aceitará motocicletas com até 10 anos de uso e motor acima de 100 cm; de cilindrada. Uma alternativa seria endurecer exigências: veículos com no máximo três anos de uso, condutores com mais de cinco anos de habilitação e motores acima de 300 cm; para dificultar a circulação de motos de maior porte entre os veículos. Isso encareceria tarifas e atratividade do serviço.
Outra decisão, com potencial de tornar ruas e estradas menos seguras, são as mudanças no processo de habilitação de motoristas que passaram a valer, por coincidência, na Semana Nacional do Trânsito. Simuladores de direção, que relativamente poucos países adotam, agora são opcionais, e a carga horária de aulas práticas diminuiu.
Há o aspecto do custo menor para se obter a Carteira Nacional de Habilitação (CNH), mas teria de vir acompanhado de uma avaliação mais rigorosa da qualidade de ensino das autoescolas. Outra possibilidade seria aumentar o prazo de avaliação, antes de converter a CNH de provisória em definitiva.
Alta Roda
NO AR
Será que a solução dos congestionamentos passa pelos carros voadores? Há várias empresas estudando o assunto, entre elas Uber, Volocopter, Terrafugia, Kitty Hawk, além de Airbus, Boeing e Embraer. Na realidade, trata-se de derivação de helicópteros leves. Hyundai é um dos primeiros fabricantes de automóveis a anunciar planos para mobilidade aérea urbana.
TESTE
A versão praticamente final do Polo GTS pôde ser avaliada no Autódromo Capuava, em Indaiatuba (SP). Traz o conhecido 1.4 litros turbo flex de 150cv. As respostas são convincentes e, no modo Sport, há amplificação digitalizada do som do motor. O comportamento é firme e preciso em curvas, o quadro de instrumentos é novo e inclui cronômetro no painel. Chega em janeiro próximo.
ELÉTRICO
A CAOA anunciou que o Chery Arrizo 5e, primeiro sedã elétrico no mercado, começa a ser vendido no início de 2020. A grade dianteira e rodas são as únicas mudanças externas. Internamente há uma tela multimídia vertical de 10 pol. específica para o modelo. O assoalho atrás é um pouco mais elevado. Apesar do baixo custo de rodagem, o preço previsivelmente desanima: R$ 159.900.
CONECTIVIDADE 1
O sistema de roteamento Wi-Fi Vivo Car de conexão à internet já está disponível, para até cinco celulares a bordo, em automóveis fabricados a partir de 2010. O modem se acopla à porta de diagnósticos (OBD) para monitorar o funcionamento do carro e tem antena própria. Custa R$ 718,90 em 12 vezes e depois R$ 59,00/mês por 40 GB de dados móveis.
CONECTIVIDADE 2
A Mobil Delvac equipou 10 caminhões para rotear wi-fi, na rede 4G, para até 30 usuários simultâneos de forma gratuita durante um ano. A ideia da empresa de lubrificantes é atender, prioritariamente, caminhoneiros em postos de combustível. Poderão usar a internet ou fazer chamadas por aplicativos e, assim, sentirem-se menos solitários.