Correio Braziliense
postado em 09/01/2020 04:18
Apesar dos bons números de potência e torque, o motor 2.0 turbodiesel só desperta sua fúria a partir dos 2.000rpm, causando um hiato de tempo em arrancadas e retomadas, onde se deseja uma resposta imediata. Porém, depois dessa marca, sobra motor. O câmbio automático de nove marchas oferece trocas manuais por aletas, favorecendo uma tocada mais dinâmica. A tração é integral sob demanda, com opção de 4x4. Diferentemente da maioria das picapes médias, a suspensão oferece conforto aos ocupantes e confiança para o motorista explorar bem as curvas. Já na hora de manobrar, a picape deixa a desejar. Devido à sua pouca agilidade, não é uma boa opção para quem tem garagem apertada.
Nos itens de série da Toro Ranch, destaque para o ar-condicionado de dupla zona, a chave presencial, os faróis de neblina com função cornering, os airbags frontais, as laterais, de cortina e de joelho, o controle eletrônico de tração e a estabilidade, o sistema multimídia com navegação nativa e a partida remota do motor. Devido ao seu porte intermediário e a motorização diesel, a Toro não tem concorrentes diretos. As versões com motorização 1.8 flex podem ser comparadas ao Duster Oroch. Porém, o preço desta versão de topo (R$ 162.990) não foge muito das versões de entrada das picapes médias, que igualmente trazem cabine dupla, motor a diesel, câmbio automático e tração 4x4: Ford Ranger 2.2 XLS, por R$ 156.790; Chevrolet S10 2.8 LT, por R$ 168.690; VW Amarok 2.0 Comfortline, por R$ 177.980; e Toyota Hilux 2.8 SR, por R$ 171.940.
Os preços da Toro podem parecer absurdos, e são mesmo. Acontece que, principalmente entre os comerciais leves, a percentagem de veículos comercializados na modalidade “vendas diretas”, feitas para pessoa jurídica com um generoso desconto, é enorme. No caso da Toro, 77,4% das vendas de 2019 foram feitas desta forma. Para além do preço, as picapes médias levam vantagem quanto à robustez, seja pelo chassi (enquanto a Toro tem estrutura em monobloco), pela suspensão traseira do tipo eixo rígido (desconfortáveis, mas resistentes), pela capacidade fora de estrada (com caixa de redução) e pelo próprio volume da caçamba (as capacidades de carga são semelhantes). Mesmo sem tudo isso, o mérito da Fiat foi perceber que quase nenhum usuário de picape procura ou precisa dessas características. Resultado: em 2019, foram emplacadas mais de 65 mil unidades da Fiat Toro.
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