Veículos

A segunda geração

Lançado há quase três anos na Europa, modelo mantém antiga plataforma, o que revela sua estagnação tecnológica. Interior melhorou substancialmente e motor 2.0 será substituído por um 1.3 turbo

Correio Braziliense
postado em 20/02/2020 04:09
Lançado há quase três anos na Europa, modelo mantém antiga plataforma, o que revela sua estagnação tecnológica. Interior melhorou substancialmente e motor 2.0 será substituído por um 1.3 turbo

A Renault divulgou duas fotos oficiais da nova geração do Duster, que será lançada em março. Na verdade não há muita novidade aqui, já que as linhas do utilitário-esportivo finalmente se alinham com as que o modelo europeu (assinado pela Dacia) ganhou no distante ano de 2017. Em um primeiro olhar pouco se nota diferenças significativas em relação à primeira geração, apenas o capô mais robusto, a nova grade, os para-choques e as lanternas inspiradas nas do Jeep Renegade.

Em um segundo olhar é possível perceber que os faróis ganharam novo desenho interno, o para-brisa ficou mais inclinado e a tampa traseira também mudou. Já nas laterais é difícil acreditar que tudo mudou. Com base nas imagens divulgadas dá para constatar que o pacote Outsider será mantido, com apliques plásticos nas caixas de roda e protetor de para-choque com farol auxiliar integrado.

Mas o grande problema do novo Duster é a manutença da antiga plataforma B0, o que pode ser interpretado como uma estagnação da evolução tecnológica em todos os sentidos (segurança, conectividade, etc). A Renault do Brasil adotou a mesma estratégia para os novos Sandero, Logan e Stepway, que também não demonstraram a evolução esperada. Por este motivo, a renovação do Duster está mais para uma reestilização do que de fato uma nova geração.

Dentro

No interior, a evolução foi considerável. O painel ganhou orientação horizontal e traz como destaque a tela do sistema multimídia, que se projeta alguns centímetros. O volante tem novo desenho, mas ainda não tem os comandos de som e telefonia integrados, mas a velha alavanca à direita. O apoio de braço é fixado ao encosto do banco do motorista, e não do tipo integrado ao console central. Os painéis de porta dianteiros trazem aplique em tecido, sugerindo mais requinte.

A imagem do interior divulgada é da versão topo de linha, que tem ar-condicionado digital, bancos em couro, câmbio automático e partida do motor por botão (o que indica a oferta de chave presencial também para destravar as portas). Outra vantagem é que o SUV mantém as dimensões atuais — 4,33 metros de comprimento, 1,82m de largura, 1,68m de altura e 2,67m de entre-eixos — que garantem um bom espaço interno. O porta-malas também deve manter o volume atual de 475 litros.

Inicialmente o Duster deve trazer apenas o motor 1.6 Sce, com 118cv/120cv de potência (gasolina/etanol) e 16,2kgfm (g/e), disponível com câmbio manual de cinco marchas ou automático do tipo CVT. É isso mesmo, o beberrão propulsor 2.0 sai de campo para a chegada de um 1.3 turboflex, provavelmente apenas em 2021. Este motor deve operar na faixa dos 130cv e 24,4 kgfm, mantendo a performance e melhorando o consumo de combustível. Outra evolução importante será a direção eletricamente assistida, que substitui a atual eletro-hidráulica.




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