Correio Braziliense
postado em 25/06/2020 04:08
JEEP RENEGADE TURBO APARECE EM SETEMBROA FCA prepara uma surpresa para setembro com o Jeep Renegade. Não vai mais esperar até o início de 2021 para agitar o mercado com o novo motor Firefly turbo 1.3, previsto para começar a ser produzido na fábrica de Betim (MG), no primeiro trimestre do próximo ano. A ideia é trazer da Itália um modelo pronto para uma espécie de avant-première, como estratégia de marketing. O motor importado é a gasolina, mas o nacional será flex.
O Firefly turbo tem versões de 150 e 180 cv. O primeiro está reservado para o Renegade e o segundo para o Compass. A concorrência entre os SUVs compactos tem ficado cada vez mais feroz. São 13 modelos, incluindo o Nivus que chegará às concessionárias entre o final de julho e o começo de agosto.
Uma das vantagens do novo motor da FCA é o consumo de combustível, além do melhor desempenho em relação ao atual de 1.8 E.torQ. Talvez a versão básica do Renegade mantenha esse motor porque tem custo menor de produção.
EMPLACAMENTOS REAGEM NO BRASIL
Junho será um mês de recuperação das vendas, mas ainda não dá para comemorar. Números refletem a reabertura dos principais Detrans do País. No entanto, tudo indica que o pior já passou, embora recuperação seja lenta. Em debate promovido pela Anfavea, o presidente da entidade, Luiz Carlos Moraes, apontou que os emplacamentos subiram de 4 a 5 mil por dia para 7.000.
“Acredito que vamos precisar de estímulo ao consumo, como já está sendo feito em diversos países, para incentivar a compra no pós-pandemia. Os concessionários também enfrentam situação muito difícil, mas continuam importantes para as marcas, apesar do avanço das vendas on-line. Carros elétricos e autônomos terão um atraso considerável nos seus projetos e implantação por aqui e, provavelmente, também nos Estados Unidos”, pontuou Moraes.
Para Ricardo Bacellar, da consultoria KPMG, a pandemia se refletiu em mudança surpreendente sobre a posse do veículo.
“Há cerca de um ano, em pesquisa mundial, havia grande interesse em utilizar o sistema de assinatura, espécie de compartilhamento; agora o carro próprio voltou a atrair. Mas assinatura ainda pode ser explorada. Isso se deve ao medo de contágio, inclusive no transporte coletivo. Pelo mundo existe tendência de compra de modelos mais simples, basicamente como meio de transporte seguro e acessível.”
Gustavo Pena, do Google, detectou três tendências de compra.“A principal foi a procura pelo carro dos sonhos, que nos indicou o interesse por modelos mais luxuosos. A outra diz respeito à mobilidade. Pessoas que passaram a trabalhar em casa querem se mudar para o interior e precisam de um carro. Detectamos muitos interessados na compra de um veículo motivado pela pandemia, evitando não só o transporte coletivo, mas também poder se deslocar sem restrições. Por sinal, o modal viagem no carro próprio deve crescer no pós-pandemia.”
Alguns analistas acreditam numa queda de vendas em 2020 ,sobre 2019, mais perto de 30% do que de 40%. Não é grande consolo, mas um pequeno alívio.
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