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Além da aparência

Modelo ostenta o título de SUV mais tecnológico produzido no Brasil. Testamos a versão para saber se ela vale R$ 205.900

Correio Braziliense
postado em 02/07/2020 04:08
Modelo ostenta o título de SUV mais tecnológico produzido no Brasil. Testamos a versão para saber se ela vale R$ 205.900

Apenas quem já ganhou um campeonato (ou vários) conhece a alegria da vitória e, também, o esforço necessário para se manter na liderança. No ringue dos SUVs, o Jeep Compass é um atleta nato. Ele chegou de mansinho, em 2016, e logo, logo ocupou terreno. Ele foi o  líder de vendas no segmento, mas caiu um pouquinho. Hoje, ocupa a terceira posição, com 14.403 unidades vendidas de janeiro a maio deste ano. Na frente dele estão Volkswagen T-Cross e o irmão, Jeep Renegade.  

As razões para essa boa performance são muitas. Design, conforto, espaço e grande variedade de versões e motorizações. É possível andar de Compass a partir de R$ 121.990. No entanto, nos próximos parágrafos, vamos falar da configuração mais completa: a Série S.

Diferentemente de outros modelos, a sigla não se remete à esportividade, mas à segurança. O SUV, montado na fábrica de Goiana-Pe, esbanja tecnologia. Uma das que eu mais gosto é o controle de cruzeiro adaptativo (ACC). 

Você define a velocidade e a distância do veículo à sua frente e o Compass obedece à risca.  Mais do que isso. Caso o trânsito pare, o bonitão desacelera. Quando tudo volta ao normal, ele retoma o trajeto automaticamente. Num congestionamento, isso é uma beleza.

O Compass S não dirige sozinho porque a legislação ainda não permite. O Aviso de colisão frontal, ao perceber o risco de um acidente, emite dois alertas (um sonoro e outro visual). 

Se você não parar, quem entra em ação é o sistema de frenagem automática de emergência. Park assist e assistente de farol alto completam a lista de conveniências focadas no motorista.



Dirigir em cidade grande, você sabe como é. Toda hora, algum carro ou moto surge do nada. Nessa direção, o alerta de ponto cego te mantém ligado. Agora, se você perder o foco e mudar de faixa sem ligar a seta, o Compass S aciona o volante e corrige a trajetória sozinho. Para te proteger ainda mais, o utilitário conta com sete air bags de série — dianteiros, laterais, de cortina e até para os joelhos do motorista.

Para justificar o DNA Jeep, o Compass manda bem fora da estrada. A tração 4x4, com seletor de terreno, distribui o torque entre as rodas para te tirar da maioria das enrascadas. Atolado você só deve ficar em situações que exigirem pneus mais parrudos. Os instalados nessa configuração, aro 19” com medidas 235/45, gostam mesmo é de asfalto. Não tem jeito.

O destino pode ser uma cachoeira ou um shopping center. Em qualquer um deles você chegará ouvindo as suas músicas preferidas com bastante qualidade. O sistema de som, da marca Beats, está diretamente conectado à central multimídia de 8,4 polegadas com compatibilidade ao Apple CarPlay e Android Auto. Pela tela sensível ao toque, dá para controlar várias funções do veículo, incluindo o ar-condicionado dual zone.

Espaço não é problema. O entre-eixos de 2,61m permite boa acomodação para os passageiros e com vista para o sol ou estrelas por meio do teto solar panorâmico. Já o porta-malas, com abertura e fechamento elétricos, conta com 419 litros. Rebatendo o banco traseiro, a capacidade pula para 1.191 litros.



Coração de atleta

O Compass S é equipado com o motor 2.0 turbodiesel de 170cv de potência, a 3.750rpm, e 35,7kgfm de torque, logo aos 1.750 giros. O SUV é forte e faz bem o dever de casa, quando o assunto é economia. Em nossos testes, a média, em ciclo urbano, ficou na casa dos 10,5 km/litro. Mérito do câmbio automático de nove velocidades.

Com tudo isso e mais um pouco, o Compass Série S é vendido na cor metálica Deep Brown (marrom) e na perolizada Branco Polar. Baseado na versão Limited, o SUV cheio de marra tem rodas, logo da Jeep e da versão, grade dianteira e vários outros detalhes estéticos escurecidos.

O Compass Série S é um SUV para quem gosta de espaço e, principalmente, de tecnologia. Se esse não for o seu caso, é melhor investir nas versões mais “baratas”. Afinal de contas, estamos colocando em jogo R$ 205.990.





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