postado em 21/11/2012 11:06
Mas nem só de indivíduos com baixa qualidade de vida vive um centro urbano. Uma parcela dos moradores adota medidas drásticas para fugir da relação metrópole-estresse-ansiedade. A funcionária pública Luciana Machado guarda na garagem o Chico Bento, seu Fusca ano 1966. Para fugir dos congestionamentos e ter uma vida mais saudável, ela vai de ônibus para o trabalho e, na volta, às 18h, percorre a pé sete quilômetros ; do Setor de Autarquias Federais (SAF) até a SQN 314, onde mora. ;Sempre caminhava à noite, por cerca de uma hora, depois que chegava em casa. Mudei o roteiro. Hoje caminho assim que termino a jornada de trabalho. Esse é o melhor presente que dei para mim;, conta Luciana, uma mulher com 51 anos, saudável e alegre.Durante o trajeto ; SAF, Esplanada dos Ministérios, Catedral, Rodoviária do Plano Piloto, gramado do Eixão ; ouve o canto dos pássaros e das cigarras, se encanta com o pôr do sol, admira a arquitetura e vê outros brasilienses caminhando nas quadras da Asa Norte. ;As pessoas se assustam quando falo que vou a pé para casa. Eu dou risadas, pois tenho vários benefícios: resolvo os meus problemas e durmo melhor;, diz a servidora do Ministério da Saúde.
Antes de sair, Luciana troca de roupa e veste a indumentária para a caminhada: tênis, legging e camiseta. ;Quando comecei a ir a pé para casa, senti dores nos pés. Culpa do calçado errado. Troquei por um tênis próprio para quem caminha. Além da mochila, levo a garrafinha de água;, detalha.
Privilégio candango
Uma pesquisa mundial realizada pela consultoria Mercer coloca Brasília na 101; posição da lista das cidades do mundo com melhor qualidade de vida.
O estudo classificou 221 metrópoles em 10 categorias, incluindo: ambiente político, social, econômico e sociocultural; condições de saúde e saneamento básico; escolaridade; serviços públicos e de transporte; recreação e bens de consumo.
As localidades pesquisadas foram comparadas a Nova York, que foi considerada cidade-base no levantamento. É importante destacar que as principais metrópoles ao redor do globo estão longe de ser consideradas ;grandes exemplos; de qualidade de vida, já que os níveis de criminalidade e os congestionamentos em ruas e avenidas, por exemplo, não beneficiam a população.
No ranking das 10 melhores cidades para se viver, quem aparece na primeira posição é Viena, capital da Áustria ; seguida por Zurique (Suíça), Auckland (Nova Zelândia), Munique (Alemanha) e Düsseldorf (Alemanha). Na sexta colocação está Vancouver (Canadá), que aparece à frente de Frankfurt (Alemanha), Genebra (Suíça), Berna (Suíça) e Copenhagen (Dinamarca).