postado em 14/01/2014 08:00
Os números confirmam a importância da tecnologia na atualidade; e, no Brasil, da mesma forma: aproximadamente 263 milhões de linhas de aparelhos celulares, mais de 102,3 milhões de usuários da internet %u2014 crescimento em torno de 24% quando se compara o primeiro trimestre de 2013 com o mesmo período de 2012 %u2013 e aumento das vendas de tablets em mais de 164% no primeiro trimestre. Pergunta-se, então: como ficam as escolas neste contexto?
Muitas ainda devem estar atônitas. Outras já se renderam. %u201CRenderam%u201D talvez seja uma palavra forte, mas penso que é isso mesmo. Intimamente, podem não se sentir confortáveis com a mudança. E um número expressivo aceitou a nova situação e procura fazer o melhor possível diante desse paradigma, que exige, além de coragem, criatividade, discernimento, discussões, negociação e um pacto para eficiência e sucesso.
[SAIBAMAIS] Participei da implantação de tablets em sala de aula, como ferramenta de aprendizagem, com uma equipe multidisciplinar, quando diretor-pedagógico da unidade Asa Norte do Centro Educacional Sigma, em 2011. Essa proposta foi amplamente discutida e planejada nos anos 2009 e 2010.
As vantagens são bastante conhecidas, e as desvantagens, com o tempo e as pesquisas, emergirão nos próximos anos. Entre os vários desafios, estavam a incorporação de atitudes pelos professores e pelos alunos. Havia o risco de condutas dispersivas, muito fáceis de ocorrer no uso de redes de comunicação. Da parte dos professores, contamos com atitudes valorizadoras do novo procedimento. Dos alunos, com disciplina no emprego da tecnologia.
Embora não tenhamos, ainda, resultados com bases científicas, com precisão estatística, ousamos considerar as vantagens da adesão ao novo paradigma. As observações nas unidades do Colégio Sigma, já no terceiro ano de uso, e mais recentemente, em 2013, em outra comunidade, com suas peculiaridades, no Colégio Athos, em Unaí(MG), com projeto implantado da Educação Infantil até o Ensino Médio, permitem perceber que temos muito a ganhar com o mundo tecnológico em que estamos inseridos, principalmente na área pedagógica. Enfatizaria que há mais a ganhar que a perder.
Finalmente, penso, e desejo, que a criatividade, o prazer provocado pelo uso da tecnologia e da conectividade não se restrinjam ao deleite e à diversão, mas, sobretudo, que favoreçam a aprendizagem, consolidando os princípios e as vantagens de %u201Caprender a aprender%u201D, %u201C aprender sempre%u201D e %u201Caprender para transformar.%u201D