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“O presidente do Senado tem preocupação em dar uma resposta à sociedade. Não há consenso entre os senadores”, defendeu o relator. Para ele, a limitação do voto aberto pode ser justificada pelo fato do STF estar prestes a decidir sobre a nulidade da sessão que absolveu o deputado Natan Donadon (sem partido-RO). “Pode ser que daqui uns dias a Câmara tenha que repetir esse mesmo modelo de votação (secreta) para cassação de parlamentares condenados no processo do mensalão [Ação Penal 470]. Nós não podemos correr risco de um resultado como aquele se repetir”, alertou Sérgio Souza.
O presidente do Senado disse nesta quinta-feira (5) que já tem o apoio do presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN), para esse encaminhamento. “Nós defendemos o voto aberto. Esse processo de transparência é irreversível, mas não pode haver, nesse momento, voto aberto para apreciação de vetos: o Congresso não derrubaria mais nenhum veto, porque haveria um monitoramento político do governo e não é prudente fazer voto aberto para aprovação de ministros e para procurador-geral da Republica”, afirmou Renan Calheiros. Entre os senadores que defendem voto aberto para todas as situações está o líder do PT, Wellington Dias (PI). Para ele, mesmo em votações de vetos presidenciais e em indicação de autoridades e chefes de missões diplomáticas, “é importante ter coragem e não temer possíveis represálias”.