Massa de terra é considerada um continente separado por alguns estudiosos
Submersa no Pacífico Sul, a Zelândia é uma vasta massa de terra que passa quase despercebida por estar quase totalmente submersa sob o oceano. Esta misteriosa região apresenta características geológicas únicas que levam muitos estudiosos a considerá-la um continente separado. Situada próxima à Nova Zelândia, a Zelândia possui cerca de 5 milhões de quilômetros quadrados, dos quais apenas 5% está acima do nível do mar. Curiosamente, a topografia submersa revela montanhas subaquáticas e vales profundos que formam um complexo panorama geológico.
Agora, pesquisas indicam que a Zelândia se desprendeu do antigo supercontinente Gondwana cerca de 85 milhões de anos atrás. Naquela época, Gondwana compunha-se por áreas que hoje conhecemos como América do Sul, África, Antártida, Austrália e partes da Ásia. Acredita-se que a separação da Zelândia começou pela Antártida Ocidental, seguido pelo afastamento da Austrália.
Evidências indicam que a Zelândia é um continente
Durante décadas, a ideia de classificar a Zelândia como um continente passou a circular entre os geólogos. Somente recentemente, uma variedade de evidências conseguiu fortalecer essa classificação. Entre os principais indícios estão as composições e idades das rochas coletadas, além de padrões magnéticos que sugerem atividade tectônica histórica.
Os cientistas conduziram estudos datando rochas e observando as anomalias magnéticas nelas encontradas, o que permite mapear as unidades geológicas principais da Zelândia. No processo, os estudiosos identificaram materiais como arenito, seixos vulcânicos e lavas basálticas, que se comparam a rochas de outros continentes e diferem das crostas oceânicas comuns. Adicionalmente, descobertas de depósitos de minerais como quartzo e feldspato fornecem mais evidências da natureza continental da Zelândia em contraposição aos depósitos típicos do fundo oceânico.

Zelândia é um laboratório natural para geólogos
A condição submersa da Zelândia oferece um raro ambiente natural para estudar a formação, fragmentação e evolução dos continentes ao longo de milhões de anos. As placas tectônicas desempenharam um papel crucial nesse processo, com o estiramento da crosta e subducção provocando o afundamento de grande parte da terra, deixando apenas algumas ilhas visíveis hoje.
Muitas das rochas sedimentares encontradas na Zelândia datam do fim do período Cretáceo. Isso sugere que algumas partes permaneceram acima da água por extensos períodos, mesmo após a separação de massas continentais. Além disso, a presença de lavas basálticas indica atividade vulcânica recente.
Novas tecnologias podem ajudar no estudo da Zelândia
Embora frequentemente inexplorada, tecnologias emergentes como imagens sísmicas e perfuração em alto-mar prometem fornecer informações valiosas sobre a estrutura e a história da Zelândia. Estas inovações podem ajudar na compreensão de como a deriva continental influencia o nível dos oceanos, os padrões climáticos e a biodiversidade global.
Estudos contínuos sobre a Zelândia prometem desvendar segredos sobre a formação e dinâmica dos continentes, contribuindo para o entendimento de nosso planeta e seus processos geológicos complexos. Recentemente, a implementação de veículos submarinos não tripulados vem possibilitando explorações mais detalhadas das características geológicas da região, abrindo novas oportunidades de pesquisa sobre a evolução da crosta terrestre.






