Evangeline Lilly, hoje aposentada, não quis fazer o trabalho
Em meio a Hollywood, onde oportunidades únicas surgem para diferentes atores, a decisão de recusar um papel pode parecer surpreendente. Por isso, o caso da atriz canadense Evangeline Lilly, que declinou o papel de Mulher Maravilha, lançado em 2017, por razões de preconceito, teve grande repercussão. Essa escolha lembra que, no mundo do entretenimento, as motivações pessoais e profissionais frequentemente caminham lado a lado.
Evangeline Lilly, conhecida pelo papel de Kate Austen na série de TV “Lost”, julgou que aceitar o papel de heroína exigia considerar não apenas as implicações profissionais, mas também questões pessoais e socioculturais. A Mulher Maravilha, uma personagem emblemática do universo dos quadrinhos, tornou-se um ícone feminista, simbolizando também a luta pela igualdade de gênero. A personagem, originalmente criada por William Moulton Marston em 1941, sempre carregou a intenção de desafiar normas tradicionais ligadas ao papel das mulheres na sociedade.
Por que a atriz recusou o papel?
A decisão da atriz negar um papel tão significante baseou-se em preconceito que a própria admitiu com histórias de super-heróis. “Eu tirava sarro do gênero, considerava-o uma forma mais baixa de entretenimento”, declarou. Mesmo com a oportunidade de interpretar uma personagem tão poderosa e influente, Evangeline decidiu recusá-lo. Assim, o papel foi assumido pela israelense Gal Gadot, que alcançou um novo patamar nos estúdios de cinema a partir dessa oportunidade.
É importante notar que a representação de super-heroínas em filmes e quadrinhos tem evoluído, com um foco crescente em personagens mais complexas e conotativas de lutas modernas.

Possíveis impactos da decisão na carreira da atriz?
Recusar um papel como o de Mulher Maravilha pode ter consequências significativas. Esta escolha colocou a atriz sob novos holofotes, abrindo discussões sobre a representação feminina em filmes e séries de televisão. Movimentos de direitos femininos e defensores da equidade de gênero podem ver essa decisão como um sinal de integridade e compromisso com causas importantes, mesmo correndo o risco de perder um papel potencialmente lucrativo e de grande visibilidade.
No entanto, também existe a possibilidade de desencadear críticas, especialmente de fãs e de partes da indústria cinematográfica que interpretam sua decisão como uma rejeição da importância da representatividade feminina nas telonas. É um risco que inclui a possibilidade de ser vista como alguém que não está disposta a se adaptar às demandas da indústria, o que pode afetar futuras ofertas de trabalho.
Como a decisão influencia sua imagem pública e profissional?
Decisões como essa têm o poder de moldar a imagem pública de uma atriz de maneiras complexas. Enquanto alguns podem aplaudir o gesto como uma posição ousada e ética, outros podem vê-lo como uma oportunidade perdida de influenciar positivamente o papel já estabelecido. Além disso, sua escolha pode inspirar outros atores a refletir sobre as consequências culturais de suas próprias escolhas de papéis.
Além de “Lost”, Evangeline tem outras grandes produções em seu currículo. Em 2011, ela interpretou a elfa Tauriel na trilogia “O Hobbit”, baseada na obra do escritor britânico J.R.R Tolkien. “Guerra ao Terror”, “Depois de partir” e “Gigantes de Aço” são outros filmes no currículo da atriz canadense. Em 2024, aos 44 anos, ela explicou que decidiu se aposentar dos sets para dedicar-se à vida pessoal, à literatura e também a projetos humanitários.










