Princesa Catherine
Catherine Duleep Singh, nascida em 1871 em Suffolk, Reino Unido, emerge como uma figura inspiradora cujas ações no século passado voltaram a ganhar reconhecimento nos últimos anos. Filha do marajá Duleep Singh, ela cresceu em um contexto de exílio da terra que seu pai governou, após a anexação do Império Sikh pelos britânicos. Em sua vida, Catherine demonstrou compromisso inabalável com causas humanitárias e direitos das mulheres, agindo com coragem e determinação.
Parte de sua jornada já era desafiante desde o início. Educada em Oxford, Catherine e suas irmãs se engajaram no movimento sufragista, uma causa que defendia o direito ao voto feminino. No entanto, foi na Alemanha, onde passou grande parte de sua vida, que sua bravura e desafiadora posição diante das normas sociais se destacaram, especialmente durante o regime nazista dos anos 1930.

Quem foi Catherine Duleep Singh?
Catherine era a quarta filha de Duleep Singh e Bamba Müller, e cresceu sob a supervisão da rainha Vitória, que foi sua madrinha. Após perder os pais ainda na adolescência, ela desenvolveu um relacionamento significativo com Lina Schäfer, sua governanta alemã. Elas se mudaram juntas para Kassel, na Alemanha, onde a casa em que viveram ainda permanece como testemunha de seu duradouro vínculo.
Seu relacionamento com Lina nunca foi oficialmente reconhecido, mas ambas compartilharam uma vida conjunta que desafiou as convenções sociais de sua era. Mesmo em meio às tensões políticas e sociais da Alemanha nazista, Catherine recusou deixar o país, apesar de ser aconselhada por seu contador a fazê-lo por questões de segurança.
Como Catherine Duleep Singh ajudou na Alemanha nazista?
Durante o crescente regime nazista, Catherine usou sua influência e recursos para ajudar famílias judias, oferecendo-lhes uma chance de escaparem da perseguição. Ela escrevia cartas de apoio, fornecia assistência financeira e garantia documentos de imigração essenciais para essas pessoas. Johann Hornstein e sua família foram alguns dos que se beneficiaram de sua assistência, conseguindo refúgio no Reino Unido graças aos esforços de Catherine.
Além dos Hornstein, outros refugiados, como o médico Wilhelm Meyerstein e o violinista Alexander Polnarioff, também encontraram segurança temporária no Reino Unido sob sua proteção. Suas ações ecoaram pelas décadas seguintes, lembrando que, mesmo frente à adversidade, há aqueles que escolhem bravamente apoiar os vulneráveis.
Por que o legado de Catherine Duleep Singh é importante hoje?
Catherine faleceu em 1942 aos 71 anos, mas deixou um legado que continua sendo celebrado. Recentemente, suas contribuições ganharam mais reconhecimento nas comunidades LGBTQ+ e são vistas como um exemplo de amor e coragem sem medo. A próxima exposição no Palácio de Kensington, intitulada “Princesses of Resistance”, planeja explorar suas contribuições, assim como as de suas irmãs Sophia e Bamba, concentrando-se em seus notáveis esforços durante períodos de intensa opressão.
Seu trabalho não pode ser comparado em termos numéricos ao de figuras como Oskar Schindler, mas cada vida que salvou representa um ato significativo de resistência e empatia. O reconhecimento póstumo de Catherine destaca a importância dos esforços individuais em tempos de adversidade, servindo como um poderoso lembrete do impacto que uma única pessoa dedicada pode ter na vida de muitos.







