Pesquisadores do mundo todo buscavam compreender há décadas a existência da Zelândia, um continente quase todo submerso na região do Pacífico Sul. Situada entre Nova Zelândia, Nova Caledônia e a Austrália, a Zelândia permaneceu discreta por milhões de anos. Ela apresenta acima da água apenas uma pequena fração de sua superfície. Agora, estudos revelaram com detalhes inéditos tanto a extensão quanto as características físicas e geológicas desse continente perdido, atraindo a atenção de cientistas e curiosos.
O reconhecimento formal de Zelândia como continente ocorreu apenas em 2017. Após extensas investigações geológicas e com o avanço tecnológico dos últimos anos tornou-se possível mapear, com precisão, suas áreas submersas. Com isso, cientistas constataram que Zelândia ocupa uma área de aproximadamente 4,9 milhões de quilômetros quadrados, tornando-se uma das maiores massas continentais da Terra, embora cerca de 95% dela esteja sob o oceano.

Por que Zelândia ficou submersa?
De acordo com dados recentes, a Zelândia teria se separou do antigo supercontinente Gondwana entre 60 e 100 milhões de anos atrás. Pesquisas destacam processos complexos de afinamento e estiramento crustal, ocorridos durante eras geológicas. Esse fenômeno ocorreu por intensa atividade vulcânica e pelo movimento de placas tectônicas, que favoreceram rachaduras profundas e o subsequente afundamento da massa terrestre.
Estudos publicados em 2025 detalham a existência de grandes formações rochosas vulcânicas no limite entre Zelândia e Gondwana. Essas áreas, compostas por rochas de lava magnética, sugerem que o magma desempenhou papel central na separação e no posterior isolamento da Zelândia em uma posição majoritariamente submersa.
Como os cientistas conseguiram mapear Zelândia?
O mapeamento completo da Zelândia representou um desafio singular às equipes de geólogos. Para obter informações confiáveis, foram utilizadas tecnologias modernas de sonar, análise sísmica e levantamento remoto através de satélites. Navios equipados com instrumentos de alta precisão traçaram o relevo do fundo oceânico, permitindo visualizar em detalhes os contornos do continente submerso.
- Sonar multifeixe: usado para medir profundidades e desenhar mapas precisos do fundo marinho.
- Análise de sedimentos: ajuda na compreensão do tipo de solo e de eventuais registros fósseis.
- Medições sísmicas: indicam a espessura da crosta continental e identificam estruturas ocultas.
A combinação dessas técnicas permitiu não só delimitar a Zealândia, mas também entender melhor sua história geológica e as forças que a moldaram desde a era dos dinossauros.

Quais são as características geológicas de Zelândia?
A estrutura geológica da Zealândia é diversificada, incluindo bacias sedimentares profundas, cadeias montanhosas submersas e regiões com evidências de vulcanismo ativo no passado. O continente é frequentemente estudado por conter registros únicos sobre a evolução dos oceanos e das massas terrestres do hemisfério Sul. A Nova Zelândia, que representa cerca de 5% da superfície acima do nível do mar, abriga paisagens formadas por processos geológicos que refletem a dinâmica desse continente oculto.
- Bacias sedimentares: depósitos de areia, argila e outros materiais são abundantes e preservam fósseis antigos.
- Vulcanismo: áreas com rochas de origem vulcânica atestam a força dos processos internos da Terra.
- Falhas tectônicas: diversas zonas de fratura atravessam a Zealândia, resultado do contínuo movimento das placas.
O que a descoberta de Zelândia representa para a ciência?
O reconhecimento da Zelândia como continente afetou significativamente o entendimento sobre a evolução da crosta terrestre e dos oceanos. Graças aos dados obtidos em 2025, estudiosos podem investigar padrões de biodiversidade, adaptações e extinções ocorridas na região. O estudo detalhado das rochas e sedimentos oferece pistas cruciais sobre antigas conexões continentais e movimentos tectônicos que transformaram o planeta ao longo dos últimos 100 milhões de anos.
Com a cartografia finalizada e a contínua análise das amostras coletadas, espera-se que novas descobertas tragam esclarecimentos sobre a dinâmica entre oceanos e continentes e ampliem o conhecimento sobre as forças naturais que moldam a Terra.










