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Urina humana: alternativa sustentável aos fertilizantes químicos

Por Daniel
05/07/2025
Em Ciência
Urina fertilizante

Créditos: depositphotos.com / Stockr

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Ao longo das últimas décadas, a busca por alternativas sustentáveis na agricultura levou pesquisadores e produtores rurais a revisitar técnicas tradicionais sob uma nova ótica. Nesse contexto, o uso da urina humana como fertilizante voltou ao debate. Em pauta, estão seus benefícios potenciais para o cultivo de alimentos. Considerada uma fonte rica em nutrientes essenciais para as plantas, essa prática desafia tabus culturais, enquanto propõe soluções para a reciclagem de resíduos urbanos e a redução do uso de fertilizantes sintéticos.

A urina, composta predominantemente por água, ureia, nitrogênio, potássio e fósforo, é um recurso abundante frequentemente descartado sem aproveitamento agrícola. O interesse em seu reaproveitamento cresce principalmente em regiões onde o acesso a insumos agrícolas convencionais é limitado. Ou quando há preocupação com a redução do impacto ambiental das grandes lavouras. Em 2025, pesquisas avançam demonstrando que a aplicação controlada do fertilizante líquido pode ser uma estratégia viável para aumentar a produtividade sem comprometer a saúde do solo.

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Por que utilizar urina humana como fertilizante?

O principal argumento para o uso da urina como adubo está em seu alto teor de nutrientes essenciais que são prontamente absorvidos pelas plantas. Diferente de muitos resíduos, a urina possui baixo risco de contaminação por patógenos quando manuseada corretamente. Isso a torna uma alternativa segura para determinados cultivos. Ademais, sua utilização contribui para o fechamento de ciclos de nutrientes, reduz o volume de esgoto urbano e diminui a demanda por fertilizantes industriais — cuja produção costuma consumir grande quantidade de energia e recursos naturais.

Também se destaca o aspecto econômico. Pequenos produtores e agricultores familiares relatam benefícios ao optarem pelo adubo orgânico, visto que ele está amplamente disponível e praticamente sem custo. Com isso, o processo produtivo se torna mais acessível e autossuficiente.

Urina como fertilizante
Créditos: depositphotos.com / Ischukigor

Como países estão adotando a urina humana na agricultura?

Ao redor do mundo, diversas iniciativas testam e implementam o uso da urina humana na fertilização de hortaliças, cereais e até frutíferas. Em países da Europa, como Suécia e França, sistemas de coleta seletiva permitem a separação do material dos resíduos domésticos, para que seja tratado e posteriormente aplicado nas lavouras. Na Suécia, por exemplo, projetos piloto em comunidades rurais já demonstraram que o rendimento de cultivos de trigo e beterraba pode aumentar de forma significativa com a utilização do fertilizante derivado da urina.

Na África, especialmente em países como Níger e Gana, a técnica ajuda a combater a escassez de insumos agrícolas comerciais e a melhorar a segurança alimentar das populações. Em algumas regiões, a diluição do adubo líquido com água antes da aplicação reduz o odor e facilita a absorção pelos cultivos. As organizações locais estimulam o manejo seguro e o armazenamento adequado para evitar problemas de saúde e garantir bons resultados nas colheitas.

Como a prática tem sido desenvolvida no Brasil?

No Brasil, o uso da urina humana na produção agrícola ainda está em fase experimental, mas tem atraído atenção entre grupos ligados à agroecologia e à permacultura. Comunidades rurais em estados como Minas Gerais, Bahia e São Paulo começaram a implementar sistemas de saneamento ecológico com separação de resíduos sanitários. Nessas áreas, a urina coletada recebe um tratamento simples, como descanso em recipiente fechado por período de até seis meses. Posteriormente, se torna fertilizante em hortas domésticas e projetos comunitários.

Alguns institutos de pesquisa brasileiros investigam os efeitos da adubação com urina sobre a produtividade e a qualidade dos alimentos. Resultados preliminares sugerem que a utilização controlada contribui para o crescimento acelerado de hortaliças. Tudo com níveis nutricionais comparáveis aos de plantas cultivadas com adubos convencionais. Todavia, especialistas alertam para a necessidade de seguir protocolos de higiene rigorosos e de analisar previamente a composição química do material para evitar excesso de sais ou metais pesados.

Quais cuidados são necessários no uso da urina humana na agricultura?

O aproveitamento da urina como fertilizante demanda alguns cuidados para garantir segurança e eficiência. Entre as principais recomendações, estão:

  • Armazenamento adequado: manter a urina em recipientes fechados por pelo menos 30 dias antes da aplicação.
  • Diluição: diluir a urina em água (proporção 1:10) para evitar queimaduras nas plantas.
  • Evitar aplicação direta em alimentos consumidos crus: preferencialmente usar em culturas como milho, cereais e plantas ornamentais.
  • Rotação de culturas: alternar as áreas de aplicação para preservar a saúde do solo.
  • Análise do material: realizar testes quando possível para verificar presença de contaminantes.

Essas práticas, associadas ao manejo consciente dos resíduos, são fundamentais para promover a agricultura regenerativa. Além disso, contribuem para que a reciclagem de nutrientes da urina humana seja um aliado do campo brasileiro. As estimativas apontam que, se amplamente adotada, essa alternativa tem potencial para transformar a gestão de resíduos urbanos e colaborar de maneira decisiva para a produção sustentável de alimentos nos próximos anos.

Tags: AgriculturaFertilizanteMeio Ambientesustentabilidade
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