A duração dos dias na Terra é marcada por pequenas variações quase imperceptíveis para quem observa o tempo no cotidiano. Em 2025, fenômenos relacionados à rotação do planeta têm chamado a atenção de cientistas por provocarem diminuição de frações de milissegundos na duração das 24 horas convencionais.
Essas mudanças na rotação terrestre não trazem impacto direto à rotina das pessoas, já que milissegundos representam um intervalo bastante reduzido. Ainda assim, o tema desperta interesse tanto pela precisão dos registros modernos quanto pelos fatores naturais que influenciam o movimento do planeta.

Por que o dia na Terra pode ficar mais curto?
Ao contrário do que muitos imaginam, a quantidade de horas em um dia não é fixa. Mudanças no núcleo interno do planeta, deslocamento dos oceanos, circulação da atmosfera e até eventos sísmicos podem alterar a velocidade do giro terrestre, fazendo com que a rotação complete-se alguns milissegundos antes do previsto.
Eventos desse tipo têm registros recentes: em 29 de junho de 2022, foi anotado o dia mais curto já observado até então, com a rotação finalizada cerca de 1,59 milissegundo antes do esperado. Em 2025, há datas em que o tempo será entre 1,30 e 1,51 milissegundo menor que as 24 horas tradicionais, como o dia 26 de março, 22 de julho e 5 de agosto.
Quais fenômenos explicam o dia mais curto da Terra?
Há diferentes processos envolvidos nesse fenômeno. O núcleo da Terra apresenta movimentação complexa, gerando variações gravitacionais e magnéticas. Além disso, o deslocamento de massas oceânicas e flutuações atmosféricas interferem no equilíbrio do planeta, promovendo pequenas alterações temporárias no tempo de rotação.
- Movimento do núcleo: Fluidos metálicos no núcleo interno afetam o momento angular da Terra.
- Oceano e atmosfera: Mudanças nas correntes marítimas e nos ventos transmitem energia ao movimento de rotação.
- Atividade sísmica: Grandes terremotos podem redistribuir a massa terrestre, influenciando o ritmo da rotação.
Desde a década de 1960, o uso de relógios atômicos permite o monitoramento preciso dessas alterações. Análises comparativas indicam que, embora a tendência histórica aponte para um leve aumento na duração do dia (devido ao atrito causado pelas marés), há períodos em que a velocidade de rotação aumenta temporariamente.

Como as mudanças afetam o sistema de medição do tempo?
O ajuste dos relógios mundiais busca manter a correspondência exata entre o tempo civil e o tempo atômico. Desde 1973, foi implementada a estratégia do “segundo bissexto”. Quando a rotação da Terra se atrasa, adiciona-se esse segundo aos relógios oficiais; se o ritmo acelera, considera-se a retirada desse intervalo temporal, chamado de segundo bissexto negativo.
- Verifica-se a diferença entre o tempo atômico e o tempo solar.
- Caso a diferença atinja cerca de 0,9 segundo, um segundo é acrescentado ou retirado.
- Desde o início dessa prática, 27 segundos bissextos foram somados, mas ainda não foi necessário retirar segundos.
Se o padrão de dias mais curtos persistir nos próximos anos, existe a perspectiva de que um segundo bissexto negativo precise ser utilizado pela primeira vez. Isso garantiria que o tempo civil global continue sincronizado com o movimento real do planeta.
O que pode acontecer se o ritmo da Terra mudar ainda mais?
Caso a aceleração ou desaceleração da Terra seja significativa ao ponto de afetar o sistema atual, ajustes adicionais terão de ser feitos. Mudanças prolongadas poderiam impactar tecnologias de geolocalização, operações bancárias globais e sistemas de comunicação que dependem de sincronização temporal precisa.
Em resumo, embora pequenas variações aconteçam regularmente, o acompanhamento científico garante o controle desses desvios. O fenômeno do dia mais curto da Terra mostra como o funcionamento do planeta pode ser medido até nos detalhes mais sutis e destaca a importância da vigilância constante sobre esse delicado equilíbrio. A expectativa é de que, mesmo diante dessas mudanças, a vida cotidiana siga normalmente, com ajustes técnicos sendo aplicados sempre que necessário para manter a precisão do tempo em escala global.










