Em abril de 1990, o telescópio espacial Hubble iniciou uma nova era para a observação astronômica. Instalado fora da atmosfera terrestre, esse equipamento permitiu aos cientistas enxergar os astros com clareza inédita. Dessa forma, ele permitiu desvendar muitos mistérios do universo, revolucionando o entendimento sobre galáxias, estrelas e planetas desde então.
Com avanços tecnológicos constantes, o Hubble forneceu imagens precisas e dados fundamentais para pesquisas de diversas áreas da astrofísica. Os registros do espaço não sofrem interferências atmosféricas, eliminando distorções e ampliando a qualidade dos resultados. Ao longo de mais de três décadas de operação, o telescópio permaneceu essencial para a compreensão das origens e evolução do cosmos.

Como funciona o telescópio Hubble no espaço?
Funcionando em órbita terrestre baixa, o Hubble utiliza um espelho primário de 2,4 metros de diâmetro e câmeras científicas altamente sensíveis. Sua principal força está na capacidade de captar radiação em diferentes comprimentos de onda, como luz visível, ultravioleta e infravermelho próximo. Isso viabiliza imagens detalhadas de regiões distantes do universo e permite que pesquisadores analisem composições químicas, movimentos e propriedades dos corpos celestes.
Durante operações, o telescópio sofre ajustes remotos a partir da Terra. Como não é tripulado, técnicos da NASA e da ESA monitoram o Hubble continuamente, enviando comandos e recebendo informações por meio de comunicação via satélite. A energia é fruto de painéis solares, proporcionando autonomia para longas missões e coleta de dados diários ao longo de muitos anos.
As descobertas que o Hubble proporcionou para a ciência
Desde sua entrada em operação, o telescópio Hubble esteve no centro de grandes achados científicos. Entre eles, destaca-se a determinação mais precisa da idade do universo, calculada atualmente em cerca de 13,8 bilhões de anos. Além disso, o Hubble também foi fundamental para a confirmação da existência de buracos negros supermassivos no centro de muitas galáxias, além de contribuir para o entendimento da expansão acelerada do universo.
- Registro de imagens detalhadas de galáxias distantes;
- Identificação de exoplanetas e análise atmosférica de alguns;
- Observação de supernovas e estudo do ciclo de vida estelar;
- Mapeamento de nebulosas e regiões de formação estelar.
Esses avanços só foram possíveis graças à visão privilegiada do Hubble. Isso porque ele é capaz de captar detalhes nunca antes observados por telescópios na superfície terrestre.

O futuro do telescópio Hubble: o que vem pela frente?
Mesmo com a chegada de equipamentos mais modernos, como o telescópio James Webb, o Hubble segue em funcionamento e continua relevante em 2025. Várias missões de manutenção ao longo da história prolongaram sua vida útil e corrigiram falhas, permitindo que ele siga fornecendo imagens de alta resolução. A expectativa é que permaneça operativo enquanto for tecnicamente viável, colaborando com novas descobertas e complementando outros instrumentos em órbita.
A história do Hubble mostra como a tecnologia espacial pode ampliar fronteiras do conhecimento humano. Parte importante da história da exploração do espaço, o telescópio segue sendo ferramenta indispensável nas pesquisas sobre a origem, composição e comportamento dos astros, contribuindo para ampliar a compreensão do universo em constante transformação.










