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O peixe que derrete fora d’água: Mistérios de uma criatura das profundezas

Por silvana
16/07/2025
Em Animais
Peixe-gota - National Science Foundation Ocean Observatory -Universidade de Washington - CSSF

Peixe-gota - National Science Foundation Ocean Observatory -Universidade de Washington - CSSF

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Entre as diversas espécies que habitam as profundezas do oceano, alguns animais capturam a atenção por suas características peculiares. O peixe-gota, conhecido no meio científico como Psychrolutes marcidus, figura entre esses exemplos que impressionam estudiosos e curiosos devido à aparência incomum e ao seu modo específico de adaptação. Seu aspecto gelatinoso e ausência de escamas colocam esse animal entre as criaturas mais diferenciadas do ambiente marinho.

Visto raramente fora do seu habitat natural, o peixe-gota tornou-se um símbolo das profundezas oceânicas por conta de sua fisionomia exótica. Espécie nativa das águas profundas da costa da Austrália, da Tasmânia e da Nova Zelândia, ele permanece pouco exposto à luz solar e dificilmente é avistado por mergulhadores comuns. Sua morfologia, que se destaca pela ausência de escamas e o corpo mole, desafia as expectativas de quem imagina um peixe seguindo o padrão tradicional.

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Por que o peixe-gota não possui escamas?

A ausência de escamas no peixe-gota representa uma adaptação evolutiva às condições extremas do seu ambiente. Em profundidades que variam aproximadamente entre 600 e 1.200 metros, a pressão submarina é intensa e a temperatura bastante baixa. Nesses locais, possuir um revestimento rígido, como escamas, pode não ser vantajoso. Por isso, esse animal apresenta pele lisa e gelatinosa, composta majoritariamente por água com baixíssima densidade.

O corpo do peixe-gota tem uma composição que favorece a flutuação próxima ao fundo do mar, facilitando o deslocamento sem gasto elevado de energia. A ausência de bexiga natatória complementa esse conjunto de adaptações, permitindo que o animal não afunde nem suba demasiadamente na coluna d’água.

Como o peixe-gota sobrevive em ambientes tão extremos?

Sobreviver em locais de alta pressão exige estratégias singulares. O peixe-gota mantém sua estrutura física estável graças ao corpo gelatinoso, que é menos denso do que a água ao redor. Com um metabolismo lento, ele consome pouca energia e se alimenta de pequenos organismos, tais como crustáceos e detritos que afundam das camadas superiores do oceano. O formato arredondado e a textura macia do corpo criam um efeito de almofada, evitando danos em virtude da pressão constante.

  • Pele gelatinosa: Garante flexibilidade e resistência à pressão.
  • Ausência de escamas: Reduz o gasto energético com a produção desse revestimento, tornando o corpo mais leve.
  • Alimentação simplificada: Adaptação a recursos escassos encontrados no ambiente profundo.
Aparência do peixe em contato com a superfície – Kerryn Parkinson/ Museu Australiano

Quais curiosidades cercam o peixe?

Embora seja um animal discretamente presente no ecossistema, o peixe-gota ganhou notoriedade após a divulgação de imagens que mostram sua aparência logo após ser retirado das profundezas. Fora da alta pressão da água, seu corpo sofre deformações, o que reforça o visual incomum. Essa característica fez com que ele fosse apelidado de “um dos peixes mais estranhos do mundo” e inclusive servisse de inspiração para memes e ilustrações diversas.

Nos últimos anos, campanhas ambientais alertam sobre os impactos da pesca de arrasto no habitat do peixe-gota. Por viver próximo do leito oceânico, ele pode ser capturado acidentalmente por redes profundas, correndo o risco de ser prejudicado pelas atividades humanas. Pesquisadores dedicam-se a analisar o papel ecológico desse animal, destacando sua importância dentro dos ciclos do oceano.

Importância do peixe-gota para o equilíbrio marinho

A presença do peixe-gota em camadas tão profundas do oceano integra uma rede alimentar imprescindível ao funcionamento do ecossistema submarino. Esse animal participa do controle de populações menores e contribui para o reaproveitamento de resíduos orgânicos que chegam ao fundo marinho. Ao estudar criaturas como o peixe-gota, cientistas avançam na compreensão dos limites da vida e das adaptações evolutivas necessárias para prosperar em ambientes onde poucos seres conseguem sobreviver.

  1. Promove o equilíbrio da cadeia alimentar nas profundezas.
  2. Age como indicador das condições ambientais em locais de difícil acesso.
  3. Contribui para pesquisas sobre evolução e biologia marinha.

O peixe-gota, apesar da aparência pouco convencional para o olhar humano, representa uma faceta surpreendente da biodiversidade marinha. Suas singularidades, adaptadas a condições extremas do planeta, ilustram como a vida encontra caminhos inesperados para sobrevivência, mesmo nos ambientes mais inóspitos do oceano.

Tags: adaptabilidadebiologia marinhapeixe-gotapeixes profundos
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