Um veículo aquático com aparência de carro de luxo tradicional chamou a atenção do público em Salvador. Entenda o porquê
O aparecimento de um curioso carro de luxo aquático na praia da Ribeira, em Salvador, despertou a atenção de quem estava por lá e rapidamente virou assunto nas redes sociais. O veículo, em um tom amarelo marcante, navegava pelas águas da Baía de Todos-os-Santos e levantou questionamentos entre moradores e turistas sobre sua origem e funcionamento. Mais do que apenas uma novidade visual, trata-se de uma inovação no segmento de embarcações de lazer, aliando design automotivo a tecnologia náutica.
O investimento foi feito pelos empresários Davi Mattedi e Paulo Lisboa, que compraram a embarcação em Fortaleza, no Ceará. Eles trouxeram o veículo para a Bahia, onde realizou reformas por cerca de três meses. Nesse período, a embarcação ganhou melhorias no motor e adaptações em sua estrutura, aproximando ainda mais o visual do carro ao de um automóvel tradicional e elevando sua potência para atender à proposta de luxo e desempenho.
Como funciona o carro de luxo aquático?
Apesar da aparência remeter a um carro convencional, o funcionamento é semelhante ao de uma lancha do tipo jet boat. O motor, originalmente de uma moto aquática, oferece aproximadamente 280 cavalos de potência, o que permite que o veículo atinja a velocidade de até 80 km/h sobre a água. Sua propulsão é realizada por um sistema de jato d’água, expelido pela traseira, o que garante agilidade e manobrabilidade características desses equipamentos náuticos.
O interior do carro aquático comporta quatro pessoas, embora, por segurança, apenas três passageiros sejam levados em cada passeio. O condutor deve ser sempre um funcionário de confiança do proprietário. Além do preço diferenciado de aproximadamente R$ 150 por pessoa para 15 minutos de passeio, a experiência proporciona uma vista privilegiada do litoral soteropolitano, destacando-se pela originalidade em relação às tradicionais opções de lazer náutico.
Quais são as exigências legais para o uso do veículo aquático?
A Capitania dos Portos classifica o chamado “carro aquático” como um jet boat, devido ao seu sistema de propulsão aquática. Para circular legalmente, a embarcação foi inscrita na Capitania dos Portos de Alagoas e obedece às normas de segurança e documentação vigentes. No entanto, há restrições quanto ao uso comercial: atualmente, a autorização concedida permite apenas atividades de esporte e recreio, não sendo permitido o transporte remunerado de passageiros para fins turísticos.
- O proprietário deverá solicitar reclassificação do veículo caso queira oferecer passeios turísticos pagos de forma regular.
- A embarcação está sujeita à fiscalização constante pela Marinha.
- O condutor precisa possuir habilitação náutica compatível com a categoria do veículo.
- Normas de segurança, como uso de coletes salva-vidas, devem ser rigidamente seguidas.
O que diferencia esse carro de luxo aquático das demais embarcações?
O destaque do carro aquático está em sua combinação pouco usual de elementos: a estética de um automóvel clássica com os recursos de velocidade e navegação de um moderno jet ski. Esse formato inovador atrai não só entusiastas de veículos e embarcações, mas também pessoas em busca de experiências diferenciadas no mar. Além do apelo visual, a potência do motor garante desempenho bastante elevado para o segmento de lazer.
Diversas curiosidades circundam o veículo, como a origem do motor, as customizações realizadas para adequar a estrutura automotiva ao ambiente aquático e o interesse crescente na locação para experiências de passeio. Embora represente uma alternativa criativa no setor de entretenimento, o cumprimento das normas legais é fator determinante para a operação comercial. O caso evidencia a vitalidade do mercado de veículos recreativos e os cuidados necessários para conciliar inovação e regulamentação no Brasil.
No contexto da navegação recreativa tão presente nas águas baianas, o carro de luxo aquático simboliza não apenas uma conquista técnica, mas também uma nova possibilidade de lazer para quem aprecia a mistura entre o universo dos automóveis e o das lanchas rápidas. Seu surgimento reforça a necessidade de atenção às normas marítimas, principalmente diante do interesse pelo aluguel do veículo para o público, e sugere que outras inovações podem surgir nos próximos anos, ampliando o leque de experiências nas praias brasileiras.











