Ao analisar o mercado automotivo brasileiro em 2025, um fator que sempre desperta preocupação em quem deseja adquirir um carro novo é a desvalorização. Isso porque o valor de revenda de um veículo pode impactar diretamente o custo-benefício para o proprietário. Especialmente se o objetivo for trocar de carro com frequência. Uma avaliação criteriosa desses indicadores facilita escolhas mais conscientes e pode evitar perdas financeiras indesejadas.
Um estudo com mais de 180 modelos comercializados no país identificou os automóveis que apresentaram as maiores taxas de desvalorização, fundamental para quem visa preservar parte do investimento ao trocar de veículo.

Os carros que mais desvalorizam no Brasil em 2025
A palavra-chave deste tema é desvalorização de carros. No ranking dos modelos que perderam maior percentual de valor ao longo de um ano, os SUVs elétricos e híbridos ganham destaque. Dessa forma, o JAC E-JS4 lidera a lista, com uma depreciação que alcança 37,5%. Entre outros exemplos, o Renault Kwid E-Tech, Honda Accord e o Mini Countryman também figuram na relação, evidenciando que mesmo veículos com tecnologias avançadas não estão imunes à queda de valor.
Além disso, questões como a rede de concessionárias, o acesso a peças de reposição e o perfil tecnológico do automóvel contribuem para esse resultado. Por exemplo, veículos elétricos ainda enfrentam desafios quanto à infraestrutura e aceitação no mercado de usados, o que aumenta o cuidado necessário ao considerar sua aquisição.
O que leva à queda no valor de revenda de um carro?
Diversos fatores influenciam a desvalorização de carros novos e seminovos. Entre os principais estão:
- Tecnologia embarcada: quanto mais avançado o modelo, maior o risco de desvalorização rápida, já que atualizações constantes tornam veículos mais antigos menos atrativos.
- Motorização: modelos com motorização elétrica ou híbrida, no cenário atual brasileiro, tendem a perder valor mais intensamente devido ao custo de manutenção e incerteza em relação à durabilidade das baterias.
- Desempenho comercial: carros com baixa procura ou alta oferta perdem valor mais rápido por não despertarem tanto interesse entre compradores.
- Despesas pós-compra: peças caras, seguro elevado e revisões frequentes impactam negativamente o valor de revenda.
- Políticas da montadora: extensões de garantia e facilidade de manutenção ajudam a manter o veículo valorizado, enquanto a suspensão da produção ou escassez de assistência reduzem a precificação.
Os modelos que se destacam nas maiores perdas de valor em 2025
Entre os modelos analisados, diversos segmentos foram afetados pela acentuada depreciação automotiva. Destacam-se:
- JAC E-JS4: com desvalorização de 37,5%, o SUV elétrico ficou na última posição em termos de revenda.
- JAC E-JS7: a versão sedã também sofreu uma forte retração, superando 30% de perda anual.
- Renault Kwid E-Tech: o hatch compacto elétrico apresentou queda superior a 25% no valor de mercado em doze meses.
- Honda Accord: mesmo posicionado entre os híbridos premium, caiu mais de 20% em valor.
- Mini Countryman Elétrico: a nova geração perdeu aproximadamente 20,5% de seu preço inicial.
Estes exemplos ilustram a necessidade de avaliar pontos como reputação da marca, perspectivas de manutenção e liquidez no mercado antes de optar por um modelo determinado.

Como minimizar a desvalorização ao escolher um carro?
Para fugir das maiores taxas de depreciação, alguns cuidados são recomendados. Priorizar modelos tradicionais, com bom histórico de mercado no Brasil, pode ser uma alternativa para preservar o valor investido. Manter o veículo dentro do plano de revisões da fabricante e conservar o estado geral do automóvel também são práticas essenciais.
Outro aspecto importante é pesquisar sobre a atuação das montadoras no país, especialmente em relação à oferta de assistência técnica e disponibilidade de peças. Nas grandes cidades, a liquidez costuma ser maior, mas veículos com pouca aceitação nacional ainda disponibilizam desafios na revenda em 2025.
A escolha de um veículo envolve diversas variáveis além do design e da tecnologia. Conhecer os dados de desvalorização é uma estratégia relevante para quem quer tomar uma decisão informada e evitar surpresas na hora de negociar o carro antigo. Não apenas o prazer da direção conta: o bolso também agradece ao final dessa trajetória.










