Em 2025, moradores de diversas regiões do Brasil relataram ter observado um espetáculo raro no céu: o chamado “arco-íris de fogo”. O termo despertou curiosidade, levando muitos a buscar explicações. Esse fenômeno não está ligado a incêndios, como o nome sugere, mas sim a condições meteorológicas especiais, capazes de criar cores vivas e singulares em pleno dia.
Quem presenciou o fenômeno rapidamente compartilhou imagens nas redes sociais. O acontecimento ganhou destaque em portais de notícia e suscitou dúvidas. Muitas pessoas se perguntaram sobre a origem dessas tonalidades e as diferenças entre o arco-íris comum e esse novo colorido no céu brasileiro.
O que é o arco-íris de fogo?

A expressão “arco-íris de fogo” descreve o fenômeno conhecido cientificamente como arco circunhorizontal. Trata-se de uma manifestação óptica causada pela luz solar que atravessa cristais de gelo presentes nas nuvens do tipo cirro. Ao passar por esses cristais, a luz branca se decompõe em diferentes cores, formando uma faixa brilhante e multicolorida. Apesar da semelhança com o arco-íris tradicional, o processo de formação é totalmente distinto.
O fenômeno traz tons de vermelho, laranja, amarelo, verde, azul e violeta, criando faixas onduladas no céu. Para que ocorra, o Sol precisa estar bem alto, geralmente acima de 58 graus em relação ao horizonte. Outro fator fundamental envolve a presença de nuvens cirros altas e finas, que carregam cristais de gelo em formato de plaquetas hexagonais.
Como se diferencia da irisação?
Durante o mesmo período, também houve relatos de irisação. Embora parecido, esse fenômeno se distingue do arco-íris de fogo pelas condições que o originam. A irisação resulta da passagem da luz solar por pequenas gotas de água ou cristais de gelo em nuvens mais baixas. Ocorre principalmente em nuvens do tipo altostratus e altocumulus. Diferentemente do arco-íris de fogo, a irisação produz manchas ou franjas coloridas, muitas vezes em áreas limitadas das nuvens, sem formato de arco.
- Arco-íris de fogo: forma arcos retos, extensos e bem definidos.
- Irisação: apresenta manchas irregulares e dispersas de cor.
- Nuvens envolvidas: cirros para o arco-íris de fogo e altostratus/altocumulus para a irisação.
- Altura do Sol: quanto mais alto, maior a chance de arco circunhorizontal.
Onde e quando o arco-íris de fogo costuma aparecer?

Muitos ainda se perguntam quando será possível avistar novamente esse fenômeno. O arco-íris de fogo é mais comum em regiões de clima quente, principalmente entre a primavera e o verão, quando há maior incidência de nuvens cirros e o Sol permanece alto durante boa parte do dia. Apesar disso, continua sendo considerado raro na América do Sul, pois depende da combinação exata de fatores atmosféricos.
As regiões Sudeste e Centro-Oeste do Brasil registram mais ocorrências desse espetáculo celeste. Isso se deve tanto às altas temperaturas quanto à altitude dessas regiões, favorecendo a formação de nuvens adequadas. Para interessados, a melhor recomendação envolve buscar áreas abertas e olhar para o céu entre o fim da manhã e o início da tarde, quando as condições ficam mais propícias.
Quais cuidados ao observar fenômenos ópticos no céu?
Cada vez mais pessoas se entusiasmam para fotografar o céu colorido e compartilhar imagens nas redes sociais. Entretanto, alguns cuidados são essenciais. Jamais olhe diretamente para o Sol, nem mesmo durante manifestações ópticas. O uso de lentes ou óculos especiais pode proteger os olhos. Além disso, o registro desses eventos deve focar em momentos em que o astro não está em linha direta com a visão.
- Evite utilizar equipamentos ópticos sem filtros indicados.
- Mantenha distância de locais com risco de acidentes para capturar a imagem perfeita.
- Prefira ambientes abertos longe de poluição luminosa para visualizar melhor o fenômeno.
Ao longo dos anos, o arco-íris de fogo segue despertando a atenção. Compreender suas causas ajuda a quebrar mitos e incentiva o interesse pela ciência e pela natureza. O fenômeno destaca a riqueza de detalhes presentes na atmosfera terrestre e mostra como simples partículas suspensas acima de nós podem criar verdadeiros espetáculos visuais.









