Em uma das noites mais aguardadas do calendário LGBTQIA+ nacional, ocorreu em 23 de agosto a 43ª edição do Miss Brasil Gay na cidade de Juiz de Fora, Minas Gerais. O evento reuniu representantes dos 26 estados brasileiros e do Distrito Federal, reforçando a importância da diversidade e do respeito às diferenças. Além disso, movimentou a cena cultural e turística do município, que reconhece o concurso como patrimônio imaterial desde 2007.
Nesta edição de 2025, Jade Hwskaier, representante do estado do Rio de Janeiro, conquistou o título de Miss Brasil Gay. O glamour e o empenho das participantes destacaram a relevância do concurso, que vai muito além da passarela. Afinal, deu visibilidade à luta pelos direitos de pessoas LGBTQIA+ e promovendo o orgulho de ser quem se é.

Como funciona a escolha da Miss Brasil Gay?
Com 27 candidatas representando cada unidade federativa do país, o Miss Brasil Gay apresenta uma dinâmica bastante intensa. Inicialmente, todas as concorrentes participam de diferentes etapas, como desfile com traje típico e apresentação com traje de gala. Durante essas fases, são avaliados critérios como criatividade, performance, elegância e carisma.
Após as etapas classificatórias, seis candidatas são selecionadas para a fase final. Nessa etapa decisiva, cada uma responde a perguntas sorteadas, demonstrando conhecimento, capacidade de comunicação e alinhamento com temas sociais relevantes. Esse processo não apenas valoriza atributos estéticos, mas também destaca a força da representatividade e da inteligência das participantes.
Quem foram as finalistas e quais as principais premiações?
A classificação das finalistas do Miss Brasil Gay 2025 apresentou a diversidade de talentos espalhados pelo país. Jade Hwskaier, do Rio de Janeiro, ficou em primeiro lugar. O segundo posto ficou com Eloyse Mello, representante de Santa Catarina, enquanto Leticia Andrade, do Ceará, garantiu a terceira colocação.
- 1º lugar: Jade Hwskaier (Rio de Janeiro)
- 2º lugar: Eloyse Mello (Santa Catarina)
- 3º lugar: Leticia Andrade (Ceará)
- 4º lugar: Julia Leite (Bahia)
- 5º lugar: Laryssa Rachelly (Paraíba)
- 6º lugar: Lumma Luz (Pernambuco)
Além da coroa principal, outras premiações foram entregues. O título de Miss Simpatia ficou com Jhennypher Monphettiny, do Maranhão, reconhecendo seu carisma e coleguismo durante todo o concurso. Já Eloyse Mello, de Santa Catarina, conquistou a preferência do público e foi consagrada Miss Júri Popular.
Quais são os destaques tradicionais do concurso?
O Miss Brasil Gay é reconhecido por valorizar elementos culturais do Brasil, especialmente nas premiações de melhor traje típico e traje de gala. Em 2025, Jade Hwskaier também se destacou nessas categorias, trazendo para a passarela visuais impactantes e que remetem à cultura brasileira. O evento mantém a tradição de proporcionar um espetáculo de cores, brilho e criatividade, sempre com o objetivo de celebrar as diferenças e motivar debates sobre inclusão social.
Esse concurso reforça a força das drag queens brasileiras, mostrando a dedicação das candidatas não só na busca por um título, mas também no papel de inspiração para milhares de pessoas. Eventos como esse também colaboram para a promoção da diversidade, tornando o Miss Brasil Gay um símbolo de resistência e mobilização.

Por que Juiz de Fora é o palco do Miss Brasil Gay há quase 50 anos?
A cidade mineira entrou para a história do movimento LGBTQIA+ brasileiro com a realização do Miss Brasil Gay, em 1976, idealizado pelo cabeleireiro Francisco Mota. Desde então, Juiz de Fora passou a ser reconhecida nacionalmente como um espaço inclusivo e acolhedor, atraindo visitantes de várias regiões em todas as edições do concurso. O reconhecimento como patrimônio imaterial impulsionou ainda mais o turismo e consolidou o evento como parte essencial da cultura local.
- Fomento à economia criativa: O concurso movimenta hotéis, restaurantes e serviços, gerando emprego e renda.
- Valorização cultural: O evento se tornou referência em representatividade, arte e engajamento social.
- Visibilidade nacional: Personalidades, jornalistas e o público acompanham as transmissões e coberturas especiais, ampliando a repercussão do concurso.
O Miss Brasil Gay segue, assim, cumprindo papel fundamental dentro e fora das passarelas, fortalecendo a identidade e o orgulho de ser LGBTQIA+ no Brasil.










