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Nova espécie de dinossauro com “vela” nas costas surge na Inglaterra

Por Daniel
26/08/2025
Em Curiosidades
Istiorachis macarthura

Saiba o que descobriram sobre o dinossauro - Créditos: James Brown/Jeremy A. F. Lockwood/ David M. Martill/Susannah C. R. Maidment/Divulgação

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Uma nova descoberta paleontológica está chamando a atenção da comunidade científica em 2025: o Istiorachis macarthurae, um dinossauro herbívoro identificado a partir de fósseis encontrados na Ilha de Wight, no sul da Inglaterra. A espécie, que pertence ao grupo dos iguanodontes, destaca-se por apresentar uma estrutura incomum ao longo das costas e da cauda, caracterizada por espinhos dorsais excepcionalmente longos. Os pesquisadores estimam que o animal tenha vivido há cerca de 125 milhões de anos, durante o início do período Cretáceo, quando o ambiente atravessava mudanças geológicas e biológicas significativas.

O pesquisador Jeremy Lockwood liderou a identificação do Istiorachis macarthurae, com apoio do Museu de História Natural e da Universidade de Portsmouth. Primeiramente, ele e sua equipe analisaram minuciosamente as vértebras fossilizadas. Embora inicialmente as peças tenham sido atribuídas a espécies já conhecidas, a equipe percebeu diferenças marcantes. Essas diferenças indicavam claramente a existência de um novo gênero de dinossauro. O animal pesava aproximadamente uma tonelada, possuía o porte semelhante ao de um bisão moderno e, provavelmente, vivia em grupos, percorrendo as vastas planícies da região de Wealden.

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Quais características tornam o Istiorachis macarthurae especial?

O elemento mais notável do Istiorachis macarthurae, palavra-chave que norteia este artigo, reside justamente na presença de espinhos dorsais alongados, formando uma espécie de “vela” ao longo de seu dorso. Essa estrutura, que raramente aparece em animais viventes, lembra as velas de certos répteis atuais, como alguns basiliscos. No entanto, a “vela” deste dinossauro mostra-se ainda mais desenvolvida. Entre os dinossauros, algumas espécies possuem estruturas similares, como o Espinossauro. Contudo, entre os iguanodontes, esse traço adquire um significado peculiar no Istiorachis.

Várias hipóteses surgiram em relação à função dessa vela dorsal. Os especialistas, no entanto, descartam explicações ligadas apenas à regulação de temperatura ou ao armazenamento de energia, pois esses fatores poderiam aumentar a vulnerabilidade a ferimentos. Atualmente, a explicação mais aceita sugere que o Istiorachis utilizava sua vistosa estrutura para comunicação visual. Os estudiosos discutem que a exibição durante rituais de acasalamento, o reconhecimento entre indivíduos do mesmo grupo e o afastamento de predadores estariam entre as principais funções. Sem dúvida, a “vela” aumentaria visualmente o tamanho do animal, o que poderia ajudar na defesa e na vida social.

Istiorachis macarthurae
Imagem ilustrativa sobre o esqueleto do dinossauro – Créditos: Jeremy A. F. Lockwood/ David M. Martill/Susannah C. R. Maidment/Divulgação

Como a descoberta foi realizada e qual seu impacto na paleontologia?

O caçador de fósseis britânico Nick Chase coletou os fósseis originalmente, muitos anos antes dos estudos detalhados. Só posteriormente a equipe liderada por Lockwood realizou análises aprofundadas. Durante o exame, a comparação com bancos de dados de vértebras de outras espécies revelou singularidades que ninguém havia notado antes. Todo esse processo demonstra claramente a importância do estudo minucioso de fósseis fragmentados, já que revisões cuidadosas de acervos existentes frequentemente trazem avanços relevantes em paleontologia.

A descoberta do Istiorachis macarthurae traz um impacto significativo para a compreensão da evolução dos dinossauros herbívoros. Portanto, ao observar a transição do Jurássico ao Cretáceo, os cientistas percebem que a evolução de estruturas dorsais altas serviu como adaptação a novas condições ambientais e sociais. A “vela” também representa mudanças importantes no contexto do comportamento de grupo. Assim, ela pode colaborar para a formação de manadas e para a diversificação de estratégias de sobrevivência durante o Cretáceo. Pesquisas futuras podem revelar ainda mais sobre a influência dessas estruturas na vida social dos dinossauros.

Qual o significado do nome Istiorachis macarthurae?

Todo novo dinossauro identificado recebe um nome científico que costuma homenagear características marcantes e pessoas que impactaram a ciência ou a cultura. No caso do Istiorachis macarthurae, a denominação combina elementos gregos que remete à “espinha de vela” com uma homenagem à velejadora britânica Dame Ellen MacArthur. A equipe responsável pela descoberta reconheceu a esportista, pois a “vela” do dinossauro lembra muito as velas de embarcações. Dessa forma, a ligação entre o passado pré-histórico e conquistas modernas fica ainda mais evidente.

  • Istiorachis: do grego, remete a “espinha de vela” ou “crista de vela”.
  • macarthurae: referência à navegadora Dame Ellen MacArthur
  • Descoberta: nome escolhido por Jeremy Lockwood e equipe após análise dos fósseis.

Além de iluminar aspectos pouco conhecidos da dinâmica entre espécies do Cretáceo na Inglaterra, o estudo de Lockwood e seus colegas inspira outras investigações paleontológicas. Assim, pesquisadores continuam a buscar rastros de animais extintos em depósitos fósseis do planeta inteiro. Novas técnicas e tecnologias aumentam a cada dia a possibilidade de identificar espécies ainda não reconhecidas, ampliando o panorama sobre a história da vida na Terra.

  1. Coleta e análise de fósseis são etapas fundamentais para revelações paleontológicas. Além disso, a colaboração entre diferentes áreas do conhecimento acelera esses achados.
  2. A presença de estruturas anatômicas inéditas pode indicar comportamentos sociais diferenciados, trazendo novos olhares para a vida dos dinossauros.
  3. O estudo de dinossauros como o Istiorachis macarthurae auxilia na compreensão das adaptações evolutivas durante o Cretáceo na Europa. Mais descobertas podem surgir com o uso crescente de tecnologia em análises fósseis.

Em síntese, o Istiorachis macarthurae representa um avanço crucial para o conhecimento dos dinossauros herbívoros. Portanto, essa descoberta contribui diretamente para a reconstrução dos ecossistemas antigos e valoriza o trabalho científico na interpretação do passado distante do nosso planeta.

Istiorachis macarthura
Fotografia das vértebras do Istiorachis macarthura – Créditos: Jeremy A. F. Lockwood/ David M. Martill/Susannah C. R. Maidment/Divulgação
Tags: Dinossauros IguanodontesEspinha de VelaIlha de WightIstiorachisPaleontologia
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