No início do século XX, uma das construções mais emblemáticas de Nova York marcou o cenário urbano como símbolo de progresso e grandiosidade: a Pennsylvania Station. Assim, a cidade inaugurou a estação ferroviária em 1910, tornando-a referência de arquitetura monumental e integração do transporte. O escritório McKim, Mead & White projetou o edifício, cuja arquitetura surpreendia pelas colunas inspiradas na Roma Antiga. Além disso, o uso generoso de mármore criava um ambiente que remetia ao esplendor de templos clássicos.
Durante décadas, a Pennsylvania Station recebeu milhões de viajantes que chegavam à metrópole. Executivos, turistas e moradores realizavam deslocamentos diários pela estação, que, desse modo, se firmou como ponto estratégico na malha ferroviária dos Estados Unidos. Com o passar dos anos, especialmente a partir da década de 1950, a dinâmica da mobilidade mudou. O crescimento do uso dos automóveis e dos aviões, por conseguinte, reduziu o movimento ferroviário. Assim, poucos usavam a estação, tornando sua manutenção inviável e acelerando o declínio.
Por que demoliram a Pennsylvania Station?
A decadência da Pennsylvania Station coincidiu com um período de intensa transformação urbana em Nova York. A alta no custo operacional e a valorização do espaço no coração de Manhattan, portanto, pressionaram a empresa responsável a vender os direitos do terminal para uma incorporadora. Em 1963, demoliram a magnífica estrutura para dar lugar a novos empreendimentos imobiliários. Muitos consideram esse momento um divisor de águas na história da cidade. Portanto, o desaparecimento da estação motivou debates sobre preservação histórica e, além disso, inspirou a criação da atual Comissão de Preservação de Marcos da cidade de Nova York.
O que ocupa o local onde ficava a Pennsylvania Station?
No mesmo terreno onde funcionava a antiga estação, ergueram o Madison Square Garden, uma das arenas multiuso mais conhecidas do mundo. Assim, reinaugurado em 1968, o novo complexo passou a receber grandes eventos esportivos, shows internacionais e convenções. Por isso, tornou-se referência no entretenimento nova-iorquino. Embora tenha havido entusiasmo de parte do público com a construção da arena, muitos lamentaram a perda do prédio histórico. Somente anos depois, reconheceram de forma mais ampla o valor patrimonial e cultural da estação demolida.
Como o Madison Square Garden se tornou um ícone?
O Madison Square Garden, chamado carinhosamente de “MSG”, ganhou rapidamente notoriedade. Ofereceu, assim, palco para partidas emblemáticas da NBA e da NHL, além de memoráveis apresentações musicais e espetáculos variados. O nome faz referência às edições anteriores do ginásio em outros pontos da cidade. Ainda assim, essa quarta versão, construída sobre as linhas de trem subterrâneas, alcançou grande visibilidade internacional. Com capacidade para mais de 20 mil pessoas e versatilidade nos cenários, o espaço consolidou-se como palco de acontecimentos importantes.
- Shows históricos: Artistas renomados, como Elvis Presley, Michael Jackson, Madonna e Beyoncé, já se apresentaram no MSG.
- Eventos esportivos: A arena recebeu partidas decisivas dos Knicks, Rangers e históricas lutas de boxe. Além disso, competições de outros esportes e eventos de wrestling marcaram épocas no local.
- Relevância urbana: O MSG se transformou, portanto, em ponto de encontro de celebridades e fãs de esportes e música.
O que restou da antiga estação?
Apesar de terem demolido o interior grandioso da Pennsylvania Station, as estruturas ferroviárias subterrâneas continuaram em operação. Assim, ainda hoje, trens regionais e intermunicipais circulam por esses túneis. Algumas peças, como esculturas do edifício original, foram preservadas. Você pode vê-las em espaços abertos e museus espalhados pela cidade. O debate sobre a proteção de bens históricos em áreas urbanas densas cresceu com a perda da estação. Portanto, essa lição permanece relevante para futuras gerações, alertando sobre a importância de valorizar a memória coletiva nas grandes cidades. Além disso, projetos de renovação para revitalizar os acessos e melhorar a experiência dos passageiros na atual estação continuam sendo debatidos, demonstrando o impacto duradouro da Pennsylvania Station na memória urbana de Nova York.
