O controle do colesterol alto é um dos grandes desafios da saúde pública no Brasil, impactando milhões de pessoas e aumentando o risco de doenças cardiovasculares. Recentemente, novas soluções surgiram para ajudar no tratamento desse problema, ampliando as opções disponíveis para os médicos e pacientes. Entre as principais inovações está a chegada ao país de um medicamento que reúne duas substâncias reconhecidas por sua eficácia na redução dos níveis sanguíneos de colesterol.
Segundo estimativas recentes, cerca de 40% da população adulta brasileira apresenta níveis elevados de colesterol. Diversos fatores, como predisposição genética, dieta inadequada e sedentarismo, colaboram para o agravamento dessa condição. As complicações associadas ao acúmulo do colesterol, incluindo infarto e acidente vascular cerebral (AVC), justificam a necessidade constante de avançar nas alternativas terapêuticas disponíveis.

Quais são as novidades no tratamento do colesterol alto?
Neste cenário, o lançamento de medicamentos que combinam diferentes princípios ativos destaca-se por sua proposta inovadora. Um exemplo recente aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) propõe unir, em um mesmo comprimido, o ácido bempedoico e a ezetimiba. Afinal, essa combinação oferece duplo mecanismo de ação: enquanto o ácido bempedoico reduz a produção interna de colesterol no fígado, a ezetimiba impede a absorção do colesterol proveniente dos alimentos no intestino. Assim, o paciente conta com uma abordagem mais ampla do ponto de vista farmacológico.
A adesão ao tratamento pode ser um desafio. Em especial, para indivíduos que manifestam intolerância a medicamentos tradicionais, como as estatinas. Dores musculares e outros efeitos colaterais podem limitar o uso prolongado desses remédios. Nesse contexto, a combinação de ácido bempedoico e ezetimiba surge como alternativa para quem necessita de um controle mais rigoroso sem abrir mão da segurança.
Como funciona a combinação de ácido bempedoico e ezetimiba?
O modo como cada uma das substâncias age é complementar. Afinal, o ácido bempedoico atua diretamente no fígado, bloqueando uma etapa chave da síntese de colesterol, enquanto a ezetimiba reduz a quantidade de colesterol absorvida no trato digestivo. Desta forma, tornam-se possíveis reduções mais expressivas nos valores de colesterol LDL, conhecido como “mau colesterol”, além de facilitar o alcance das metas recomendadas pelas diretrizes médicas.
- Ácido bempedoico: age na síntese hepática de colesterol, bloqueando sua formação desde o início;
- Ezetimiba: limita a entrada de colesterol a partir dos alimentos, dificultando sua absorção intestinal.
Ensaios clínicos realizados até o momento apontam resultados promissores. Isso porque estudos envolvendo pacientes em uso máximo de estatinas, observou-se queda média de 38% nos índices de LDL. Além disso, aproximadamente 70% dos participantes conseguiram atingir patamares considerados ideais para sua saúde cardiovascular.
Qual a importância de ampliar as opções para controlar o colesterol?
Ampliar o leque de alternativas para baixar o colesterol é relevante por diversos motivos. Muitas vezes, indivíduos com formas hereditárias da doença ou que têm resistência ao tratamento padrão necessitam de terapias diferenciadas. Outro aspecto importante é a possibilidade de combinar diferentes estratégias para aumentar o sucesso do controle, associando fármacos com mudanças no estilo de vida.
- Pacientes podem ter necessidades distintas, exigindo adaptações na abordagem terapêutica;
- Medicamentos com diferentes mecanismos de ação permitem maior personalização;
- A nova medicação pode ser utilizada tanto isoladamente quanto combinada a outros tratamentos;
- O manejo combinado é especialmente indicado para casos considerados de difícil controle;
- A disponibilidade de alternativas reduz a chance de abandono do tratamento devido a efeitos adversos.
Vale ressaltar que, apesar dos avanços, a atuação medicamentosa deve ser sempre acompanhada de hábitos saudáveis. Práticas como alimentação equilibrada, atividade física regular e abandono do tabagismo continuam sendo essenciais para potencializar os resultados obtidos com o uso dos fármacos.

O que esperar dos novos medicamentos para hipercolesterolemia?
A chegada de combinações como ácido bempedoico e ezetimiba representa um avanço importante para o tratamento da hipercolesterolemia primária e outras dislipidemias. Para muitos pacientes, essas opções podem significar um caminho mais eficaz rumo ao controle do colesterol, reduzindo riscos associados a infarto e AVC. No Brasil, a expectativa é de que a medicação esteja disponível em farmácias já a partir do segundo semestre de 2025, proporcionando mais acessibilidade e segurança para quem convive com o desafio de manter os níveis de gordura no sangue sob controle.
A busca constante por tratamentos mais modernos reflete a necessidade de oferecer soluções adequadas a diferentes perfis de pacientes. Conforme surgem novos medicamentos, a tendência é que o acompanhamento especializado se torne ainda mais personalizado, priorizando não apenas a eficácia, mas também a qualidade de vida. O compromisso com a saúde cardiovascular, portanto, segue como um dos principais objetivos das pesquisas e aprovações recentes no país.










