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Entre átomos e circuitos: o impacto do Nobel da Física 2025

Por Daniel
09/10/2025
Em Ciência
Prêmio Nobel - depositphotos.com / Potatoart

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Três nomes da ciência mundial se destacaram em 2025 ao receberem o Prêmio Nobel da Física: John Clarke, Michel H. Devoret e John M. Martinis. O anúncio, realizado pela Academia Real das Ciências da Suécia, revelou ao mundo o valor de pesquisas que, finalmente, ultrapassaram a barreira entre o invisível e o palpável. Assim, os pesquisadores demonstraram, de forma inédita, que efeitos quânticos podem ser observados em circuitos elétricos grandes o suficiente para serem manipulados com as mãos.

Essa conquista, além de surpreender a comunidade científica, mostrou que as leis da física quântica não se limitam ao universo microscópico. Por conseguinte, os vencedores, oriundos de universidades norte-americanas, dividiram igualmente o prêmio de 11 milhões de coroas suecas. Suas experiências com circuitos supercondutores abriram, dessa maneira, novas possibilidades para o entendimento e manipulação dos fenômenos quânticos em escala macroscópica. Portanto, estabeleceu-se uma ponte entre teoria e aplicações práticas, um passo essencial para o avanço da tecnologia.

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Como os cientistas conseguiram transpor a física quântica para o laboratório?

Antes de mais nada, os experimentos partiram da criação de um circuito elétrico supercondutor, ou seja, um material capaz de conduzir corrente sem oferecer resistência, separado por uma camada isolante fina. Em laboratório, os pesquisadores notaram comportamentos, até então, restritos ao mundo subatômico, como o tunelamento quântico e a quantização de energia. No tunelamento, o sistema atravessou barreiras de energia aparentemente intransponíveis, agindo, assim, como uma superpartícula composta por bilhões de elétrons.

A quantização de energia também surpreendeu. No entanto, diferentemente do que ocorre em objetos clássicos, o circuito só aceitava ou liberava energia em pacotes definidos, fenômeno que remete ao funcionamento dos elétrons em átomos. Essas descobertas mostraram que um objeto de tamanho visível pode, de fato, apresentar características quânticas, mudando paradigmas na física contemporânea. Portanto, os cientistas exploraram um campo em que a distinção entre o mundo atômico e o cotidiano quase desaparece, facilitando novas aplicações tecnológicas.

O Prêmio Nobel da Física 2025 e seus impactos na tecnologia

A revelação de que sistemas macroscópicos podem manifestar efeitos clássicos da física quântica provocou avanços em diferentes áreas. Por exemplo, o desenvolvimento dos chamados qubits – fragmentos básicos dos computadores quânticos – decorre diretamente dessas experiências. Ao utilizar o mesmo princípio da quantização, John Martinis construiu os primeiros protótipos de bits quânticos supercondutores, abrindo caminho, portanto, para a computação baseada em fenômenos quânticos.

Com essa tecnologia, tarefas matemáticas que levariam anos em supercomputadores convencionais podem ser resolvidas em poucos segundos. Além disso, setores como criptografia de dados e sensores ultrassensíveis passaram a incorporar conceitos surgidos nos experimentos premiados. Dessa forma, impulsionam-se avanços na medicina, segurança da informação e exploração espacial, mostrando um vínculo estreito entre pesquisa fundamental e inovação tecnológica. Além disso, espera-se que essas inovações incentivem investimentos em países em desenvolvimento, como o Brasil, estimulando pesquisas e colaborações internacionais.

Quais cientistas dividiram o Nobel de Física em 2025?

A edição de 2025 do Prêmio Nobel da Física homenageou três figuras influentes:

  • John Clarke — Britânico, nascido em Cambridge, leciona na Universidade da Califórnia, em Berkeley. Reconhecido por sua atuação em fenômenos quânticos aplicados a sistemas macroscópicos.
  • Michel H. Devoret — Francês, originário de Paris, trabalha na Universidade de Yale e na Universidade da Califórnia, Santa Bárbara. Focado em circuitos supercondutores e aplicações quânticas.
  • John M. Martinis — Norte-americano, profissional da Universidade da Califórnia, Santa Bárbara, é referência em computação quântica e circuitos experimentais.

Essas trajetórias se entrelaçaram em pesquisas decisivas, impulsionando a física para além dos limites tradicionais. Portanto, o reconhecimento pelo Nobel destaca a importância de colaborações universitárias e do investimento consistente em infraestrutura científica para transformar descobertas em novas tecnologias. Ademais, esse prêmio serve de exemplo para o Brasil, onde grupos buscam alcançar tais inovações e onde a colaboração internacional pode ser determinante para o sucesso.

Como a física quântica está presente no cotidiano?

Muitos podem considerar a física quântica um campo distante. No entanto, experimentos como os de Clarke, Devoret e Martinis já influenciam tecnologias do dia a dia. Por exemplo, a computação quântica surge como alternativa aos sistemas digitais, oferecendo eficiência em cálculos complexos, simulações químicas e otimização de processos industriais. Sensores baseados em efeitos quânticos também contribuem para diagnósticos médicos de alta precisão e sistemas de navegação altamente sensíveis.

Além disso, a criptografia quântica promete revolucionar a segurança dos dados, tornando informações praticamente invioláveis diante de ameaças digitais. O alcance dessas aplicações tende a crescer à medida que novos investimentos e pesquisas aproximam a teoria da prática. Portanto, as descobertas reconhecidas pelo Nobel de 2025 apontam, de forma evidente, para um futuro no qual a física quântica estará cada vez mais integrada à tecnologia cotidiana, beneficiando, consequentemente, toda a sociedade.

  • Computadores quânticos resolvendo problemas avançados
  • Sensores de precisão em exames médicos
  • Redes criptográficas aprimoradas

O Prêmio Nobel da Física 2025 simboliza, assim, o avanço da ciência ao conectar teoria, laboratório e aplicação direta no dia a dia. O caminho trilhado por Clarke, Devoret e Martinis exemplifica como a busca pelo desconhecido pode, por sua vez, impulsionar novas fronteiras tecnológicas e científicas.

Tags: física
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