O panetone brasileiro conquistou recentemente um dos mais altos reconhecimentos internacionais na Panettone World Championship de 2025, realizada em Milão, Itália. Este evento celebra os melhores panetones do mundo e, neste ano, uma equipe formada por profissionais de diferentes regiões do Brasil se destacou ao levar o título de segundo melhor do mundo com um panetone de chocolate. O grupo inclui Brunno Malheiros, do Ceará, Joze Nilson Diniz, de São Paulo, Matheus Andrade, do Rio Grande do Norte, e Déborah Zanzini, também de São Paulo. Essa classificação representa um marco para a panificação artesanal brasileira, especialmente para a equipe cearense da confeitaria Cheiro do Pão.
Aliás, a competição aconteceu na cidade italiana de Milão, reconhecida por ser o berço desta tradicional iguaria natalina. Entre os dias 13 e 18 de outubro de 2025, inúmeras equipes de diversos países apresentaram suas versões do clássico produto. Aliás, o panetone brasileiro reuniu técnicas artesanais, ingredientes premium e um toque de brasilidade. Com uma massa leve, os confeiteiros brasileiros conseguiram impressionar os jurados pela criatividade e precisão na execução. O doce, aliás, também levou lascas de chocolate e uma cobertura crocante feita de farinha de amêndoas e avelã.

Como o panetone brasileiro conquistou o paladar internacional?
O segredo do desempenho brasileiro no campeonato envolveu uma combinação de processos cuidadosos e rigor técnico. Após o preparo, os panetones passaram por uma cocção a 150 ºC e, imediatamente, foram invertidos e deixados para descansar por, no mínimo, 12 horas. Essa etapa é fundamental, pois garante uma textura macia, preservação dos aromas e uma estrutura interna estável, conhecida por sua ‘alveolatura’. Dessa forma, elementos tradicionais se encontraram com técnicas inovadoras e ingredientes regionais, o que proporcionou uma nova interpretação ao clássico natalino italiano.
Quais sabores brasileiros deixaram a marca no evento?
A participação do Brasil não se limitou ao panetone de chocolate premiado. A equipe apresentou variações que exploram a diversidade dos sabores nacionais. Entre as apostas, destacou-se um panetone inovativo com doce de leite, maracujá, tapioca e coco ralado, ingredientes que remetem às raízes tropicais do país. A versão tradicional brasileira utilizou uvas-passas, cidra e laranjas cristalizadas, conseguindo uma posição entre os dez melhores do mundo na categoria. Para o panetone decorado, optaram por uma cobertura discreta e detalhes em açúcar, demonstrando refinamento e precisão técnica.
O que representa esse reconhecimento para a panificação do Brasil?
O prêmio internacional tem impacto direto no cenário nacional, colocando o panetone brasileiro em um novo patamar dentro do mercado global. Ao garantir a medalha de prata e um prêmio em dinheiro, a equipe liderada por Malheiros celebra o talento individual. Mas também o resultado de esforços coletivos e do compromisso com a qualidade. Esses profissionais destacaram a importância do trabalho em equipe, do alinhamento com fornecedores e do engajamento com os clientes para o sucesso obtido. O reconhecimento confirma o papel da confeitaria Cheiro do Pão e de outros nomes envolvidos como referências na produção artesanal do panetone no Brasil.
No contexto da competição internacional, a vitória do panetone brasileiro evidencia o potencial dos produtos nacionais e incentiva outras padarias e chefs a inovar com ingredientes regionais. Além de fortalecer a presença do país em eventos gastronômicos de renome, o resultado cria oportunidades para trocar experiências, aprimorar técnicas e valorizar ainda mais a culinária local. O feito também serve como demonstração de que o Brasil pode competir em igualdade de condições com mercados tradicionais, contribuindo para o desenvolvimento da panificação artesanal de alto padrão.
Com esse desempenho, o panetone brasileiro passa a ocupar lugar de destaque entre as melhores receitas do mundo, reafirmando a riqueza e a versatilidade dos sabores nacionais. O sucesso recente dos representantes brasileiros sinaliza uma nova fase para a indústria nacional e promete abrir portas para outros profissionais interessados em expandir horizontes no universo da confeitaria internacional.










