Nos últimos anos, o golpe conhecido como “Bença, tia” passou a preocupar famílias em todo o Brasil, principalmente aquelas com pessoas idosas. A fraude começa de forma aparentemente inocente: um suposto parente entra em contato por telefone ou aplicativo de mensagens utilizando uma abordagem afetuosa, chamando a pessoa de “tia” ou “tio”. Essa estratégia, baseada em confiança, cria o contexto perfeito para a aplicação do estelionato, já que muitos brasileiros têm laços familiares extensos e facilitam a troca de apelidos carinhosos. Portanto, o perigo desse tipo de golpe está justamente na naturalidade e na informalidade da abordagem inicial, que reduz a desconfiança das vítimas e agiliza a ação dos estelionatários.
O método se destaca por usar a engenharia social como principal ferramenta. Rapidamente, o criminoso assume o papel de alguém próximo e tenta extrair informações ou conseguir transferências bancárias, sempre sob o pretexto de uma situação urgente. Pessoas mais velhas são alvo frequente, pois, muitas vezes, mantêm relações familiares tradicionais e podem se sentir pressionadas pelo suposto grau de parentesco apresentado durante a ligação ou troca de mensagens. Em suma, o principal objetivo do golpista é aproveitar-se da empatia natural das famílias brasileiras para obter vantagens financeiras de maneira ilícita.
Como funciona o golpe do Bença, tia?
O estelionatário inicia o contato com frases breves, emotivas e pouco esclarecedoras, como “Oi, tia” ou “Bença, tia”, evitando se identificar. Ao receber uma mensagem desse tipo, é comum que a vítima tente adivinhar o nome do interlocutor, dando margem para que o criminoso assuma essa identidade. Após esse primeiro passo, o golpista cria situações que exigem dinheiro imediato — acidente, problema com veículo ou necessidade urgente de recarga de celular são exemplos frequentemente relatados. Entretanto, com a sofisticação dos golpes, já existem relatos de criminosos utilizando informações colhidas em redes sociais para tornar as histórias ainda mais convincentes e personalizadas.
O ataque explora a boa-fé do destinatário e tem como alvo principal pessoas que não reconhecem completamente o número de onde partiu a ligação ou mensagem. Além disso, o uso de aplicativos populares, como WhatsApp e Telegram, facilita o acesso e aumenta a velocidade com que o golpe se propaga. Em muitos casos, o fraudador utiliza perfis falsos, fotos e informações de redes sociais para tornar o enredo ainda mais convincente, dificultando a percepção do crime. Portanto, estar atento a contatos inesperados e analisar cuidadosamente o conteúdo recebido pode fazer toda a diferença para evitar cair nesse tipo de trapaça.
Quais estratégias ajudam a identificar e evitar o golpe do Bença, tia?
Reconhecer sinais de tentativa de fraude é fundamental. Mensagens que solicitam segredo, urgência em transferências bancárias ou que evitam identificar o remetente merecem atenção. Em situações como essas, recomenda-se:
- Evitar fornecer nomes de parentes durante o contato inicial.
- Confirmar a identidade do interlocutor por outros meios, utilizando números de telefone conhecidos ou contato com familiares.
- Jamais compartilhar dados pessoais, bancários ou códigos de verificação, mesmo que o contato pareça familiar.
- Desconfiar de pedidos financeiros, especialmente em situações que envolvam pressa ou segredo.
Além disso, vale ressaltar a importância de não interagir com números desconhecidos e manter conversas restritas àqueles já salvos na agenda do aparelho. Bloquear imediatamente contatos suspeitos e alertar demais membros da família, principalmente idosos, sobre esse tipo de abordagem são atitudes recomendadas. Então, adotar uma postura preventiva é o principal caminho para evitar dores de cabeça relacionadas a fraudes digitais.
O que fazer ao perceber que foi vítima de um golpe como esse?
Ao identificar que realizou uma transferência bancária ou compartilhou informações com um golpista, algumas medidas podem ajudar a minimizar os prejuízos. O cidadão deve reunir provas, como mensagens, registros de ligação e comprovantes bancários, e procurar uma delegacia para registrar um boletim de ocorrência. Muitas polícias civis possibilitam o registro online, agilizando o processo. Ademais, é fundamental manter a calma e agir rapidamente, pois algumas operações financeiras podem ser revertidas se notificadas a tempo.
Outra ação essencial é entrar em contato imediato com o banco utilizado, solicitando o bloqueio da transação e informando sobre a fraude. Buscar orientação jurídica também pode ajudar a compreender possíveis caminhos para tentar reaver valores, já que alguns bancos realizam o estorno em situações específicas. Além disso, informar familiares e amigos sobre o ocorrido contribui para evitar que outros caiam no mesmo golpe. Portanto, a comunicação ágil e a mobilização de todos ao redor são indispensáveis.
Quais cuidados reforçam a segurança contra fraudes digitais?
Com o avanço da tecnologia, aumenta também a necessidade de adotar práticas preventivas no dia a dia digital. Entre as principais recomendações estão:
- Manter o sistema operacional do celular sempre atualizado.
- Utilizar senhas fortes e habilitar autenticação em duas etapas em aplicativos de mensagens.
- Evitar o compartilhamento público de dados pessoais, como números de documentos e telefones, nas redes sociais.
- Orientar idosos e familiares menos familiarizados com tecnologia sobre golpes comuns.
- Desconfiar de contatos inesperados e confirmar diretamente pelo telefone do parente antes de realizar qualquer transferência.
Essas medidas simples podem ser decisivas para reduzir a exposição a riscos e impedir que golpes semelhantes se concretizem. Portanto, aplicar essas recomendações diariamente fortalece a sua barreira contra ameaças digitais crescentes.
Com a popularização do golpe do “Bença, tia”, cresce a importância da divulgação de informações preventivas. A orientação ativa de amigos, familiares e principalmente dos idosos pode ajudar a enfrentar o problema, estimulando a desconfiança em relação a abordagens inesperadas e fortalecendo a rede de proteção contra fraudes digitais no Brasil em 2025.
FAQ: Perguntas frequentes sobre o golpe “Bença, tia”
- Como o criminoso consegue meu número de telefone para aplicar o golpe?
Em suma, estelionatários obtêm listas de números por meio de vazamentos de dados, perfis públicos em redes sociais ou simplesmente ao adivinhar combinações comuns. Por isso, é essencial limitar a exposição dos seus dados pessoais online. - Existe ligação desse golpe com outras fraudes digitais?
Sim! O golpe “Bença, tia” faz parte de uma categoria maior de fraudes baseadas em engenharia social, assim como o golpe do falso sequestro e dos boletos falsos. Portanto, manter-se informado sobre diferentes tipos de golpe aumenta sua proteção digital. - Os bancos conseguem sempre recuperar o dinheiro transferido?
Não necessariamente. O banco pode tentar bloquear ou estornar a transação, mas o sucesso depende de quão rápido você comunicar o ocorrido. Portanto, é fundamental agir imediatamente após identificar a fraude, aumentando as chances de reaver o valor. - Mesmo com autenticação em duas etapas, posso ser vítima?
Embora a autenticação em duas etapas eleve significativamente sua segurança, nenhum método é infalível. Entretanto, essa barreira torna a ação dos criminosos muito mais difícil. Combine sempre múltiplas camadas de proteção digital. - Quais sinais devem acender o alerta de golpe ao atender uma ligação?
Desconfie de chamadas de números desconhecidos, pedidos urgentes de dinheiro, informações imprecisas ou insistência em segredo. Perguntas vagas e emocionais, neste contexto, são indícios típicos do golpe.
Portanto, a prevenção e a atenção à comunicação são essenciais para evitar golpes como o “Bença, tia”. Compartilhar informações e adotar hábitos de segurança digital fortalece não só você, mas também sua família e sua rede de contatos.










