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Curiosidades e mitos: a verdade sobre a “extinção” dos ruivos

Por Larissa
08/11/2025
Em Ciência
Curiosidades e mitos: a verdade sobre a “extinção” dos ruivos

Créditos: depositphotos.com / luxury133.gmail.com

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Entre as diversas características do ser humano que despertam curiosidade e interesse, os cabelos ruivos ocupam lugar de destaque. A rareza dessa cor de cabelo é um dos fatores que faz com que ruivos e ruivas chamem atenção nos mais variados ambientes, seja nos espaços urbanos, seja nos meios de comunicação. Com cerca de um a dois por cento da população mundial apresentando essa característica, o cabelo ruivo é visto por muitos como exótico, o que contribui ainda mais para alimentar mitos e questionamentos ao seu redor. Em suma, a presença dos cabelos ruivos ao redor do mundo sempre desencadeou debates tanto na ciência quanto na cultura popular.

A disseminação de ideias equivocadas sobre o desaparecimento iminente dos cabelos ruivos é frequente, principalmente em manchetes sensacionalistas e debates populares. Entretanto, pesquisadores na área da genética têm reforçado que essa característica não está em risco de extinção. Portanto, entender a base genética responsável por essa tonalidade capilar ajuda a derrubar os mitos e esclarecer por que o ruivo continua presente, geração após geração.

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O que explica o surgimento do cabelo ruivo?

A existência de cabelos ruivos está diretamente relacionada à combinação de genes transmitidos pelos pais. O gene MC1R, também conhecido como “gene do cabelo ruivo”, desempenha papel central nesse processo. Para que uma pessoa nasça ruiva, é necessário herdar duas cópias de variantes desse gene — uma de cada progenitor — devido ao seu caráter recessivo.

O pigmento responsável pela cor do cabelo, denominado melanina, apresenta duas formas principais: a eumelanina, associada aos fios escuros, e a feomelanina, que confere os tons de ruivo e loiro. Em indivíduos ruivos, a variação genética do MC1R impede que a melanina escureça sob exposição solar, resultando em cabelos alaranjados, pele clara e sardas em muitos casos. Além disso, diferentes graus de expressão genética podem explicar a diversidade de tonalidades, indo do cobre intenso ao loiro avermelhado — o que destaca ainda mais a complexidade por trás dessa característica fenotípica.

Como a genética garante a permanência dos ruivos?

Muitos se perguntam: “Ruivos realmente podem desaparecer?” A resposta envolve compreender o funcionamento dos genes recessivos. Ao contrário do que se supõe, genes como o MC1R, mesmo em proporção menor, dificilmente desaparecem completamente de uma população, desde que continuem sendo transmitidos entre gerações. Portanto, mesmo quando não se expressam externamente, esses genes podem ser carregados silenciosamente por portadores que não apresentam a característica.

Estudos comparativos em populações britânicas e irlandesas constataram que mais de 80% das pessoas com cabelos e peles claras carregam variações no MC1R, ao passo que cerca de 20% dos não-ruivos também são portadores. Em outras palavras, é possível que o nascimento de ruivos ocorra mesmo em famílias sem histórico aparente, desde que ambos os pais transmitam a variante recessiva. Assim, a genética atua como um “banco” de características que podem ressurgir inesperadamente, mantendo viva a diversidade genética humana.

Curiosidades sobre a evolução e distribuição dos cabelos ruivos

A presença de ruivos remonta à pré-história. Evidências de DNA de neandertais e múmias de milênios atrás revelam que o traço é antigo e disperso em diferentes regiões. O predomínio ocorre em áreas como Irlanda, Escócia e partes do Reino Unido, onde estimativas não oficiais sugerem que até 10% da população possua essa cor. Entretanto, registros apontam para a existência de ruivos em grupos étnicos variados, incluindo afrodescendentes e pessoas de distintas partes da Ásia, o que reforça a ideia de que a genética pode cruzar fronteiras culturais e geográficas.

  • No Reino Unido e Irlanda, as condições climáticas menos ensolaradas favoreciam indivíduos de pele clara, pois sua pele produz mais vitamina D com menor incidência solar, um fator evolutivo positivo para a sobrevivência nesses ambientes.
  • Apesar do risco aumentado de problemas de pele devido à menor proteção contra raios UV, os riscos genéticos do MC1R não afetam significativamente a capacidade de deixar descendentes, já que problemas relacionados à saúde geralmente aparecem após o período fértil.
  • Festivais anuais celebrando o orgulho dos ruivos, como o “Redhead Days” na Holanda, mostram que sua representatividade segue presente e valorizada em várias partes do mundo.
  • Comparando com outros fenótipos raros, o cabelo ruivo se mantém com estabilidade em várias populações, o que indica uma resiliência genética surpreendente e intrigante para muitos cientistas.

Os avanços científicos sobre o gene MC1R

Com o desenvolvimento de tecnologias genéticas, pesquisadores ampliaram o entendimento sobre as mutações envolvidas no cabelo ruivo nos últimos 30 anos. Foram identificadas não apenas outras variantes do MC1R, mas também genes adicionais que modulam a intensidade e a expressão dessa cor. O estudo do Banco de Dados Biológico do Reino Unido revelou, em 2022, novas variantes ligadas à pigmentação cutânea e capilar.

Cada pessoa pode herdar diferentes combinações desses genes, produzindo diversos tons que vão do ruivo intenso ao loiro acobreado. Embora o MC1R seja o protagonista, a existência de outros genes explica a variação de expressividade e ocorrência da característica em diferentes populações. Então, os avanços na ciência genômica continuam surpreendendo e demonstram que a herança da cor dos cabelos é bem mais complexa que se imaginava até pouco tempo atrás.

  1. Herança de duas cópias da variante MC1R resulta em cabelo ruivo visível.
  2. Portadores com apenas uma variante podem não manifestar o traço, mas o transmitem adiante.
  3. Fatores evolutivos e geográficos influem na incidência e frequência da característica.
  4. Avanços científicos continuam a identificar novos genes ligados à cor dos cabelos humanos.

Repercussão cultural e social dos cabelos ruivos

O fenótipo ruivo ultrapassa a curiosidade genética e se faz notar no imaginário coletivo, na arte e na cultura pop. Tal visibilidade provoca tanto admiração quanto estigmatização, resultando em criações de festivais, símbolos culturais e até obras de arte histórica que exaltam ou discutem o tema. Portanto, a persistência dos cabelos ruivos ilustra como traços humanos, mesmo raros, podem se manter vivos por séculos, desmentindo rumores de extinção e mostrando a diversidade genética da humanidade. Além disso, celebridades e figuras públicas ruivas têm colaborado para a ascensão do orgulho ruivo globalmente, incentivando movimentos e comunidades que valorizam essa herança rara.

Perguntas Frequentes (FAQ) sobre cabelos ruivos

  • Cabelos ruivos mudam de cor com a idade?

    Sim, é comum que cabelos ruivos fiquem mais claros durante a infância e possam escurecer ou desbotar para tons avermelhados ou acobreados ao envelhecer. Isso ocorre devido às alterações naturais na produção de melanina ao longo da vida.
  • Pessoas ruivas têm necessidades específicas de saúde?

    Ruivos podem apresentar maior sensibilidade à dor e maior resistência a certos tipos de anestesia, além de maior risco de queimaduras solares em razão da pele clara. Portanto, recomenda-se atenção especial à proteção solar e à saúde dermatológica.
  • É possível identificar portadores do gene ruivo em testes genéticos?

    Sim, exames genéticos atuais conseguem identificar variantes do gene MC1R, mesmo em pessoas que não apresentam os traços fisicamente. Dessa forma, pode-se prever a chance de ter filhos ruivos, o que já se tornou um recurso consultado por famílias curiosas sobre sua herança genética.
  • Cabelos ruivos são mais comuns em homens ou mulheres?

    A distribuição é praticamente igual entre os gêneros, embora, em algumas populações, mulheres ruivas possam ser mais visíveis devido a tendências culturais e de beleza.
  • Ruivos têm outras características genéticas marcantes?

    Além dos cabelos e da pele clara, muitos ruivos apresentam olhos claros, como verdes ou azuis, além de uma tendência maior a ter sardas. Essas características são influenciadas por outros genes que interagem com o MC1R.

Em suma, os cabelos ruivos continuam a fascinar a humanidade, unindo ciência, cultura e curiosidade em torno de sua genética singular. Portanto, à medida que a pesquisa científica avança, menos mistérios cercam os fios avermelhados, tornando sua importância para a diversidade humana ainda mais reconhecida e celebrada.

Tags: Ciênciaextinçãogenesruivos
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