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Sono em duas etapas: o hábito antigo que mudou com a vida moderna

Por Lucas
14/11/2025
Em Curiosidades
Sono em duas etapas: o hábito antigo que mudou com a vida moderna

Créditos: depositphotos.com / AllaSerebrina

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No decorrer dos séculos, a maneira como os seres humanos organizam o sono sofreu mudanças profundas, acompanhando transformações culturais, tecnológicas e sociais. Por muitos períodos históricos, o padrão hoje considerado ideal de sono ininterrupto por oito horas era pouco comum, dando lugar a uma rotina noturna repartida em dois intervalos conhecidos como “primeiro sono” e “segundo sono”. Esse comportamento noturno, relatado em diversas regiões do mundo, foi registrado em documentos, literatura e diários que indicam como o sono segmentado moldou a vida cotidiana durante eras pré-industriais. Portanto, compreender o contexto histórico do sono ajuda a interpretar padrões modernos e novas demandas em relação ao descanso.

Esses dois turnos noturnos de descanso costumavam ser divididos por um período de vigília silenciosa, onde as pessoas ficavam acordadas por uma ou mais horas durante a madrugada. Durante esse intervalo, era possível realizar tarefas domésticas, refletir, orar ou até socializar com membros da família. Essa divisão noturna era considerada tão natural quanto a rotina de trabalho diurno e está presente em diferentes culturas, demonstrando como a percepção do sono e da noite variou conforme o tempo e o avanço das civilizações. Em suma, a fragmentação do sono refletia também as necessidades sociais e ambientais daquele período.

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Como era o sono segmentado nos tempos antigos?

O sono bipartido foi amplamente documentado em diferentes continentes ao longo da História, mostrando que a divisão da noite em dois momentos de descanso era uma prática universal. Famílias iam para a cama logo após o anoitecer e despertavam poucas horas depois, aproveitando o momento de vigília para atividades variadas. Cartas, diários e obras literárias fazem referência direta a esses dois períodos noturnos, reforçando que se tratava de um padrão generalizado.

Além dos registros históricos, há indícios de que esse hábito permitia uma melhor administração do tempo durante as longas noites de inverno, tornando-as mais toleráveis e até produtivas. Homens e mulheres usavam o intervalo para tarefas essenciais, como cuidar do fogo ou dos animais, e até para interações íntimas. A própria literatura clássica cita o “fim do primeiro sono”, evidenciando que o ciclo bipartido era conhecido e aceito em diferentes culturas antigas. Portanto, o sono bipartido fazia parte do ciclo de vida e trabalho, facilitando a adaptação às condições naturais e tecnológicas da época.

Por que o “segundo sono” desapareceu?

O fim do sono dividido ocorreu principalmente entre os séculos XVIII e XIX, processo acelerado pelo surgimento e disseminação da iluminação artificial. A invenção de lâmpadas a gás, luminárias a óleo e, posteriormente, da energia elétrica, transformou o período noturno, permitindo que as pessoas permanecessem acordadas por mais tempo. Essas inovações introduziram novas possibilidades de lazer e trabalho após o pôr do sol, alterando o ciclo biológico e encurtando o tempo destinado ao descanso em duas etapas.

Com a Revolução Industrial, a imposição de horários rígidos e o surgimento das fábricas contribuíram para a padronização de um único bloco de sono prolongado. O conceito das “oito horas seguidas de sono” se consolidou como modelo dominante, substituindo hábitos ancestrais. Estudos recentes em locais sem acesso à eletricidade, como algumas comunidades agrícolas, ainda documentam a prática dos dois períodos noturnos, o que reforça a relação direta entre tecnologia, luz artificial e as mudanças nos padrões de sono. Em suma, a modernidade trouxe vantagens e desafios quanto ao ritmo circadiano.

Quais fatores influenciam o sono na sociedade atual?

A iluminação artificial é considerada um dos principais fatores capazes de alterar o ritmo circadiano humano, interferindo não apenas na quantidade de sono, mas na própria qualidade do descanso. A presença de luz intensa durante a noite pode atrasar a produção de melatonina, hormônio responsável pelo início do sono, tornando mais difícil adormecer ou manter horários regulares. A manhã, especialmente com a luz azul, desempenha papel crucial na regulação do relógio biológico, sincronizando o organismo e influenciando o bem-estar durante o dia.

  • A organização social e a rotina de trabalho são determinantes para o padrão de sono adotado.
  • Alterações ambientais, como mudança de estações ou exposição à luz artificial, podem modificar ritmos e hábitos noturnos.
  • Fatores genéticos também foram apontados como possíveis influenciadores de uma boa adaptação ao inverno prolongado e limitada incidência de transtornos relacionados à ausência de luz solar.
  • Estudos laboratoriais mostraram que, em ambientes isolados de sinais externos, o corpo humano tende naturalmente a retomar o sono segmentado.

Além disso, o uso crescente de dispositivos digitais à noite agrava a exposição à luz artificial, impactando ainda mais a qualidade do sono. Então, pequenas mudanças na rotina, como limitar o uso de telas antes de dormir e privilegiar ambientes escuros, podem fazer diferença significativa no descanso.

O sono fragmentado é prejudicial?

Muitos especialistas em sono reconhecem que despertares noturnos breves são comuns e não devem ser tratados como transtornos automaticamente. Antigas interpretações de insônia podem estar relacionadas a um desconhecimento sobre os ciclos naturais do sono humano. Métodos modernos, como a terapia cognitivo-comportamental para insônia, orientam sobre a importância de atividades tranquilas durante o estado de vigília à noite, evitando a obsessão com o relógio e promovendo a aceitação do processo natural do adormecer.

Pesquisas em ambientes controlados sugerem que o sono fragmentado pode não ser necessariamente negativo, desde que o indivíduo esteja confortável e adaptado à rotina. Evitar comparações com padrões generalizados de sono e buscar entender necessidades pessoais pode contribuir para uma melhor saúde geral. A compreensão sobre como a percepção do tempo varia de acordo com a luz, o humor e a atividade é uma área em expansão, oferecendo novas perspectivas sobre o que é considerado “normal” em relação ao descanso noturno.

Portanto, compreender que existem múltiplos padrões saudáveis de sono pode ajudar a reduzir preocupações modernas e ampliar o diálogo sobre bem-estar. Em 2025, diferentes estudos continuam explorando o impacto das mudanças tecnológicas e culturais sobre o sono. Entender como fatores ambientais, sociais e até genéticos podem moldar os ciclos de sono é fundamental para uma abordagem equilibrada e personalizada da saúde do sono. Assim, hábitos historicamente consolidados mostram que a jornada em busca de uma boa noite de descanso segue evoluindo junto com a sociedade.

FAQ (Perguntas Frequentes)

  • O sono segmentado pode melhorar a criatividade? Sim, existem indícios de que períodos de vigília noturna podem favorecer insights criativos e soluções inovadoras, já que o cérebro processa memórias e emoções nesse intervalo.
  • Como a alimentação noturna influencia o padrão de sono? Alimentar-se logo antes do intervalo de vigília pode interferir no retorno ao sono. Prefira refeições leves à noite para evitar desconfortos gástricos durante a madrugada.
  • Trabalhar em turnos alternados pode simular o sono bipartido? De certo modo, sim. Trabalhadores de turnos podem experimentar padrões de descanso fragmentados, mas devem adequar o ambiente para garantir a qualidade do sono.
  • A adaptação ao sono segmentado é fácil para quem vive em grandes cidades? Em ambientes urbanos com intensa luz artificial e demandas sociais constantes, readaptar-se ao sono bipartido pode ser um desafio, exigindo mudanças de hábitos e autoconhecimento sobre o próprio ciclo natural.
  • A luz de telas realmente atrapalha o sono? De fato, a exposição à luz azul de telas digitais reduz a liberação de melatonina, o que pode dificultar o adormecer e prejudicar o ciclo do sono profundo.
Tags: Curiosidadeshábitosonovida moderna
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