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Tontura não é normal: entenda possíveis causas e quando procurar atendimento

Por Lara
01/12/2025
Em Saúde
Créditos: depositphotos.com / Alena1919

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A tontura é uma sensação que muitas pessoas já experimentaram em pleno dia útil, durante uma atividade comum, quando de repente o ambiente parece sair do lugar. O corpo perde a referência, o chão parece instável e surge um medo silencioso de cair. Esse quadro, um dos motivos mais frequentes de busca por atendimento médico, ainda gera muitas dúvidas, especialmente sobre sua gravidade e o que pode estar por trás desse sintoma.

Nos serviços de saúde, relatos de tontura aparecem em diferentes faixas etárias, desde adultos jovens até idosos. Em alguns casos, o episódio é rápido, melhora sozinho e não volta a incomodar. Em outros, a sensação é intensa, vem acompanhada de náusea, suor e dificuldade para caminhar, o que interfere na rotina de trabalho, lazer e tarefas simples do dia a dia. Por envolver equilíbrio, visão e circulação, esse sintoma acaba despertando preocupação em quem sente e também em familiares que presenciam a crise.

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O que é tontura e por que o equilíbrio se altera?

A tontura, de forma geral, é a percepção de que o corpo ou o ambiente estão se movendo de maneira anormal, mesmo quando tudo está parado. A literatura médica costuma dividir esse sintoma em sensações diferentes, como vertigem (sensação de giro), desequilíbrio (corpo cambaleante) ou sensação de desmaio iminente. Em comum, todas envolvem falhas momentâneas ou persistentes em sistemas que trabalham juntos para manter o equilíbrio: o labirinto, a visão, a musculatura e a circulação sanguínea.

O sistema vestibular, localizado no ouvido interno, é um dos protagonistas nessa história. Ele coleta informações sobre posição da cabeça, aceleração e movimento, enviando sinais constantes ao cérebro. Quando esse sistema sofre alguma alteração, como inflamação, deslocamento de pequenos cristais ou infecção viral, o cérebro passa a receber mensagens desencontradas em relação ao que os olhos e os músculos informam. O resultado é a sensação de rotação, náusea, dificuldade para fixar o olhar e, muitas vezes, medo de cair. Em muitos casos, trata-se de um quadro benigno, mas que exige avaliação para afastar outras causas.

Principais causas e como identificar sinais de alerta

Entre as causas mais comuns estão alterações do labirinto, queda de pressão arterial, problemas cardíacos, doenças neurológicas e fatores emocionais. Cada uma delas costuma vir acompanhada de pistas importantes, como duração do episódio, situação em que começou, sintomas associados e idade da pessoa afetada.

Em muitos atendimentos, a origem está em distúrbios do labirinto, como vertigem posicional paroxística benigna (VPPB), neurite vestibular ou labirintite. A VPPB, por exemplo, é caracterizada por crises breves de vertigem desencadeadas por movimentos específicos da cabeça, como virar na cama ou olhar para cima. Já a neurite vestibular tende a provocar tontura intensa e contínua, que piora com movimentos, frequentemente acompanhada de náusea. Nesses casos, o exame físico com testes de movimento ocular e de equilíbrio é essencial para diferenciar causas benignas de situações que exigem encaminhamento urgente.

Outro grupo muito frequente está relacionado à pressão arterial. Em dias quentes, após longas horas em pé, com ingestão reduzida de água ou uso de certos medicamentos, a pressão pode cair de forma significativa, especialmente ao levantar rapidamente. Essa chamada hipotensão ortostática provoca sensação de apagão, visão escurecida e fraqueza nas pernas. Entre idosos, esse quadro tem relevância adicional, pois aumenta o risco de quedas e fraturas. Ajuste de medicamentos, hidratação adequada e mudanças graduais de posição são medidas frequentemente orientadas por profissionais de saúde.

Quando esse problema pode indicar algo mais sério?

Embora a tontura seja frequentemente benigna, algumas situações funcionam como sinais de alerta. A presença de déficit neurológico súbito, como dificuldade para falar, assimetria no rosto, perda de força em um lado do corpo ou incapacidade de manter-se em pé, pode indicar um evento vascular no cérebro, especialmente no cerebelo ou tronco encefálico. Nesse cenário, a recomendação das diretrizes é buscar atendimento de emergência sem demora, já que o tempo é fator determinante no desfecho.

O coração também tem papel central em parte dos casos. Arritmias, alterações na frequência cardíaca e algumas cardiopatias podem reduzir temporariamente o fluxo de sangue para o cérebro, gerando sensação de desmaio iminente, palpitações, sudorese e mal-estar. Episódios de tontura associados a dor no peito, falta de ar importante ou perda de consciência são considerados sinais de risco e pedem avaliação cardiológica imediata. Exames como eletrocardiograma e monitorização do ritmo podem ser solicitados para esclarecer o quadro.

Do ponto de vista neurológico, além dos acidentes vasculares, existem outras condições que podem cursar com tontura, como enxaqueca vestibular, doenças desmielinizantes e alterações degenerativas. Na enxaqueca vestibular, por exemplo, a pessoa apresenta episódios recorrentes de tontura, com ou sem dor de cabeça intensa, sensibilidade à luz e ao som. A avaliação neurológica busca diferenciar essas condições de causas centrais mais graves e, a partir daí, definir o tratamento adequado, que pode incluir medicação, mudanças de estilo de vida e acompanhamento periódico.

Qual a relação entre tontura, estresse e ansiedade?

Entre as várias faces da tontura, a componente emocional ocupa espaço crescente nas consultas. Em muitos relatos, o sintoma surge em reuniões importantes, momentos de tensão, discussões familiares ou períodos de sobrecarga no trabalho. Nesses contextos, é comum que a respiração se torne rápida e superficial, gerando hiperventilação. Essa alteração respiratória reduz o nível de gás carbônico no sangue e pode produzir sensação de cabeça leve, flutuação, formigamento nas mãos e nos lábios, além de desconforto torácico.

O organismo, nesses episódios, responde automaticamente a estímulos de estresse, antes mesmo de a pessoa perceber o que está acontecendo. Quando as crises se repetem, a própria expectativa de sentir tontura pode desencadear novos episódios, alimentando um círculo em que ansiedade e desequilíbrio parecem caminhar juntos. Profissionais de saúde mental e de otoneurologia frequentemente trabalham em conjunto nesses casos, associando orientação, técnicas de respiração, terapia e, quando indicado, medicação.

Como aliviar e prevenir episódios como esse no dia a dia?

Embora cada caso exija avaliação individual, algumas medidas gerais costumam ser recomendadas para reduzir a frequência e a intensidade dos episódios de tontura. A hidratação adequada ao longo do dia, o fracionamento das refeições, o cuidado com mudanças bruscas de posição e a atenção ao uso de medicamentos que podem baixar a pressão são pontos de partida importantes, principalmente entre idosos ou pessoas com doenças crônicas.

Em situações de vertigem relacionada ao labirinto, manobras de reposicionamento feitas por profissionais treinados podem trazer alívio significativo, especialmente na vertigem posicional. Em casa, a orientação costuma incluir evitar movimentos que desencadeiam crises intensas logo após o tratamento, garantir ambiente bem iluminado e retirar tapetes ou obstáculos que aumentem o risco de queda. A reabilitação vestibular, um tipo de fisioterapia especializada, pode ser indicada para treinar o cérebro a se adaptar melhor às informações de equilíbrio.

  • Manter boa hidratação ao longo do dia, com atenção especial em dias quentes.
  • Levantar-se devagar da cama ou da cadeira, especialmente pela manhã.
  • Revisar medicamentos com o profissional de saúde, principalmente anti-hipertensivos e diuréticos.
  • Cuidar do sono, evitando noites seguidas de privação.
  • Praticar atividades físicas compatíveis com a condição de saúde, ajudando na circulação e no equilíbrio.
  • Buscar apoio psicológico quando o estresse ou a ansiedade estiverem associados aos episódios de tontura.

Quando procurar ajuda médica por causa da tontura?

Entre os diversos tipos de tontura, alguns quadros podem ser acompanhados em consultório, enquanto outros exigem atendimento imediato. A literatura recente destaca três situações principais que demandam atenção especial: presença de sinais neurológicos repentinos, associação com sintomas cardíacos importantes e persistência ou recorrência do sintoma sem causa aparente.

  1. Tontura com sinais neurológicos: dificuldade para falar, assimetria facial, perda de coordenação ou fraqueza súbita em membros.
  2. Tontura com sintomas cardíacos: dor no peito, falta de ar intensa, palpitações marcantes ou desmaio.
  3. Tontura persistente ou recorrente: episódios frequentes, sem explicação clara, que interferem nas atividades diárias.

Em qualquer desses cenários, a avaliação médica é considerada fundamental para afastar doenças graves e orientar o tratamento. Exames como aferição de pressão em diferentes posições, avaliação do ouvido interno, eletrocardiograma, testes de laboratório e, em alguns casos, exames de imagem podem ser solicitados conforme a suspeita clínica. O objetivo não é apenas tratar a crise, mas também reduzir o risco de novas ocorrências e possíveis complicações, como quedas e acidentes.

No fim das contas, a tontura funciona como um sinal de que algo no organismo merece atenção. Em grande parte das vezes, o quadro é transitório e tem solução relativamente simples, ligada a ajustes de hábitos, tratamento de problemas do labirinto ou correção de fatores cardiovasculares. Em outros, representa um alerta precoce de condições que exigem cuidado rápido e estruturado. Ao considerar a tontura não como um detalhe isolado, mas como parte de um conjunto de informações sobre a saúde, torna-se possível usar esse sintoma como ponto de partida para uma investigação cuidadosa e para mudanças que favorecem o equilíbrio em sentido amplo.

FAQ – Perguntas frequentes sobre tontura

Tontura pode estar relacionada à alimentação?
Em suma, sim. Longos períodos em jejum, dietas muito restritivas em calorias ou carboidratos e quedas de açúcar no sangue podem provocar sensação de fraqueza, visão turva e tontura. Entretanto, isso costuma melhorar após a ingestão adequada de alimentos. Portanto, manter refeições fracionadas ao longo do dia e evitar exageros tanto no jejum quanto em alimentos muito açucarados pode ajudar a prevenir alguns episódios. Então, se a tontura surge sempre associada a horários de refeição, vale discutir esse padrão com o médico ou nutricionista.

Beber álcool ou café pode piorar a tontura?
O consumo de álcool pode alterar o funcionamento do labirinto e da circulação, favorecendo episódios de tontura e desequilíbrio, especialmente em grandes quantidades. A cafeína, por sua vez, pode piorar sintomas em pessoas sensíveis ou com certas doenças vestibulares. Entretanto, pequenas quantidades de café, para muitas pessoas, não causam problemas significativos. Portanto, observar se a tontura aumenta após ingestão de álcool ou cafeína é importante. Então, se houver relação clara, a redução ou suspensão dessas substâncias costuma ser recomendada.

Crianças também podem ter tontura?
Sim, crianças podem apresentar tontura por diferentes motivos, como enxaqueca, alterações do labirinto, problemas visuais ou até infecções. Entretanto, elas nem sempre conseguem descrever bem o que sentem e podem apenas relatar “cabeça estranha”, “tudo girando” ou evitar correr e brincar. Portanto, mudanças súbitas no comportamento, quedas frequentes ou queixas repetidas de mal-estar ao se levantar ou se movimentar devem ser observadas. Então, nesses casos, é indicado buscar avaliação pediátrica para investigação mais detalhada.

Tontura pode ser efeito colateral de medicamentos?
Vários medicamentos podem causar tontura como efeito colateral, incluindo remédios para pressão, ansiolíticos, antidepressivos, anticonvulsivantes e alguns antibióticos. Entretanto, a intensidade e a frequência desse sintoma variam muito de pessoa para pessoa. Portanto, ao perceber que a tontura começou ou piorou após o início de um remédio, é importante informar o profissional de saúde antes de interromper o uso por conta própria. Então, o médico pode ajustar a dose, trocar a medicação ou orientar estratégias para reduzir o desconforto.

Tontura constante pode estar relacionada a problemas de visão?
Alterações visuais não corrigidas, como miopia, hipermetropia ou astigmatismo importantes, bem como uso de óculos com grau inadequado, podem contribuir para sensação de desequilíbrio ou desconforto visual que muitas pessoas descrevem como tontura. Entretanto, isso geralmente vem acompanhado de cansaço visual, dor de cabeça ou dificuldade para focar. Portanto, manter exames oftalmológicos em dia é uma parte relevante da avaliação global do paciente com tontura. Então, caso haja suspeita, a correção adequada da visão pode aliviar uma parcela dos sintomas.

Existe relação entre tontura e problemas na coluna cervical?
Algumas pessoas com dor crônica na região do pescoço, contraturas musculares e artrose cervical relatam sensação de cabeça pesada, instabilidade e desconforto ao movimentar a cabeça. Entretanto, a chamada “tontura cervical” é um diagnóstico de exclusão, isto é, só deve ser considerado após descartar causas vestibulares, neurológicas e cardiovasculares importantes. Portanto, exercícios de alongamento, fortalecimento postural e fisioterapia podem ser úteis quando essa associação é identificada. Então, a abordagem costuma ser multidisciplinar, envolvendo ortopedista, fisioterapeuta e, se necessário, otoneurologista.

Tontura pode aparecer apenas quando estou deitado?
Algumas condições, especialmente as ligadas ao labirinto, podem provocar tontura desencadeada por mudanças de posição da cabeça, inclusive ao deitar ou virar na cama. Entretanto, tontura exclusivamente em repouso, sem qualquer relação com movimento, merece atenção e investigação clínica criteriosa. Portanto, anotar em que posição a tontura aparece, quanto tempo dura e se há outros sintomas associados é muito útil para o médico. Então, leve essas informações à consulta, pois elas ajudam a diferenciar diferentes causas vestibulares e não vestibulares.

Tontura pode ser sintoma de desidratação leve, mesmo em pessoas jovens?
Em suma, sim. Mesmo indivíduos jovens e saudáveis podem sentir tontura em situações de desidratação leve, como após atividade física intensa, exposição prolongada ao calor ou ingestão insuficiente de líquidos. Entretanto, muitas vezes isso passa despercebido, sendo atribuído apenas ao cansaço. Portanto, além de beber água regularmente, é importante observar a cor da urina (muito escura pode indicar desidratação) e sinais como boca seca e dor de cabeça. Então, corrigir a hidratação costuma melhorar o quadro quando essa é a principal causa.

Após um episódio de tontura intenso, é seguro dirigir ou operar máquinas?
Não é recomendado dirigir, operar máquinas ou realizar atividades que exijam grande coordenação imediatamente após um episódio intenso de tontura ou vertigem. Entretanto, quando a causa é benigna e bem controlada, algumas pessoas retomam essas atividades com segurança após orientação médica. Portanto, sempre comunique ao profissional de saúde se seu trabalho envolve riscos (dirigir, trabalhar em altura, operar equipamentos pesados). Então, a liberação para essas tarefas deve ser individualizada, considerando a causa e a estabilidade do quadro.

Tags: diagnósticosaúdetontura
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