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Pais à beira do surto: como lidar e controlar a raiva quando você é mãe ou pai

Por Lucas
09/12/2025
Em Bem-estar
Pais à beira do surto: como lidar e controlar a raiva quando você é mãe ou pai

Créditos: depositphotos.com / IgorVetushko

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Sentir raiva durante a rotina com filhos é algo comum, especialmente em dias de cansaço ou pressão no trabalho. Entretanto, quando essa emoção passa a dominar as respostas do adulto, o clima em casa pode ficar tenso e confuso para toda a família. Por isso, aprender como controlar a raiva sendo pai ou mãe torna-se uma ferramenta importante para preservar a saúde emocional de crianças, adolescentes e cuidadores. Além disso, quando os adultos desenvolvem consciência emocional, conseguem transformar momentos de estresse em oportunidades de conexão e aprendizado com os filhos.

A raiva, em si, não é um problema. Ela funciona como um sinal de alerta, indicando que algo não está bem, que há um limite sendo ultrapassado ou uma necessidade não atendida. Entretanto, a dificuldade aparece quando essa emoção se manifesta de forma explosiva, com gritos, ameaças, xingamentos ou até silêncio agressivo e afastamento prolongado. Nesses casos, torna-se necessário buscar estratégias concretas para lidar com a raiva sem causar danos às relações. Portanto, ao encarar a raiva como uma mensagem interna, e não como um inimigo, pais e mães conseguem responder com mais clareza e menos culpa.

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O que é a raiva parental e por que ela aparece?

A chamada raiva parental é o conjunto de reações de irritação, frustração ou fúria que surgem no contexto da criação dos filhos. Ela pode ser desencadeada por situações aparentemente simples, como desobediência, bagunça, birras repetidas ou atrasos constantes. Muitas vezes, porém, o episódio com a criança apenas desencadeia uma emoção já alimentada por fatores como estresse financeiro, sobrecarga de tarefas, falta de sono ou pouca rede de apoio. Portanto, a raiva parental costuma indicar não só um conflito com a criança, mas também um acúmulo de desgaste emocional do adulto.

Em alguns casos, essa raiva se manifesta com explosões verbais, portas batendo e tom de voz elevado. Em outros, o adulto pode ficar em silêncio, mas manter um ressentimento persistente, remoendo o ocorrido por horas ou dias. Ambos os padrões impactam o ambiente familiar e podem confundir a criança, que ainda está aprendendo a interpretar emoções. Então, quando os pais oscilam entre explosões e afastamentos prolongados, a criança tende a se sentir insegura, sem saber o que esperar. Compreender essas raízes é um passo importante para desenvolver estratégias de controle da raiva mais eficazes, mais coerentes e, em suma, mais humanizadas.

Como controlar a raiva sendo pai ou mãe no momento da crise?

Quando a raiva chega de forma intensa, a prioridade é reduzir o risco de atitudes impulsivas. Nessa fase, pequenas ações podem ajudar a “desacelerar” o corpo e a mente, permitindo uma resposta mais equilibrada. A ideia central é garantir a segurança de todos e criar um breve intervalo entre o impulso e a atitude. Portanto, quanto mais cedo o adulto perceber os sinais físicos da raiva — como aperto no peito, coração acelerado ou vontade de gritar —, mais chances terá de intervir antes de perder o controle.

  • Verificar a segurança: antes de qualquer coisa, é importante assegurar que a criança está em um local seguro e sob supervisão adequada. Então, se o adulto sentir que está prestes a explodir, ele pode garantir que a criança permaneça em um cômodo protegido, sem objetos que representem risco, enquanto respira ou se afasta por instantes.
  • Afastar-se por alguns minutos: se a situação permitir, o adulto pode se retirar brevemente do ambiente para recuperar a calma. Em suma, dar alguns passos para longe, beber um copo de água ou ir ao banheiro são recursos simples que criam distância do estímulo que está provocando a raiva.
  • Respiração lenta: inspirar pelo nariz, segurar o ar por alguns segundos e soltar devagar pela boca ajuda a reduzir a ativação física da raiva. Portanto, repetir esse ciclo por um ou dois minutos costuma diminuir a tensão muscular e clarear os pensamentos, favorecendo uma conversa mais respeitosa depois.
  • Contagem mental: contar até 10 (ou mais) em silêncio pode criar um intervalo essencial antes de reagir. Entretanto, se a raiva estiver muito alta, o adulto pode precisar contar até 20, 30 ou associar essa contagem a frases como “eu posso pausar” ou “vou escolher outra forma de responder”.
  • Focar em um objeto de ancoragem: segurar um pequeno item, como uma pedra lisa ou um chaveiro, e concentrar-se na textura pode auxiliar no retorno ao presente. Assim, o corpo e a mente saem do modo de ataque e caminham em direção a um estado mais centrado.

Algumas famílias também utilizam uma palavra-código para indicar que o nível de irritação está alto. Ao ouvir essa palavra, os demais entendem que é o momento de diminuir discussões, dar espaço e evitar provocações, o que ajuda a prevenir escaladas de conflito. Portanto, esse tipo de combinação fortalece a cooperação entre os membros da família e mostra às crianças que todos estão se esforçando para cuidar das relações, não apenas para “ter razão”.

Quais são as melhores estratégias de longo prazo para lidar com a raiva?

A gestão da raiva parental não se limita ao momento da explosão. Cuidar da rotina, da saúde física e da rede de apoio faz diferença na forma como a irritação aparece no dia a dia. Pequenas mudanças constantes costumam ter mais efeito do que decisões radicais que não se sustentam ao longo do tempo. Em suma, controlar a raiva no longo prazo significa organizar a vida de modo que o corpo, a mente e as relações tenham espaço para descansar, reparar e se conectar.

  1. Identificar gatilhos: observar em quais situações a raiva aparece com mais frequência (hora de dormir, tarefas escolares, refeições) ajuda a antecipar problemas. Então, a partir dessa observação, os pais podem ajustar horários, criar combinados ou dividir responsabilidades, reduzindo a chance de conflitos repetitivos.
  2. Cuidar do corpo: prática regular de atividade física, mesmo que em períodos curtos, auxilia na redução da tensão acumulada. Portanto, caminhadas, alongamentos, dança em casa ou exercícios simples de mobilidade já contribuem para descarregar estresse e melhorar o humor.
  3. Expressão criativa: escrever, desenhar, pintar ou tocar um instrumento pode servir como saída para emoções intensas. Em suma, quando o adulto se permite criar, ele encontra novas formas de elaborar frustrações e tristezas, em vez de despejá-las diretamente sobre os filhos.
  4. Contato com a natureza: caminhar ao ar livre ou passar algum tempo em ambientes verdes contribui para diminuir o estresse. Então, mesmo uma breve ida a uma praça ou um momento regando plantas na varanda pode funcionar como pausa restauradora na rotina.
  5. Higiene do sono: priorizar horas de descanso adequadas diminui a irritabilidade e melhora a paciência. Portanto, estabelecer horários mais estáveis para dormir, reduzir o uso de telas à noite e criar rituais de relaxamento beneficia toda a família.
  6. Evitar álcool como fuga: o uso de bebidas alcoólicas para aliviar tensão pode piorar o controle emocional. Em vez disso, o adulto pode buscar conversas de apoio, terapia, atividades físicas ou práticas de relaxamento para lidar com a sobrecarga.

Outra estratégia relevante é desenvolver um plano pessoal de manejo da raiva, com passos definidos: o que fazer quando perceber os primeiros sinais, como pedir ajuda, quais frases usar para encerrar discussões e retomar o diálogo apenas quando a calma voltar. Em suma, um bom plano inclui frases simples como “eu preciso de cinco minutos para respirar” ou “vamos falar disso depois do jantar”, além de contatos de pessoas de confiança para pedir apoio em dias mais pesados.

Quando buscar terapia ou grupos de manejo da raiva?

Quando a raiva passa a ser frequente, intensa ou causa medo em familiares, recorrer a ajuda profissional torna-se uma alternativa importante. Programas de terapia para controle da raiva costumam trabalhar identificação de gatilhos, habilidades de comunicação e técnicas de relaxamento. Pesquisas recentes indicam que uma parcela significativa das pessoas que participa desses programas relata melhora na forma de lidar com situações provocadoras. Portanto, pedir ajuda não significa fracasso, e sim responsabilidade com a própria saúde emocional e com o bem-estar da família.

Além da terapia individual, grupos de manejo da raiva para pais têm sido estudados e apresentados como recursos úteis. Nesses encontros, os participantes trocam experiências, aprendem ferramentas práticas e percebem que não estão sozinhos nas dificuldades da criação dos filhos. Em alguns casos, esse formato pode ser combinado com atendimentos individuais para aprofundar questões específicas do casal ou da família. Então, o apoio coletivo reduz a sensação de isolamento e favorece a construção de novas formas de se relacionar com os filhos, com o parceiro e consigo mesmo.

Existem ainda cursos online e presenciais que oferecem certificações, livros, cadernos de exercícios e materiais voltados a educadores e cuidadores. Profissionais de saúde, como médicos de família ou pediatras, podem indicar serviços confiáveis para dar início a esse acompanhamento. Em suma, quanto mais cedo o adulto busca ajuda, maiores são as chances de interromper ciclos de violência verbal, de culpa excessiva e de sofrimento silencioso dentro de casa.

Como ensinar crianças a lidar com a própria raiva?

Ao aprender como controlar a raiva sendo pai ou mãe, o adulto também se torna modelo para os filhos. Crianças e adolescentes observam não apenas as palavras, mas a forma como conflitos são resolvidos em casa. Esse processo de observação contribui para que desenvolvam suas próprias ferramentas de regulação emocional. Portanto, quando os pais assumem seus erros, pedem desculpas e mostram como se acalmam, oferecem um verdadeiro “manual vivo” de educação emocional.

  • Oferecer saídas físicas seguras, como andar de bicicleta, correr ou pular corda para descarregar a tensão. Então, ao invés de simplesmente mandar a criança “se acalmar”, o adulto pode propor um jogo de movimento, uma corrida no quintal ou um circuito divertido pela casa.
  • Estimular formas expressivas, como desenhos, escrita de diários, música ou brincadeiras simbólicas. Em suma, brincar de faz de conta, encenar situações com bonecos ou fazer histórias em quadrinhos permite que a criança represente sua raiva sem machucar ninguém.
  • Evitar exposição frequente a conteúdos violentos em filmes, jogos e redes sociais. Portanto, acompanhar o que a criança assiste e conversa sobre essas cenas ajuda a construir senso crítico e reduz a normalização de agressões.
  • Nomear emoções junto com a criança, ajudando-a a distinguir irritação, frustração, tristeza e medo. Então, frases como “parece que você está frustrado porque o brinquedo quebrou” ou “eu vejo que você ficou com raiva porque eu disse não” ensinam vocabulário emocional e validam a experiência dela.
  • Elogiar tentativas de lidar com a raiva de forma respeitosa, mesmo que o resultado ainda não seja perfeito. Em suma, reconhecer pequenos avanços, como falar mais baixo, respirar fundo ou pedir ajuda, reforça o comportamento positivo e motiva a criança a continuar praticando.
  • Buscar apoio de psicólogos infantis ou grupos de apoio quando os comportamentos de raiva forem intensos ou persistentes. Portanto, se a criança apresentar explosões frequentes, agressões físicas, automutilação ou dificuldades em vários ambientes (casa, escola, outras casas), a avaliação de um profissional torna-se fundamental.

Especialistas ressaltam que manifestações excessivas de raiva em casa podem estar relacionadas a dificuldades futuras, como ansiedade, sintomas depressivos, dores de cabeça, problemas de estômago e desafios nas relações sociais. Por outro lado, ambientes em que os adultos reconhecem seus limites, pedem desculpas quando necessário e procuram ajuda tendem a oferecer uma base mais estável para o desenvolvimento emocional das crianças. Em suma, não se trata de criar famílias perfeitas, e sim famílias que aprendem juntas a lidar com emoções intensas.

Ao encarar a raiva como um sinal a ser compreendido, e não como algo a ser ignorado ou explodido, pais e mães ampliam as chances de construir relações mais seguras e respeitosas. O processo costuma ser gradual, com avanços e recaídas, mas cada pequeno ajuste na forma de reagir contribui para um clima familiar mais equilibrado e previsível. Portanto, quando o adulto assume o compromisso de se observar, pedir apoio e ajustar a rota sempre que necessário, ele oferece aos filhos um dos maiores presentes: a experiência concreta de que é possível sentir raiva sem destruir vínculos.

FAQ – Perguntas frequentes sobre raiva parental

1. Sentir raiva dos filhos significa que não amo minha criança?
Não. Sentir raiva faz parte da condição humana e aparece mesmo em relações muito amorosas. O problema não está em sentir raiva, mas em como você age quando sente essa emoção. Portanto, em vez de se culpar por sentir raiva, vale observar o que ela está sinalizando: cansaço, falta de apoio, expectativas irreais ou necessidade de limites mais claros.

2. Como conversar com meu filho depois de ter perdido a calma?
Após se acalmar, volte à criança e reconheça o que aconteceu, usando linguagem simples e direta: “Eu gritei e não gostei disso, estava muito irritado, mas gritar não é a melhor forma de resolver”. Em suma, peça desculpas, explique brevemente o que sentiu e reforce quais são as regras da casa. Essa postura ensina responsabilidade, sem exigir perfeição de ninguém.

3. O que fazer quando eu e meu parceiro(a) discordamos sobre como lidar com a raiva?
Busquem conversar em momentos tranquilos, longe das brigas, para alinharem princípios básicos: não gritar, não humilhar, não ameaçar. Então, se a discordância persistir, a terapia de casal ou orientação parental pode ajudar a construir acordos mínimos. Em suma, quando os adultos se unem em torno de limites respeitosos, a criança se sente mais segura.

4. Como diferenciar “fase desafiadora” de um problema mais sério de comportamento?
É esperado que crianças testem limites e façam birras em determinadas idades. Entretanto, se a agressividade aparecer diariamente, se houver destruição frequente de objetos, ataques físicos intensos ou sofrimento evidente da criança, o ideal é buscar avaliação profissional. Portanto, observar a frequência, a intensidade e o impacto desses comportamentos no dia a dia ajuda a decidir o momento de pedir ajuda.

5. Pais que foram criados com gritos e castigos conseguem mudar?
Conseguem, embora o processo leve tempo e exija conscientização. Em suma, muitos adultos repetem padrões porque aprenderam que essa era a única forma de educar. Quando começam a estudar sobre regulação emocional, disciplina respeitosa e vínculos seguros, passam a ter novas opções de resposta. Portanto, ao reconhecer a própria história e buscar apoio, esses pais rompem ciclos e constroem um caminho diferente para a próxima geração.

Tags: bem-estarcontroleCuriosidadesmãePairaivasurto
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