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Café ou chá? Estudo aponta quem é o vilão e o mocinho dos ossos

Por Lucas
15/12/2025
Em Bem-estar
Café ou chá? Estudo aponta quem é o vilão e o mocinho dos ossos

Créditos: depositphotos.com / massonforstock

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A relação entre café, chá e densidade mineral óssea vem ganhando espaço nas discussões sobre saúde, especialmente entre mulheres após os 50 anos. Em um cenário em que a osteoporose aparece de forma cada vez mais frequente, entender se essas bebidas do dia a dia ajudam ou atrapalham a saúde dos ossos se tornou uma dúvida recorrente. Portanto, a questão central é simples: o consumo habitual dessas bebidas interfere no risco de perda óssea e fraturas ao longo do envelhecimento?

Ao mesmo tempo, café e chá estão entre as bebidas mais consumidas no mundo, o que torna qualquer efeito sobre a saúde óssea relevante não só para cada pessoa, mas também em termos de saúde pública. Em suma, pequenas variações na densidade dos ossos, quando analisadas em grandes grupos, podem significar diferenças importantes no número de fraturas de quadril e fêmur, eventos associados a internações prolongadas e redução de autonomia em idade avançada. Entretanto, o impacto real depende de fatores como genética, estilo de vida e presença de outras doenças.

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O que é densidade mineral óssea e por que ela importa?

A densidade mineral óssea (DMO) é uma medida que indica a quantidade de minerais, principalmente cálcio, presente em determinada área do osso. Quanto menor essa densidade, maior tende a ser o risco de osteoporose e fraturas. Em geral, a DMO é avaliada por exames de imagem específicos, como a densitometria, que permite comparar os resultados com padrões de referência por idade e sexo. Então, entender sua DMO ajuda o médico a avaliar se há necessidade de mudanças no estilo de vida, suplementação ou tratamento medicamentoso.

A perda de massa óssea costuma ocorrer de forma gradual, sem sintomas evidentes até a ocorrência de uma fratura. Portanto, fatores aparentemente simples, como alimentação, consumo de bebidas, uso de determinados medicamentos, tabagismo, ingestão de álcool e prática de exercícios com impacto, podem influenciar o ritmo dessa perda. Nesse contexto, a forma como o organismo reage à cafeína, às catequinas do chá e a outros compostos presentes nessas bebidas ganha relevância na discussão sobre saúde dos ossos. Em suma, não se trata apenas de uma única xícara de café ou chá, mas do conjunto de hábitos diários ao longo de muitos anos.

Como café e chá podem influenciar a densidade mineral óssea?

Quando se fala em café e saúde óssea, o principal ponto levantado por estudos é a presença de cafeína. Pesquisas experimentais indicam que a cafeína pode afetar, em algum grau, a absorção de cálcio e o metabolismo ósseo, especialmente quando consumida em grandes quantidades e em pessoas com ingestão insuficiente de cálcio. Entretanto, em consumo moderado, a maior parte dos estudos observa efeitos discretos ou até neutros sobre a DMO, particularmente quando a dieta oferece cálcio e vitamina D em quantidades adequadas.

Já o chá e densidade óssea costumam aparecer associados a um efeito um pouco mais favorável. Muitos chás, em especial o chá verde e o chá preto, contêm compostos bioativos, como catequinas e outros polifenóis, que parecem atuar em processos relacionados à formação e à reabsorção óssea. Em análises populacionais, mulheres que relataram consumo regular de chá apresentaram, em média, densidade mineral óssea ligeiramente maior em regiões como quadril e colo do fêmur, em comparação a quem não tinha esse hábito. Entretanto, o benefício é discreto, não substitui tratamento médico e precisa ser interpretado dentro do contexto geral de saúde.

  • Chá: frequentemente associado a um pequeno benefício na DMO em consumo regular e moderado, sobretudo quando inserido em um padrão alimentar equilibrado.
  • Café: consumo moderado em geral não mostra grande prejuízo, mas ingestão muito elevada pode se relacionar a menor densidade óssea, principalmente em pessoas com baixa ingestão de cálcio ou alto consumo de álcool.
  • Outros fatores: álcool, baixa ingestão de cálcio, sedentarismo, uso crônico de corticoides e idade avançada podem potencializar efeitos negativos sobre a saúde óssea.

Café e ossos: qual é o papel da quantidade?

No caso do consumo de café, um ponto recorrente na literatura científica é a importância da dose. Em padrões próximos de duas a três xícaras por dia, a maior parte dos estudos em mulheres idosas não encontra impacto significativo na densidade mineral óssea. Então, para muitas pessoas, esse nível de consumo tende a ser considerado seguro no contexto de uma alimentação rica em cálcio. A preocupação aumenta quando o consumo ultrapassa várias xícaras diárias, situação em que se observa, com mais frequência, uma DMO mais baixa, principalmente em quem também apresenta outros fatores de risco, como baixa exposição solar e dieta pobre em laticínios.

Outro aspecto levantado por pesquisas recentes é a interação com o álcool. Em mulheres com histórico de consumo elevado de bebidas alcoólicas, a associação entre muito café e menor densidade óssea tende a ser mais clara. Isso sugere que a cafeína não age isoladamente, mas se soma a outros elementos do estilo de vida. Portanto, o excesso de café, combinado a álcool em quantidade relevante, pode criar um cenário mais desfavorável ao osso. Técnicas de imagem modernas, usadas em coortes acompanhadas por mais de uma década, têm permitido observar essas diferenças de forma mais precisa, inclusive em regiões específicas, como quadril e colo do fêmur.

  1. Manter ingestão adequada de cálcio na alimentação diária, priorizando fontes como leite, iogurte, queijos, vegetais verde-escuros e alimentos fortificados.
  2. Evitar consumo excessivo de álcool e tabaco, pois ambos aceleram a perda óssea e aumentam o risco de fraturas.
  3. Praticar atividade física com impacto, quando liberada pelo médico, como caminhada rápida, dança, corrida leve ou exercícios de fortalecimento muscular.
  4. Monitorar a densidade mineral óssea em fases de maior risco, como pós-menopausa, uso prolongado de corticoides ou história familiar de osteoporose.
  5. Ajustar o consumo de café em casos de ingestão muito elevada, especialmente na presença de outros fatores de risco, como alimentação pobre em cálcio, sedentarismo ou uso de certos medicamentos.

Chá, catequinas e saúde dos ossos: existe benefício real?

Os estudos sobre chá e saúde dos ossos destacam a presença de catequinas e outros polifenóis, compostos que podem colaborar para um equilíbrio mais favorável entre formação e perda óssea. Portanto, essas substâncias podem atuar como antioxidantes e moduladores de processos inflamatórios que participam da remodelação óssea. Nas análises de longo prazo, o hábito de beber chá aparece associado a uma DMO ligeiramente maior, sobretudo no quadril. O efeito, em geral, é discreto em termos individuais, mas consistente quando avaliado em grandes grupos de mulheres mais velhas.

Algumas análises sugerem que esse possível benefício pode ser mais evidente em pessoas com determinadas características, como presença de obesidade, alterações hormonais ou diferenças metabólicas específicas. Entretanto, especialistas apontam que os resultados não indicam necessidade de mudanças bruscas de comportamento. Beber chá em quantidade exagerada não é apresentado como estratégia principal de prevenção, mas o consumo moderado pode funcionar como um elemento adicional em um conjunto de hábitos voltados à proteção da densidade mineral óssea. Em suma, o chá entra como aliado complementar, e não como protagonista isolado na prevenção da osteoporose.

Como proteger a densidade mineral óssea além da xícara?

Apesar do interesse crescente em café, chá e ossos, as principais recomendações para cuidar da densidade mineral óssea continuam centradas em alguns pilares bem estabelecidos. A combinação de ingestão adequada de cálcio e vitamina D, prática regular de exercícios de resistência e impacto, atenção ao peso corporal e acompanhamento médico periódico segue como a base das estratégias de prevenção da osteoporose. Então, antes de pensar em cortar completamente o café ou exagerar no chá, é fundamental organizar esses pontos centrais do estilo de vida.

Nesse cenário, o papel de café e chá aparece como parte de um conjunto mais amplo de escolhas do dia a dia. Consumir chá regularmente pode representar um pequeno reforço para a saúde óssea ao longo do envelhecimento, enquanto evitar ingestão excessiva de café, principalmente associada a alto consumo de álcool e baixa ingestão de cálcio, tende a ser uma medida prudente. Portanto, ajustar o número de xícaras, observar a qualidade da alimentação e manter o corpo ativo formam um tripé importante de proteção. Dessa forma, as bebidas que fazem parte da rotina podem ser ajustadas de acordo com o contexto de cada pessoa, sem mudanças radicais, mas com atenção às evidências científicas disponíveis até 2025.

Perguntas frequentes (FAQ)

1. Quantas xícaras de café por dia costumam ser consideradas seguras para os ossos?
Em geral, de duas a três xícaras de café ao dia, para adultos saudáveis com boa ingestão de cálcio, tendem a não mostrar impacto relevante na densidade mineral óssea. Entretanto, quem consome mais do que quatro ou cinco xícaras diárias, especialmente com dieta pobre em cálcio, deve discutir ajustes com um profissional de saúde.

2. Quem não consome laticínios pode tomar café e chá sem prejudicar os ossos?
Pode, desde que tenha outras fontes de cálcio e vitamina D, como bebidas vegetais fortificadas, peixes com ossos, sementes (gergelim, chia), vegetais verde-escuros e, se necessário, suplementação orientada. Em suma, o problema maior é a falta de cálcio, não o café ou o chá isoladamente.

3. O café descafeinado também interfere na densidade mineral óssea?
O café descafeinado contém muito menos cafeína. Portanto, o possível efeito negativo da cafeína na perda óssea tende a ser reduzido. Ainda assim, o ideal é manter o equilíbrio geral da dieta e não usar o descafeinado como desculpa para consumo ilimitado.

4. Todos os tipos de chá trazem o mesmo efeito sobre os ossos?
Não exatamente. Chá verde e chá preto concentram mais estudos relacionados à densidade mineral óssea. Chás de ervas (como camomila ou hortelã) podem ter outros benefícios, mas não apresentam, até o momento, a mesma quantidade de evidências específicas sobre DMO. Portanto, o potencial de proteção óssea parece mais associado aos chás verdadeiros da planta Camelia sinensis.

5. Em que idade devo começar a me preocupar com a densidade mineral óssea?
A saúde óssea é construída desde a infância e atinge o pico de massa óssea por volta dos 20 a 30 anos. Entretanto, a atenção aumenta na perimenopausa e pós-menopausa para mulheres, e após os 60 a 65 anos para homens. Então, quanto mais cedo você adotar hábitos saudáveis (alimentação adequada, atividade física, uso moderado de café e álcool), maior a chance de manter bons níveis de densidade mineral óssea ao envelhecer.

Tags: bem-estarcafécháossossaúde
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