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Saiba como o exame de sangue pode antecipar diagnóstico do câncer de pulmão

Por Lucas
16/12/2025
Em Saúde
Saiba como o exame de sangue pode antecipar diagnóstico do câncer de pulmão

Créditos: depositphotos.com / HayDmitriy

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O câncer de pulmão segue entre as principais causas de morte por câncer no Brasil em 2025, em grande parte porque costuma ser descoberto em estágios avançados. Quando o tumor já está espalhado ou ocupa grande parte do pulmão, as opções terapêuticas tornam-se mais restritas e o prognóstico é menos favorável. Nesse cenário, qualquer método que permita detectar a doença mais cedo, acompanhar sua evolução e escolher o tratamento adequado ganha relevância na prática clínica. Em suma, quanto mais cedo se identifica o câncer de pulmão, maiores são as chances de um tratamento eficaz e com menos efeitos colaterais.

Nos últimos anos, uma das ferramentas que mais chamaram a atenção na oncologia é a chamada biópsia líquida, especialmente em tumores de pulmão. Diferente dos exames tradicionais que exigem cirurgia ou procedimentos invasivos para obtenção de amostras, essa técnica utiliza o sangue como fonte de informação genética sobre o tumor. Portanto, o profissional de saúde consegue acessar dados importantes sobre o comportamento da doença com um simples exame de sangue. Estudos brasileiros recentes, apoiados por instituições de pesquisa, vêm mostrando que essa abordagem pode ajudar a identificar mutações importantes e orientar terapias mais específicas para cada paciente. Entretanto, ainda existem desafios de acesso, padronização e custo que precisam de soluções para que o benefício chegue a mais pessoas.

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O que é biópsia líquida no câncer de pulmão?

A expressão biópsia líquida no câncer de pulmão se refere a um exame feito a partir de uma coleta simples de sangue, sem necessidade de retirar fragmentos do tumor por agulhas ou cirurgia. Então, o paciente passa por um procedimento bem semelhante a um exame laboratorial de rotina. No laboratório, o material é processado para encontrar fragmentos de DNA tumoral circulante, pequenas partículas de material genético liberadas pelas células cancerígenas na corrente sanguínea. A partir desse DNA, é possível identificar alterações em genes associados ao desenvolvimento e à progressão do câncer.

Entre as mutações mais investigadas estão aquelas em genes como EGFR, KRAS e TP53, que se relacionam ao crescimento descontrolado das células e à resposta a medicamentos. Além disso, outros alvos moleculares como ALK, ROS1, BRAF e MET também ganham espaço nos painéis mais modernos de biópsia líquida, tornando o exame ainda mais abrangente. Quando uma alteração específica é encontrada, abre-se a possibilidade de uso de terapias-alvo, que são medicações desenhadas para agir justamente sobre essas mudanças genéticas. No caso do carcinoma de pulmão de células não pequenas, o tipo mais frequente, essas informações costumam ter impacto direto na escolha do tratamento. Portanto, a biópsia líquida no câncer de pulmão contribui para que a medicina de precisão saia do campo teórico e chegue à prática clínica diária.

Como a biópsia líquida ajuda no diagnóstico e no tratamento?

A principal contribuição da biópsia líquida no câncer de pulmão está na combinação de rapidez e menor invasividade. Enquanto a biópsia tradicional pode exigir internação, uso de anestesia e alguns dias de recuperação, a coleta de sangue é feita em poucos minutos, com risco reduzido de complicações. Em muitos serviços, a análise genética obtida pela biópsia líquida fica pronta em menos tempo do que a biópsia de tecido, permitindo que o plano terapêutico seja definido mais rapidamente. Portanto, o intervalo entre o diagnóstico inicial e o início do tratamento tende a encurtar, o que pode fazer grande diferença para o desfecho clínico.

Além do diagnóstico, o exame tem sido utilizado para acompanhar a evolução da doença ao longo do tratamento. Em alguns casos, é possível identificar o surgimento de novas mutações que explicam por que um remédio deixou de funcionar, possibilitando a troca de terapia de forma mais direcionada. Em suma, o oncologista deixa de trabalhar apenas com base em imagem e sintomas e passa a enxergar, em tempo quase real, as mudanças genéticas do tumor. Há relatos de detecção de alterações genéticas mesmo antes do aparecimento de sintomas ou de sinais em exames de imagem, o que sugere um papel importante no monitoramento de pessoas com maior risco, como fumantes de longa data e indivíduos com forte histórico familiar. Entretanto, esse uso em rastreamento populacional ainda está em estudo e não substitui, por exemplo, programas estruturados com tomografia de baixa dose.

  • Definição de tratamento inicial: escolha de terapias-alvo com base em mutações específicas.
  • Monitoramento de resposta: avaliação se o tumor está respondendo ao medicamento.
  • Detecção de resistência: identificação de novas mutações ligadas à falha terapêutica.
  • Rastreamento em grupos de risco: investigação em indivíduos com maior probabilidade de desenvolver câncer de pulmão.

A biópsia líquida substitui a biópsia tradicional?

Apesar do avanço tecnológico, especialistas apontam que a biópsia líquida para câncer de pulmão ainda não substitui completamente a biópsia convencional de tecido. Em suma, os dois métodos se complementam e não competem entre si na maior parte dos casos. Um aspecto importante é a sensibilidade do exame: em estágios iniciais da doença, a quantidade de DNA tumoral circulante pode ser muito baixa, o que aumenta a chance de resultados falsamente negativos. Nesses casos, o fato de não encontrar mutações no sangue não significa, necessariamente, que elas não existam no tumor.

Por esse motivo, o exame de sangue costuma ser visto como uma ferramenta complementar. A biópsia de tecido continua essencial para confirmar o diagnóstico, avaliar características microscópicas do tumor e, muitas vezes, para confirmar achados obtidos pela biópsia líquida. Além disso, a análise histopatológica do tecido permite classificar o subtipo do câncer de pulmão e avaliar marcadores como PD-L1, que ajudam a indicar imunoterapia. Em situações em que a coleta de material pulmonar é arriscada ou tecnicamente difícil, a análise do DNA tumoral circulante pode funcionar como uma alternativa inicial, reduzindo a necessidade de procedimentos invasivos em determinados momentos do cuidado. Portanto, a decisão sobre qual exame usar, e em que momento, deve ser individualizada e discutida em equipe multidisciplinar.

  1. Suspeita clínica de câncer de pulmão com exames de imagem alterados.
  2. Realização de biópsia de tecido sempre que possível, para confirmação.
  3. Uso da biópsia líquida para complementar a investigação genética.
  4. Repetição da biópsia líquida durante o tratamento para acompanhar o tumor.

Quais são os desafios de acesso à biópsia líquida no Brasil?

Um dos principais obstáculos para a ampla utilização da biópsia líquida em 2025 é o custo dos painéis genéticos. Cada teste pode chegar a alguns milhares de reais por paciente, valor que dificulta a incorporação sistemática no Sistema Único de Saúde. Em muitos hospitais públicos, o exame é oferecido apenas em projetos de pesquisa ou em situações muito específicas. Mesmo na saúde suplementar, a disponibilidade depende de cobertura contratual, protocolos internos e, em certas ocasiões, de decisões judiciais. Portanto, o acesso ainda é desigual entre diferentes regiões e entre pacientes do sistema público e do setor privado.

Outro desafio é a necessidade de estrutura laboratorial especializada e de equipes treinadas para interpretar corretamente os resultados. A leitura de exames genômicos exige integração com dados clínicos, histórico de tabagismo, estágio do tumor e outros exames de imagem e laboratório. Sem essa análise conjunta, há risco de subutilização ou interpretação inadequada das informações genéticas. Em suma, não basta apenas realizar a biópsia líquida; é fundamental que os serviços de saúde disponham de profissionais capacitados, com experiência em oncologia de precisão e em discussão de casos em comitês multidisciplinares.

Mesmo com esses entraves, a tendência observada na oncologia é de crescimento progressivo do uso da biópsia líquida no câncer de pulmão. À medida que novas evidências científicas são publicadas e que o custo das tecnologias de sequenciamento diminui, espera-se ampliação do acesso e maior padronização dos protocolos. Além disso, iniciativas de pesquisa colaborativa e parcerias público-privadas podem acelerar a incorporação dessa ferramenta em larga escala. Portanto, para pacientes, familiares e equipes de saúde, essa ferramenta representa mais uma possibilidade de tornar o cuidado contra o câncer de pulmão mais personalizado, baseado em características biológicas específicas de cada tumor. Em suma, a biópsia líquida tende a ocupar um papel central na jornada do paciente com câncer de pulmão, desde o diagnóstico até o acompanhamento de longo prazo.

FAQ sobre biópsia líquida no câncer de pulmão

1. A biópsia líquida dói?
A coleta é semelhante a um exame de sangue comum, então o desconforto costuma ser mínimo e rápido, restrito à picada da agulha.

2. Quem pode fazer biópsia líquida para câncer de pulmão?
Em geral, o exame é indicado para pessoas com suspeita ou diagnóstico confirmado de câncer de pulmão, especialmente carcinoma de pulmão de células não pequenas, sempre sob orientação do oncologista ou pneumologista.

3. De quanto em quanto tempo o exame pode ser repetido?
O intervalo varia conforme o caso; entretanto, muitos médicos repetem a biópsia líquida em momentos-chave, como antes de iniciar o tratamento, diante de suspeita de progressão ou quando há troca de terapia.

4. A biópsia líquida detecta outros cânceres além do de pulmão?
Sim, a técnica também se aplica a outros tumores sólidos, como câncer de mama, colorretal e de próstata; porém, os painéis e indicações variam conforme o tipo de câncer.

5. É preciso algum preparo especial antes do exame?
Na maioria das vezes não se exige jejum ou preparo complexo; entretanto, o laboratório pode orientar cuidados específicos, como informar o uso de medicamentos em curso.

6. A biópsia líquida substitui a tomografia ou a ressonância?
Não, os exames de imagem continuam essenciais para avaliar tamanho, localização e extensão das lesões; a biópsia líquida adiciona informações moleculares que complementam esse cenário.

7. A biópsia líquida está disponível em todas as cidades?
Ainda não. Muitas vezes o sangue é coletado em centros menores e então enviado para laboratórios de referência em grandes centros urbanos, o que pode aumentar o tempo até o resultado.

8. Planos de saúde costumam cobrir esse exame?
A cobertura varia conforme o convênio, o contrato e os protocolos internos; portanto, o ideal é que o paciente consulte o plano e leve o pedido médico para análise de liberação prévia.

Tags: câncercancer de pulmaodiagnósticoexamepulmãosaúde
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