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Novo tipo de exame detecta Alzheimer antes dos sintomas

Por Lucas
18/12/2025
Em Saúde
Novo tipo de exame detecta Alzheimer antes dos sintomas

Créditos: depositphotos.com / AndrewLozovyi

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O interesse em identificar o Alzheimer antes dos primeiros esquecimentos tem crescido à medida que a população envelhece. A doença, de caráter neurodegenerativo, costuma avançar de forma silenciosa por anos, alterando o funcionamento do cérebro muito antes de surgirem sinais evidentes no dia a dia. Nesse cenário, pesquisadores buscam métodos simples, acessíveis e confiáveis para um diagnóstico precoce, e a análise de sangue surge como uma das principais apostas. Em suma, a medicina caminha para uma era em que será possível mapear alterações cerebrais sutis com cada vez mais precisão e, portanto, oferecer cuidado mais individualizado.

Um estudo recente da Northern Arizona University (NAU) ganhou destaque ao propor uma ferramenta que pretende detectar alterações cerebrais ligadas ao Alzheimer por meio de um exame sanguíneo. A proposta contrasta com exames tradicionais, que costumam ser caros, exigir equipamentos sofisticados e, em alguns casos, envolver procedimentos invasivos. Entretanto, ao tornar a investigação mais simples, esse tipo de teste poderia ser incorporado com mais facilidade à rotina de monitoramento da saúde cerebral, inclusive em redes públicas de saúde. Então, essa inovação tende a aproximar o diagnóstico de quem hoje não tem acesso a tecnologias avançadas de imagem.

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Alzheimer: o que acontece no cérebro anos antes dos sintomas?

O Alzheimer está associado à morte progressiva de neurônios e ao acúmulo de proteínas anormais no cérebro, como beta-amiloide e tau. Antes que esses processos se reflitam em falhas de memória, desorientação ou dificuldades para planejar tarefas, o órgão passa por uma mudança importante: a forma como utiliza a glicose, principal fonte de energia para o funcionamento neural. Quando o metabolismo da glicose começa a falhar, as redes cerebrais perdem eficiência e ficam mais vulneráveis a danos. Portanto, alterações metabólicas podem servir como um “alerta precoce” de que algo não vai bem, muito antes da fase de demência instalada.

Durante muito tempo, acompanhar esse consumo de energia exigia métodos como tomografia por emissão de pósitrons (PET) ou outros exames de imagem avançados. Esses recursos, embora úteis, nem sempre estão disponíveis em serviços de saúde públicos ou em regiões afastadas dos grandes centros. Então, muitas pessoas só recebem um diagnóstico quando os sintomas já estão evidentes e mais incapacitantes. O resultado é que muitos diagnósticos só acontecem quando a doença já comprometeu de forma significativa a cognição, reduzindo o espaço para intervenções mais eficazes. Em suma, quanto mais tarde se identifica a doença, menores tendem a ser os ganhos em qualidade de vida com o tratamento disponível.

Como o exame de sangue pode ajudar a detectar Alzheimer precocemente?

No estudo da NAU, a chave está em estruturas minúsculas chamadas microvesículas, liberadas pelas células do cérebro e que acabam circulando na corrente sanguínea. Essas partículas podem carregar proteínas, fragmentos de membranas e outros componentes que refletem o estado interno dos neurônios. Ao isolar essas microvesículas a partir de uma amostra de sangue, os cientistas procuram sinais de alterações no metabolismo cerebral, especialmente no uso de glicose, relacionados ao Alzheimer precoce. Portanto, o exame funciona como uma “janela” indireta para o cérebro, sem necessidade de procedimentos cirúrgicos ou equipamentos complexos.

A estratégia é descrita por alguns pesquisadores como uma espécie de “biópsia líquida” do cérebro, já que permite acessar informações do sistema nervoso central sem intervenções diretas na cabeça do paciente. Em termos práticos, o processo segue etapas como:

  • Coleta de sangue: realizada em ambiente ambulatorial, como em exames de rotina. Então, o paciente não precisa de preparo muito complexo e, em geral, o procedimento é rápido.
  • Isolamento das microvesículas: por técnicas laboratoriais que separam essas partículas dos demais componentes do sangue. Portanto, essa fase exige padronização e equipamentos adequados para garantir resultados confiáveis.
  • Análise do conteúdo: avaliação de marcadores ligados ao metabolismo da glicose e a outros processos associados ao Alzheimer. Em suma, os cientistas mapeiam um “perfil bioquímico” que pode indicar risco aumentado para a doença.

Com o tempo, espera-se que padrões específicos encontrados nessas microvesículas possam indicar quem apresenta maior risco de desenvolver a doença, mesmo sem qualquer queixa de memória. Então, pessoas com risco elevado poderiam ser acompanhadas de perto, com orientação sobre estilo de vida, controle de fatores de risco cardiovascular e, eventualmente, inclusão em estudos clínicos. Esse tipo de abordagem se soma a outras linhas de pesquisa em diagnóstico precoce do Alzheimer, como exames que medem proteínas amiloide e tau no sangue, testes genéticos e avaliações neuropsicológicas detalhadas. Entretanto, os especialistas reforçam que nenhum exame isolado substitui a avaliação clínica completa; portanto, o ideal é combinar métodos para chegar a um retrato mais fiel do estado cerebral.

Quais impactos o diagnóstico precoce do Alzheimer pode trazer?

Detectar o Alzheimer em estágios iniciais tem potencial para alterar a forma como pacientes, familiares e profissionais de saúde lidam com a doença. Um diagnóstico antecipado permitiria acompanhar de perto pessoas em risco, ajustar medicamentos, incentivar hábitos de vida saudáveis e planejar o suporte social e financeiro de maneira mais organizada. Além disso, facilita a inclusão de pacientes em pesquisas clínicas que testam novos tratamentos. Em suma, descobrir cedo não significa apenas colocar um nome para os sintomas, mas abrir oportunidades de cuidado, planejamento e participação ativa nas decisões sobre o futuro.

De maneira geral, os objetivos do diagnóstico antecipado do Alzheimer incluem:

  1. Iniciar intervenções mais cedo: medicamentos, fisioterapia, estimulação cognitiva e ajustes no ambiente podem ser implementados quando a pessoa ainda mantém maior autonomia. Portanto, há maior chance de preservar a independência por mais tempo e de manter vínculos sociais e profissionais ativos.
  2. Monitorar a progressão: repetir exames e avaliações ao longo do tempo ajuda a entender a velocidade de avanço da doença. Então, a equipe de saúde pode adaptar o plano terapêutico de acordo com as mudanças observadas, tornando o cuidado mais dinâmico.
  3. Planejar o cuidado de longo prazo: famílias e equipes de saúde podem organizar apoio domiciliar, adaptações na rotina e estratégias de segurança. Em suma, esse planejamento reduz improvisos em momentos de crise e contribui para menor sobrecarga emocional e financeira.
  4. Apoiar pesquisas científicas: identificar indivíduos em fase pré-sintomática é crucial para testar se novas terapias conseguem retardar ou interromper o processo neurodegenerativo. Portanto, quanto mais cedo se acham esses indivíduos, maior a chance de verificar o impacto real de drogas modificadoras da doença.

Ainda assim, especialistas destacam a importância de validar qualquer novo exame em diferentes grupos de pessoas, como indivíduos saudáveis, pessoas com comprometimento cognitivo leve e pacientes com Alzheimer já estabelecido. Somente com esses dados será possível definir qual é a precisão da ferramenta, qual o melhor momento para utilizá-la e como integrá-la aos protocolos clínicos. Então, antes de se tornar rotina, cada teste precisa mostrar não apenas boa sensibilidade e especificidade, mas também aplicabilidade na prática diária.

Até onde a nova “biópsia do cérebro” pode chegar?

Apesar do interesse, a técnica baseada em microvesículas ainda está em fase de pesquisa e não faz parte da prática médica de rotina. Para que se torne um teste disponível em laboratórios e hospitais, serão necessários estudos com amostras maiores, padronização dos métodos de coleta e análise e avaliação cuidadosa de fatores como custo, tempo de processamento e treinamento de equipes. Portanto, o caminho entre o laboratório e o consultório costuma ser longo, envolvendo validação científica, aprovação regulatória e incorporação aos sistemas de saúde.

Caso se mostre segura, precisa e economicamente viável, a chamada “biópsia do cérebro” por exame de sangue pode se somar a outros recursos diagnósticos já existentes, formando um painel mais completo para rastrear o risco de Alzheimer. Em um cenário de envelhecimento populacional e aumento esperado de casos até 2050, qualquer avanço na identificação precoce tende a ter impacto direto na organização dos sistemas de saúde e no planejamento de políticas públicas relacionadas às demências. Em suma, a esperança é que, combinando exames de sangue, avaliações cognitivas, imagem e medidas de estilo de vida, seja possível atrasar o início dos sintomas em parte da população e, então, reduzir o peso social e econômico da doença.

FAQ – Perguntas adicionais sobre Alzheimer e exames de sangue

1. Quem deve considerar fazer exames para detecção precoce de Alzheimer?
Pessoas com histórico familiar de demência, indivíduos com mais de 60 anos que percebem mudanças sutis na memória e quem possui fatores de risco como hipertensão, diabetes, obesidade, sedentarismo ou tabagismo podem conversar com o médico sobre avaliação cognitiva e, então, sobre a possibilidade de exames complementares.

2. Existe algo que eu possa fazer hoje para reduzir o risco de Alzheimer?
Sim. Em suma, manter atividade física regular, controlar pressão e diabetes, não fumar, dormir bem, cuidar da audição, manter alimentação equilibrada e estimular o cérebro com leitura, estudo e interação social ajuda a proteger a saúde cerebral. Portanto, mudanças de estilo de vida complementam, e não substituem, os exames e o acompanhamento médico.

3. Um exame de sangue positivo significa que eu vou, obrigatoriamente, desenvolver Alzheimer?
Não. Esses exames, inclusive os que investigam microvesículas ou proteínas como beta-amiloide e tau, indicam risco aumentado ou alterações biológicas compatíveis com a doença. Entretanto, nem toda pessoa com biomarcadores alterados desenvolverá demência clínica. Então, o resultado deve ser sempre interpretado por um especialista dentro do contexto da história clínica e de outros exames.

4. Esses exames já estão disponíveis em laboratórios comuns no Brasil?
Alguns testes de biomarcadores sanguíneos para Alzheimer começam a surgir em centros de pesquisa e serviços especializados, mas a maioria ainda não faz parte da rotina em laboratórios básicos. Portanto, quem se interessa por esse tipo de avaliação deve procurar neurologistas, geriatras ou centros de memória para saber quais opções existem na sua região.

5. Como conversar com a família sobre a possibilidade de Alzheimer?
O ideal é abordar o tema de forma aberta e gradual, explicando que o objetivo é cuidar da saúde, e não rotular a pessoa. Em suma, é útil levar informações de fontes confiáveis, marcar consultas conjuntas quando possível e, então, discutir medos e expectativas com apoio de um profissional de saúde ou, se necessário, de um psicólogo especializado em envelhecimento.

Tags: Alzheimercomo tratarcuraexamenovo examesintomas
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