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Novo medicamento pode frear a perda de neurônios no Alzheimer

Por Lucas
22/12/2025
Em Saúde
Novo medicamento pode frear a perda de neurônios no Alzheimer

Créditos: depositphotos.com / Elnur_

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Pesquisadores têm investigado novas formas de enfrentar a doença de Alzheimer e, então, um dos caminhos em estudo envolve um remédio já utilizado em outras áreas da medicina: o sargramostim. Esse medicamento, originalmente indicado para estimular a produção de células de defesa após alguns tratamentos oncológicos, passou a ser observado como possível aliado na tentativa de desacelerar processos ligados à degeneração de neurônios. A proposta não é curar o Alzheimer, mas interferir em mecanismos que contribuem para o avanço da doença e, portanto, ampliar o leque de estratégias terapêuticas disponíveis.

A enfermidade, que afeta sobretudo a memória e outras funções cognitivas, está associada à morte progressiva de células cerebrais e a alterações que podem começar muitos anos antes do diagnóstico. Nessa trajetória, entram em cena proteínas liberadas no sangue quando neurônios sofrem lesão ou entram em processo de morte. Ao analisar como esses marcadores se comportam ao longo da vida e como o sargramostim pode influenciá-los, os cientistas buscam entender se a modulação do sistema imunológico pode ter impacto real na saúde do cérebro e, em suma, se é possível retardar o declínio funcional do paciente com intervenções mais precoces.

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O que é o sargramostim e qual sua relação com o sistema nervoso?

O sargramostim é uma forma sintética da proteína GM-CSF, um fator de crescimento envolvido na produção e no amadurecimento de células do sistema imune, como granulócitos e macrófagos. Na prática, o medicamento se utiliza há décadas para auxiliar a recuperação da medula óssea em situações específicas, como após quimioterapia ou transplantes. Entretanto, a novidade é que, além de atuar no sangue e na medula, essa molécula também parece influenciar processos inflamatórios que ocorrem no sistema nervoso central, o que desperta interesse crescente entre neurologistas e imunologistas.

No contexto do Alzheimer, a inflamação crônica de baixa intensidade aparece como uma das engrenagens da perda neuronal. Células de defesa presentes no cérebro podem responder a estímulos diversos, desde proteínas anormais até alterações vasculares. Portanto, a hipótese levantada por diferentes grupos é que o sargramostim, ao reorganizar a resposta imune, ajudaria a criar um ambiente menos agressivo para os neurônios, diminuindo a velocidade da lesão e da morte celular em determinadas fases da doença.

Além disso, estudos em modelos animais sugerem que o GM-CSF pode favorecer a limpeza de proteínas tóxicas, como o beta-amiloide, por meio de células imunes mais ativas e melhor coordenadas. Em suma, pesquisadores investigam se esse “ajuste fino” entre inflamação e proteção pode se traduzir em preservação maior de memória, linguagem e atenção no dia a dia, principalmente em estágios iniciais da doença.

Doença de Alzheimer e marcadores no sangue: o que muda com o sargramostim?

Uma das frentes mais ativas na pesquisa sobre doença de Alzheimer é o estudo de biomarcadores sanguíneos. Entre eles, destacam-se proteínas associadas diretamente ao dano neuronal, como a UCH-L1 e a NfL, e moléculas relacionadas à inflamação, como a GFAP. Em indivíduos saudáveis, esses marcadores tendem a se manter em níveis baixos durante as primeiras décadas de vida, aumentando de forma gradual com o envelhecimento, especialmente a partir da meia-idade. Portanto, o acompanhamento dessas moléculas ao longo do tempo ajuda a mapear o ritmo de envelhecimento cerebral.

Ao observar pessoas com diferentes idades, pesquisadores notaram que esses marcadores de morte e lesão de neurônios se elevam progressivamente e podem atingir concentrações mais altas em torno da oitava década de vida. Em faixas etárias mais avançadas, níveis elevados de UCH-L1 e NfL se relacionam a pior desempenho em testes de memória e raciocínio. Já a GFAP, ligada à inflamação de células de suporte do cérebro, tende a subir a partir dos 40 anos, sugerindo que parte do declínio cognitivo ligado à idade está relacionada a processos inflamatórios persistentes e, então, não apenas ao acúmulo de proteínas anormais.

Em ensaios iniciais com o sargramostim, adultos com Alzheimer receberam o medicamento por um período curto. Durante o uso, houve redução significativa dos níveis de UCH-L1 no sangue, aproximando-se de valores observados no início da vida adulta. Esse efeito, porém, foi transitório e desapareceu após a interrupção do tratamento. Entretanto, os participantes apresentaram melhora em uma das avaliações cognitivas mais utilizadas na prática clínica, o Mini Exame do Estado Mental (MEEM), e esse desempenho mais elevado se manteve ainda semanas depois do fim da medicação, mesmo com os marcadores de morte neuronal retornando aos níveis anteriores.

Portanto, os pesquisadores levantam a possibilidade de que o sargramostim produza efeitos benéficos que vão além da simples modulação dos biomarcadores sanguíneos, talvez influenciando circuitos neurais, plasticidade sináptica ou mesmo o engajamento do paciente em atividades cognitivas. Em suma, a relação entre mudança nos marcadores e melhora clínica ainda exige esclarecimento em estudos maiores.

Por que as proteínas ligadas ao envelhecimento cerebral importam?

Os marcadores sanguíneos de dano neuronal ajudam a traduzir, em números, processos que acontecem silenciosamente no cérebro ao longo dos anos. Proteínas como UCH-L1 e NfL indicam que neurônios estão sob estresse ou em processo de morte, enquanto a GFAP aponta para a ativação de células envolvidas na inflamação. Ao acompanhar essas substâncias, pesquisadores conseguem estimar o ritmo de degeneração e comparar diferentes abordagens terapêuticas e, portanto, tomar decisões mais embasadas sobre quais estratégias seguir nos ensaios clínicos.

Estudos têm mostrado que esses marcadores não aumentam de forma idêntica em todas as pessoas. Em muitas análises, mulheres apresentam concentrações mais altas de certas proteínas associadas ao envelhecimento cerebral, embora as causas dessa diferença ainda não estejam definidas. Fatores hormonais, genéticos e ambientais são investigados como possíveis explicações. Entretanto, essa observação reforça a necessidade de considerar sexo, idade e outras características individuais ao planejar pesquisas e tratamentos para Alzheimer.

Além disso, em suma, o uso de biomarcadores no sangue tende a facilitar o diagnóstico precoce, já que muitas pessoas evitam exames invasivos, como punção lombar, ou não têm acesso fácil a exames de imagem avançados. Então, se os testes sanguíneos se consolidarem, profissionais de saúde poderão identificar mais cedo quem corre maior risco, acompanhar a progressão da doença e avaliar melhor se terapias como o sargramostim, ou outras em desenvolvimento, realmente modificam a trajetória do Alzheimer.

O sargramostim pode se tornar um tratamento para a doença de Alzheimer?

Apesar dos resultados promissores em curto prazo, o sargramostim no Alzheimer ainda se encontra em fase experimental. Entre as principais limitações apontadas pelos pesquisadores estão o número reduzido de participantes nas primeiras etapas, a duração curta do tratamento e a falta de dados sobre uso prolongado. Ainda não está esclarecido se a redução temporária nos marcadores de morte neuronal se traduz em proteção duradoura para o cérebro ou se seriam necessários ciclos contínuos ou repetidos de aplicação. Portanto, ninguém deve utilizar o medicamento por conta própria com esse objetivo.

  • Não há comprovação de benefício sustentado a longo prazo.
  • A dose ideal e o tempo de uso ainda estão sendo estudados.
  • Os efeitos em diferentes estágios da doença (leve, moderado e avançado) não estão totalmente definidos.
  • Possíveis riscos de modular o sistema imune por períodos prolongados precisam de avaliação cuidadosa.

Para responder a essas questões, um novo ensaio clínico de maior porte está em andamento, envolvendo pessoas com Alzheimer leve a moderado e um acompanhamento mais extenso. Esse estudo deve analisar não apenas testes de memória, mas também impacto na rotina diária, segurança em longo prazo e interação com outras medicações já utilizadas no manejo da demência. Em suma, a ciência progride passo a passo, e resultados robustos exigem tempo, repetição e transparência nos dados.

Entretanto, mesmo sem aprovação específica para Alzheimer, a investigação em torno do sargramostim já contribui de forma relevante. Então, pesquisadores aprendem mais sobre como ajustar o sistema imune para proteger o cérebro, quais biomarcadores realmente refletem o que ocorre nos neurônios e que tipo de paciente responde melhor a esse tipo de intervenção. Portanto, a jornada científica em si abre portas para novas moléculas e novas combinações de tratamento.

Como o sargramostim se encaixa no cenário atual do cuidado com Alzheimer?

Atualmente, o tratamento da doença de Alzheimer combina medicamentos que atuam nos sintomas, terapias de reabilitação e adaptações no ambiente para favorecer a autonomia e a segurança da pessoa atendida. O sargramostim aparece nesse cenário como uma possível abordagem complementar, voltada à modulação da inflamação e da morte neuronal, mas ainda sem indicação aprovada para esse fim por agências regulatórias. Portanto, ele não substitui os remédios tradicionalmente utilizados, como inibidores de acetilcolinesterase e memantina, nem dispensa o suporte psicossocial e familiar.

Enquanto os estudos continuam, a recomendação dos especialistas é que o sargramostim permaneça restrito às indicações já autorizadas e aos protocolos de pesquisa, com acompanhamento rigoroso. Paralelamente, o avanço no entendimento dos marcadores sanguíneos e dos mecanismos inflamatórios ligados ao envelhecimento cerebral tende a influenciar o desenvolvimento de novas terapias. Nesse contexto, a investigação em torno desse medicamento contribui para ampliar o conhecimento sobre como o sistema imunológico, o sangue e o cérebro se relacionam na doença de Alzheimer, abrindo espaço para estratégias mais precisas no futuro.

Em suma, o cuidado com o paciente com Alzheimer continua a se basear em um conjunto de medidas: controle de fatores de risco cardiovascular, estímulo cognitivo e físico, suporte emocional, organização da rotina e uso criterioso de medicação. Então, caso o sargramostim ou outros moduladores imunológicos se confirmem como úteis, provavelmente eles vão se integrar a esse pacote de cuidados, e não atuar de forma isolada. Portanto, famílias e cuidadores devem manter diálogo constante com a equipe de saúde para entender quais intervenções já têm respaldo científico sólido em cada fase da doença.

FAQ – Perguntas frequentes sobre sargramostim e Alzheimer

1. O sargramostim já está disponível para tratar Alzheimer no dia a dia?
Não. As autoridades regulatórias ainda não aprovaram o uso do sargramostim especificamente para Alzheimer. Portanto, ele só entra em cena em protocolos de pesquisa ou nas indicações tradicionais, como apoio após quimioterapia e transplante de medula. Em suma, qualquer uso fora desses contextos deve ocorrer apenas em estudos clínicos autorizados.

2. O sargramostim cura a doença de Alzheimer?
Não. Os estudos atuais avaliam se o sargramostim pode desacelerar alguns mecanismos ligados à degeneração de neurônios e melhorar o desempenho cognitivo em curto prazo. Entretanto, não existem evidências de cura ou reversão completa da doença. Então, mesmo na pesquisa, ele se considera uma possível terapia modificadora ou complementar, e não uma solução definitiva.

3. Quem tem Alzheimer leve pode participar de pesquisas com sargramostim?
Em geral, muitos ensaios clínicos focam em pessoas com Alzheimer leve a moderado, porque nessa fase ainda existe maior reserva cognitiva e funcional. Porém, cada estudo define seus critérios de inclusão e exclusão. Portanto, interessados devem conversar com o neurologista ou geriatra, que pode orientar sobre centros de pesquisa ativos na região.

4. O sargramostim causa muitos efeitos colaterais?
Nos usos já estabelecidos, o sargramostim pode provocar reações como febre, dor óssea, fadiga, dor de cabeça e alterações gastrointestinais. Entretanto, a frequência e a intensidade variam bastante entre os indivíduos. Em suma, os estudos em Alzheimer avaliam não só se o medicamento traz benefício cognitivo, mas também se o perfil de segurança se mantém aceitável em pessoas idosas com comorbidades.

5. Outros remédios imunológicos também estão em estudo para Alzheimer?
Sim. Pesquisadores investigam anticorpos monoclonais contra o beta-amiloide, drogas que modulam a atividade de microglia (as células de defesa do cérebro) e outras moléculas que regulam a inflamação. Portanto, o sargramostim integra um conjunto maior de estratégias que enxergam o Alzheimer não apenas como doença de proteína anômala, mas como resultado de interação complexa entre imunidade, vasos sanguíneos e envelhecimento.

6. O que a família pode fazer hoje, enquanto aguarda novos tratamentos?
Enquanto as pesquisas avançam, a família pode focar em medidas já comprovadas: controle de pressão, diabetes e colesterol; manutenção de sono adequado; prática regular de atividade física adaptada; estímulo cognitivo com leitura e jogos; socialização frequente; e ambiente seguro e organizado. Então, essas ações, quando combinadas a acompanhamento médico regular, costumam retardar complicações e melhorar a qualidade de vida, independentemente do uso futuro de medicamentos como o sargramostim.

Tags: Alzheimermedicamentoneurôniosnovo medicamentoremédio
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