Ter animais de estimação em casa representa mais do que uma simples companhia, especialmente para pessoas acima dos 50 anos. Pesquisas científicas vêm indicando que a relação entre ser humano e pet pode impactar de forma positiva vários aspectos da saúde mental. Entre esses benefícios, destaca-se a influência sobre as funções mentais, que pode ajudar a retardar processos naturais de envelhecimento cerebral.
Um estudo de universidades suíças analisou informações de adultos com mais de meio século de vida, avaliando os efeitos da convivência com diferentes espécies domésticas. O levantamento, feito a partir de dados colhidos por quase duas décadas, aponta uma conexão clara entre o contato regular com cães ou gatos e a preservação da capacidade cognitiva, além de possíveis ganhos no bem-estar emocional e físico.
Por que os animais de estimação contribuem para a saúde mental?
A presença de um animal doméstico em casa envolve uma rotina de cuidados, afetos e interações constantes. Esses fatores têm o potencial de estimular áreas do cérebro responsáveis pela memória, linguagem e socialização. No caso dos cães, observou-se um impacto direto na realização de tarefas que envolvem lembrar informações, tanto em curto quanto em longo prazo. Entre donos de gatos, o ritmo de perda na capacidade de comunicação tende a ser menor.
A explicação para essa diferença de benefícios quando comparada a outros tipos de animais está relacionada ao grau de envolvimento que cães e gatos exigem de seus tutores. Essa interação frequente pode estimular funções cerebrais essenciais, auxiliando na manutenção da saúde mental em etapas mais avançadas da vida.

Como a companhia de pets pode ajudar na prevenção do declínio cognitivo?
Especialistas destacam que manter-se ativo física e socialmente é fundamental para proteger as habilidades cognitivas. A companhia de um cão, por exemplo, favorece caminhadas regulares e promove encontros com outras pessoas durante passeios, estimulando o convívio social. Já os gatos, apesar de menos dependentes, contribuem para reduzir a sensação de isolamento e incentivam rotinas de afeto e organização.
- Maior interação social: Animais impulsionam o contato com vizinhos e familiares.
- Estímulo à atividade física: Cães incentivam as caminhadas ou brincadeiras diárias.
- Rotina estruturada: A necessidade de alimentar, higienizar e brincar gera compromisso diário.
- Redução do estresse: O contato físico e a troca de afeto diminuem sintomas de ansiedade.
Quais espécies de pets apresentam maiores benefícios para a saúde mental?
O estudo realizado evidenciou que cães e gatos se destacam na influência positiva sobre a função cerebral de seus tutores envelhecentes. Outras espécies, como pássaros ou pequenos roedores, não demonstraram o mesmo efeito significativo nas habilidades mentais. A justificativa está na intensidade e qualidade da interação. Enquanto cães e gatos exigem mais envolvimento, outras espécies acabam não proporcionando estímulos suficientes para desencadear benefícios semelhantes.
Além disso, o contato regular com esses animais amplia as oportunidades de vivências prazerosas, fator já amplamente reconhecido como protetor contra o desenvolvimento de quadros de depressão e ansiedade em idosos. Ou seja, cuidar de um animal pode ser uma estratégia simples e eficaz para promover saúde mental e qualidade de vida.

Existem limitações nesses achados?
Embora os resultados sejam promissores, os especialistas alertam que mais estudos são necessários para detalhar a relação entre pets e preservação da cognição. Questões como intensidade da convivência, estado de saúde dos tutores e até diferenças culturais podem influenciar os desdobramentos desse vínculo. Ainda assim, os dados atuais apontam para o potencial positivo da presença animal no cotidiano de pessoas maduras.
- Mantendo uma rotina de cuidados básicos com o animal, o indivíduo tende a se manter mais ativo.
- O relacionamento com o pet pode ser um convite à socialização e à prática de atividades físicas.
- A troca de afeto cotidiana contribui para suavizar sentimentos de solidão, comuns nessa fase da vida.
Com informações que seguem sendo atualizadas e analisadas mundialmente, a convivência com animais de estimação consolida-se como um ponto de interesse em debates sobre envelhecimento saudável. Considerando-se o contexto contemporâneo e o crescimento da população idosa, a presença de pets desponta como uma alternativa acessível para o estímulo de funções cognitivas e emocionais.










