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Álcool e demência: até doses leves podem prejudicar o cérebro

Por Daniel
30/09/2025
Em Saúde
Bebida alcoolica

Bebida alcoolica - depositphotos.com/AllaSerebrina

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Ao longo dos anos, relatos sobre os potenciais riscos associados ao uso de álcool ganham destaque em estudos científicos e discussões de saúde pública. Nos últimos tempos, um estudo de grande impacto realizado por pesquisadores de Oxford, Yale e Cambridge aprofundou a análise sobre os efeitos do álcool no desenvolvimento de demência. Assim, as recentes descobertas chamam atenção porque apontam que até mesmo quantidades consideradas pequenas da substância prejudicam a saúde neurológica a longo prazo.

A pesquisa analisou dados de mais de 559 mil pessoas acompanhadas durante até 12 anos. Além disso, a equipe fez uma análise genética de mais de 2,4 milhões de indivíduos. Por meio desse amplo levantamento, os cientistas buscaram compreender de que forma o consumo de álcool, mesmo em doses leves, impacta o risco de surgimento da demência. Também investigaram a relação entre genética, padrões de consumo e predisposição ao problema.

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Uma lata de cerveja, uma taça de vinho ou dose de destilado já impacta o risco de demência – depositphotos.com/AllaSerebrina

O álcool realmente aumenta o risco de demência?

Os resultados trazem novas evidências sobre a ligação entre bebidas alcoólicas e perdas cognitivas. Segundo a psiquiatra Anya Topiwala, principal autora da pesquisa, os dados analisados não mostram efeito protetor do álcool, nem mesmo em níveis considerados leves ou moderados. Na verdade, o risco de desenvolver demência cresce conforme aumenta a quantidade ingerida. Ou seja, o estudo contraria suposições anteriores sobre possíveis benefícios de doses moderadas.

O artigo publicado no periódico BMJ Evidence-Based Medicine destaca que consumir mais de 40 doses semanais apresenta correlação com risco 41% mais elevado de demência em comparação com aqueles que bebem até sete doses por semana. Além disso, quem apresenta dependência alcoólica tem ainda maior probabilidade de diagnóstico, chegando a uma diferença de até 51%. Os cientistas também ressaltam que elevações pequenas no padrão de consumo, como passar de uma para três doses semanais, já resultam em risco acrescido de 15%. Dessa forma, não existe margem de segurança identificada.

Existe alguma quantidade segura para o cérebro?

A Organização Mundial da Saúde (OMS) reforça que nenhum nível de consumo de álcool pode ser considerado isento de risco. A entidade destaca o papel causal do álcool em mais de 200 doenças, lesões e condições de saúde diversas. Entre elas, estão alterações neurocognitivas como a demência. Para fins de estudo, uma dose padrão equivale a uma lata de cerveja (350 ml), uma taça de vinho (150 ml) ou uma dose de destilado (45 ml). Ou seja, até pequenas quantidades já conseguem influenciar negativamente o funcionamento cerebral.

  • Alto consumo: Mais de 40 doses por semana
  • Consumo leve: Até 7 doses por semana
  • Riscos notados: O risco cresce gradualmente conforme aumentam as doses e não há limiar seguro identificado
Estudos mostram que doses elevadas ou dependência aumentam significativamente o risco de demência – depositphotos.com/monticello

Como o estudo investigou o impacto?

Para chegar às conclusões, os pesquisadores combinaram informações de prontuários médicos com dados genéticos de grandes biobancos dos Estados Unidos e Reino Unido. Um destaque da análise envolve o uso de métodos avançados que diferenciam correlação de causalidade, algo relevante em pesquisas epidemiológicas. Os resultados da abordagem genética mostram que pessoas com predisposição genética para consumo ou dependência de álcool têm maior risco de desenvolver demência. Eles descartam, portanto, a ideia de que fatores externos isolados explicam esse cenário.

  1. Coleta extensiva de dados de saúde de mais de meio milhão de participantes
  2. Identificação de padrões de consumo e diagnóstico de demência ao longo de vários anos
  3. Análise genética independente em dezenas de estudos mundiais, totalizando mais de 2 milhões de casos

Os autores destacam que a maior parte das análises ocorre em populações de origem europeia, o que pode limitar a generalização para outros grupos. Ademais, a dependência de prontuários eletrônicos pode gerar pequenas variações nos diagnósticos. Entretanto, esses fatores não comprometeram a força das conclusões observadas.

Quais as possíveis estratégias para prevenir demência associada ao álcool?

Diante das evidências, pesquisadores e organizações de saúde recomendam políticas públicas para diminuir a prevalência do alcoolismo. Além disso, reforçam a importância de conscientizar a população sobre os riscos das bebidas alcoólicas. Campanhas educativas, restrições de propaganda, regulamentação de locais de venda e incentivo a estilos de vida saudáveis representam medidas que governos e instituições podem implementar.

No dia a dia, a redução no consumo de álcool representa uma estratégia eficaz para promover a saúde cerebral. Isso impacta tanto a qualidade de vida individual como a saúde coletiva e ajuda a combater a demência. Para especialistas, informar as pessoas sobre os perigos do uso até mesmo esporádico de álcool nunca foi tão fundamental. Afinal, a demência representa um desafio crescente para os sistemas de saúde do mundo.

Com essas informações, torna-se possível compreender o papel do álcool como fator de risco para a demência. O tema destaca a urgência de escolhas conscientes e de discussões aprofundadas sobre hábitos de consumo e suas consequências, principalmente diante de novos achados científicos. Em suma, os resultados sugerem que qualquer quantidade de álcool pode oferecer riscos para a saúde cerebral. Por fim, adotar um estilo de vida saudável fortalece a prevenção de doenças neurodegenerativas e melhora o bem-estar geral.

Tags: álcoolconsumo de bebidasDemênciaperda cognitivasaúde cerebral
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