O taperebá, também conhecido em algumas regiões como cajá, é uma fruta amplamente consumida e valorizada na região amazônica do Brasil. Sua polpa suculenta e sabor marcante tornam esse fruto uma opção frequente em mercados, feiras e cozinhas pelo Norte do país. Além disso, com perfil nutritivo único, o taperebá conquistou espaço, tanto na tradição local quanto em mercados mais amplos, despertando o interesse de quem deseja conhecer mais sobre a riqueza da biodiversidade amazônica. Além do uso alimentar, a fruta também é objeto de estudos científicos em áreas como farmacologia e conservação, devido à presença de compostos bioativos e ao seu potencial econômico sustentável.
A aparência do taperebá chama atenção: pequenos frutos amarelos, redondos ou ovais, agrupados em cachos. Ademais, o aroma e o sabor intenso lembram uma mistura de acidez e doçura, que agrada diversos paladares. Desde 2024, observa-se crescimento na exportação da fruta para outras regiões do Brasil e até mesmo para o exterior, contribuindo para o reconhecimento nacional desse alimento amazônico. O taperebá também começa a aparecer em receitas de chefs renomados e em concursos gastronômicos, levando a culinária amazônica para novos públicos.
As características do taperebá
O taperebá, palavra de origem tupi que significa “fruto do taperebaizeiro”, nasce em árvores de médio porte encontradas em matas e beiras de rios. O nome científico, Spondias mombin, é referência também para outros nomes populares da fruta, a depender da localidade. A coloração amarela intensa do fruto maduro indica que está pronto para colher. Muitas vezes, a coleta acontece diretamente do solo, logo após a queda natural.
A casca fina envolve uma polpa bastante suculenta, com alto teor de vitamina C, fibras e compostos antioxidantes. O caroço interno é robusto e não é consumido, mas serve para mudas nas comunidades ribeirinhas. Além disso, pesquisas recentes mostram que o caroço do taperebá possui óleos essenciais úteis para as indústrias cosmética e farmacêutica. Além de beneficiar a alimentação, o taperebá apresenta potencial na indústria de sucos, geleias e licores, ampliando as formas de aproveitamento do fruto.

Os usos culinários e tradicionais do taperebá
Na culinária regional, o taperebá aparece em uma grande variedade de preparos. O suco fresco é um dos mais conhecidos, feito ao bater a polpa com água e açúcar. Bebidas derivadas, como sorvetes e drinques, também ganham espaço em estabelecimentos gastronômicos especializados na cultura amazônica. Em algumas receitas, a fruta integra compotas, doces tradicionais, molhos para carnes e até mesmo pratos salgados. O vinagre de taperebá, produto artesanal feito com a fermentação da polpa, também é valorizado por seu sabor marcante e propriedades digestivas.
- Suco de taperebá, servido bem gelado, é de consumo diário em cidades amazônicas.
- Geleias e compotas de taperebá aparecem em feiras e festivais culturais locais.
- Sorvetes artesanais vêm ganhando destaque no turismo gastronômico regional.
No contexto medicinal popular, moradores da região costumam preparar xaropes caseiros com a polpa da fruta, seja para refresco ou para aliviar sintomas de garganta. Inclusive, os usos tradicionais do taperebá passam entre gerações, mantendo vivas as práticas culturais associadas ao fruto. Dentre outros usos tradicionais, destaca-se ainda o aproveitamento de folhas e cascas da árvore em remédios caseiros, indicados para febres leves e problemas digestivos, conforme práticas relatadas por populações ribeirinhas.
Curiosidades sobre o taperebá
Além do valor alimentar, o taperebá apresenta curiosidades botânicas e culturais. As árvores são consideradas resistentes, adaptando-se a diferentes tipos de solo e períodos de cheia na Amazônia. O fruto é rico em vitaminas do complexo B, fósforo e ferro, tornando-o relevante para uma alimentação equilibrada. Estudos recentes apontam que o taperebá possui propriedades anti-inflamatórias e pode favorecer a saúde cardiovascular, devido à presença de fitoquímicos em sua composição. Polinizado por insetos como abelhas nativas, o cultivo do taperebá também contribui para a manutenção da biodiversidade local.
- Entre as espécies da família Spondias, o taperebá é uma das variedades mais cultivadas no Norte do Brasil.
- Na tradição local, acredita-se que a sombra das taperebazeiras atrai pequenos animais silvestres, beneficiando o ecossistema.
- A colheita é feita de forma manual, preservando os galhos da árvore e favorecendo novas safras.
- Nos últimos dez anos, estudos apontam o taperebá como alimento funcional, devido às propriedades antioxidantes presentes em sua polpa.
Com o avanço das pesquisas sobre plantas alimentícias nativas brasileiras, o taperebá ganhou relevância não apenas pelo sabor, mas também pelo valor nutricional e pela presença em saberes tradicionais. Além disso, o fortalecimento de práticas agroecológicas e o respeito ao seu ciclo de produção garantem que a fruta continue sendo símbolo de identidade e riqueza regional na Amazônia em 2025. A valorização do taperebá ainda pode nota-se em iniciativas de turismo comunitário, cursos de gastronomia regional e em projetos de educação ambiental nas escolas da região amazônica.










