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Natimortalidade é maior em regiões pobres do Brasil

Por Larissa
14/11/2025
Em Sociedade
Estudo aponta alta natimortalidade em áreas pobres do Brasil

Créditos: depositphotos.com / Photodjo

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O risco de natimortalidade no Brasil apresenta disparidades significativas de acordo com fatores socioeconômicos, evidenciando uma situação preocupante principalmente em municípios considerados mais vulneráveis. Um estudo realizado por instituições nacionais e internacionais, com destaque para a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), demonstrou que, em locais com pior situação de renda, escolaridade e moradia, o risco de morte fetal durante a gestação ou parto é consideravelmente mais alto. Portanto, a análise traz à tona a importância de entender como diferentes níveis de privação impactam a saúde materna e fetal. Ademais, compreender esses fatores é fundamental para a formulação de políticas públicas eficazes.

Panorama das taxas de natimortalidade e desigualdades regionais

Números atualizados revelam que, mesmo com avanços em saúde pública ao longo dos últimos anos, nem todas as cidades conseguiram reduzir de forma significativa as taxas de natimortalidade. O estudo, conduzido com a colaboração da Fiocruz, avaliou quase vinte anos de dados e mostrou manutenção do risco em regiões carentes. Em contraste, há uma queda notável em áreas com melhores condições. Além disso, fatores como investimento contínuo em infraestrutura e políticas de saúde específicas contribuíram para essa diferença, evidenciando o papel decisivo de políticas públicas direcionadas.

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Diferença no acesso aos cuidados de saúde perinatal

Além disso, os dados sugerem que os esforços voltados para a saúde perinatal passaram a ter alcance desigual. Consequentemente, a desigualdade regional permanece um desafio central a ser enfrentado no contexto brasileiro da saúde materno-infantil. A disparidade se reflete não apenas nos números absolutos, mas também na qualidade do atendimento prestado em áreas vulneráveis. Por esse motivo, torna-se essencial reforçar estratégias que visem a equidade na saúde.

Principais fatores que influenciam a natimortalidade em áreas vulneráveis

Dificuldades no acesso aos serviços de saúde

Municípios com elevados índices de privação geralmente concentram populações sujeitas a uma série de obstáculos para acessar cuidados médicos adequados. Entre os fatores que elevam a natimortalidade estão a distância geográfica até unidades de saúde equipadas, a falta de estrutura em estabelecimentos locais e a carência de profissionais qualificados para atender casos complexos. Assim, tais elementos dificultam não só o acesso ao atendimento durante o parto, mas também uma vigilância pré-natal eficiente, fator crítico, especialmente em gestantes de alto risco. Além disso, a ausência de transporte adequado pode agravar ainda mais essas dificuldades.

Barreiras socioeconômicas e outros determinantes sociais

Além das barreiras estruturais, a ausência de políticas eficazes de apoio social e melhoria das condições de vida interfere negativamente na reversão do cenário em locais vulneráveis. Isso inclui saneamento básico insuficiente, moradias precárias e baixa escolaridade da população materna. Por conseguinte, tais fatores estão frequentemente associados a riscos maiores de desfechos negativos na gestação e no parto. Em suma, os determinantes sociais são essenciais para compreender e solucionar as disparidades encontradas. Não menos importante, a insegurança alimentar e o acesso limitado a informações de saúde acabam contribuindo ainda mais para o agravamento da situação, impactando diretamente a saúde das mães e dos bebês. Por outro lado, políticas de transferência de renda podem atenuar parte desses riscos.

O papel do Índice Brasileiro de Privação na natimortalidade

Como o Índice Brasileiro de Privação está relacionado à natimortalidade?

A pesquisa, liderada pela Fiocruz em parceria com outras instituições, utilizou o Índice Brasileiro de Privação para avaliar a influência de fatores socioeconômicos sobre a saúde materno-infantil. Esse indicador agrupa informações sobre renda, educação e condições de habitação. Ele classifica os municípios brasileiros em diferentes níveis de privação. Dessa forma, a análise permitiu identificar que os locais mais carentes apresentaram taxas consistentes e elevadas de natimortalidade entre 2000 e 2018. Em outras palavras, as desigualdades sociais se refletem diretamente nos desfechos de saúde materna e fetal.

Diferenças regionais conforme o índice de privação

  • Em 2018, as cidades com maior nível de privação registraram 11,8 natimortos para cada mil nascimentos.
  • Já os municípios com melhores indicadores ficaram com uma taxa de 7,5 natimortos a cada mil nascimentos.
  • A média registrada no país foi de 9,6 natimortos por mil nascimentos.

O cruzamento desses dados reforça a relevância das condições socioeconômicas como determinantes do risco de natimorte. Além disso, serve de orientação para a elaboração de políticas públicas focadas em reduzir essas diferenças regionais. Portanto, usar o Índice Brasileiro de Privação como ferramenta de monitoramento pode guiar ações mais precisas e eficazes. Dessa maneira, promove-se equidade em saúde perinatal ao direcionar recursos e estratégias para os territórios que mais necessitam. Outrossim, gestores públicos conseguem avaliar o impacto de medidas adotadas ao longo do tempo.

Estratégias para diminuir a natimortalidade em regiões vulneráveis

Melhoria do acesso e qualidade do atendimento de saúde

Diante desse quadro, especialistas destacam que apenas avanços em saúde não são suficientes para enfrentar o problema. Por isso, ações integradas, que envolvam melhoria de acesso e qualidade aos serviços de saúde, especialmente em áreas rurais e remotas, são fundamentais. É fundamental investir em infraestrutura, capilarização da rede de atendimento e qualificação de equipes multidisciplinares. Ainda, a colaboração intersetorial é fundamental para responder rapidamente a situações de emergência e garantir suporte adequado às gestantes. Ademais, incentivos à fixação de profissionais de saúde nessas áreas podem contribuir para maior estabilidade do atendimento.

  1. Expansão do atendimento pré-natal, garantindo cobertura integral e acompanhamento de gestantes durante toda a gravidez.
  2. Operacionalização de transporte adequado para usuários de áreas distantes dos centros de saúde.
  3. Capacitação contínua de profissionais, incluindo treinamentos em situações de emergência obstétrica.
  4. Promoção de campanhas educativas sobre saúde materno-infantil e direitos das gestantes.

Intervenções fora do setor saúde

Além disso, intervenções fora do campo da saúde, como fortalecimento das redes de educação básica e ampliação do saneamento, surgem como componentes essenciais para diminuir o risco de natimorte. O alinhamento dessas políticas públicas, considerando a realidade de cada município, amplia a possibilidade de prevenir perdas evitáveis e melhorar a qualidade de vida das famílias. Políticas de transferência de renda, programas de apoio à alimentação e incentivo à educação feminina também se mostram estratégias eficazes para reduzir o impacto negativo da desigualdade socioeconômica. Por conseguinte, a integração de políticas intersetoriais é decisiva para avançar na equidade e nas oportunidades de sobrevivência perinatal em todo o território brasileiro.

Importância do monitoramento e novas tecnologias

O estudo destaca a necessidade constante de monitoramento dos indicadores e de ações específicas em áreas com maiores desafios. Assim, reafirma-se o papel do acompanhamento dos determinantes sociais como caminho para reduzir desigualdades e promover melhores resultados em saúde perinatal no cenário brasileiro. Avanços recentes em tecnologia, como sistemas informatizados de vigilância e uso ampliado de telemedicina, vêm auxiliando em diagnósticos precoces e no acompanhamento remoto de gestantes em áreas isoladas. Ademais, ferramentas digitais para registro e acompanhamento de dados facilitam a identificação de demandas prioritárias. Investir em sistemas de informação e vigilância pode ser uma maneira sustentável de garantir avanços contínuos e permanentes no combate à natimortalidade.

Perguntas Frequentes (FAQ) sobre Natimortalidade no Brasil

  • O que é considerado natimorto segundo a definição brasileira?
    No Brasil, considera-se natimorto todo feto que nasce sem vida após 22 semanas de gestação ou com peso igual ou superior a 500 gramas, segundo critérios do Ministério da Saúde e da OMS. Esta classificação ajuda a padronizar as estatísticas e estudos sobre o tema em todo o país.
  • Quais profissionais podem atuar na prevenção da natimortalidade?
    Médicos obstetras, enfermeiros, agentes comunitários de saúde, assistentes sociais e nutricionistas, entre outros, fazem parte das equipes interdisciplinares responsáveis por acompanhar gestantes e garantir um pré-natal eficiente. Além disso, psicólogos podem ser importantes no suporte emocional das gestantes.
  • Existe diferença entre natimortalidade e mortalidade neonatal?
    Sim. A natimortalidade refere-se à morte fetal antes do nascimento, geralmente após 22 semanas de gestação. Por outro lado, a mortalidade neonatal inclui óbitos de recém-nascidos nos primeiros 28 dias de vida.
  • Os avanços tecnológicos podem ajudar na redução da natimortalidade?
    Certamente. A implementação de tecnologias em saúde, como telemedicina para acompanhamento remoto de gestantes e exames de ultrassom portáteis, amplia o acesso a diagnóstico precoce em áreas remotas. Isso pode contribuir para diminuir riscos.
  • As condições emocionais maternas podem influenciar o risco de natimortalidade?
    Com toda certeza. Fatores emocionais e psicológicos, como estresse crônico, depressão e falta de suporte social, podem impactar negativamente a saúde materna e fetal. Portanto, há necessidade de atenção especial nesse aspecto do cuidado.
  • Quais regiões do Brasil apresentam os maiores índices de natimortalidade?
    Em geral, as regiões Norte e Nordeste concentram os maiores índices, reflexo de maiores níveis de privação e desigualdades sociais. Enquanto isso, cidades do Sul e Sudeste apresentam as menores taxas no contexto nacional.
  • Como acompanhar indicadores de natimortalidade?
    O público pode acompanhar dados oficiais atualizados por meio do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc) e do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), ambos disponibilizados pelo Ministério da Saúde. Aliás, diversos relatórios periódicos são divulgados para consulta pública.
  • Qual a importância da educação continuada dos profissionais de saúde?
    A atualização frequente garante que protocolos mais recentes e melhores práticas possam ser aplicados. Isso reduz falhas assistenciais e eleva o padrão de cuidado às gestantes. Além disso, contribui para a redução de desigualdades regionais no atendimento.

Tags: BrasilgestantesaúdeSociedade
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