Nos últimos anos, o Brasil tem registrado um aumento expressivo nas tentativas de fraude envolvendo documentos pessoais, impulsionado tanto pela popularização do comércio eletrônico quanto pela presença crescente de instituições financeiras digitais. Esses crimes apresentam métodos cada vez mais sofisticados, utilizando dados de terceiros para aplicar golpes e se beneficiar de vulnerabilidades tecnológicas e processuais. O cenário tornou-se especialmente preocupante entre 2022 e 2025, com números que evidenciam não apenas a persistência, mas também a evolução dessa ameaça ao cotidiano dos brasileiros. Em suma, a fraude documental já é considerada um dos principais desafios atuais da segurança digital no país.
O avanço das plataformas digitais facilitou operações financeiras e compras on-line, porém abriu caminho para que golpistas encontrem novas formas de agir. Estimativas recentes apontam para uma escalada: de pouco mais de 19 mil tentativas identificadas em 2022, o país registrou mais de 51 mil tentativas de fraude documental somente no acumulado de 2025. Portanto, esse crescimento alerta para a necessidade de ampliar mecanismos de segurança e conscientizar a população sobre os riscos e estratégias de prevenção, além de impulsionar o desenvolvimento de tecnologias antifraude em larga escala.
O que explica o aumento das fraudes com documentos em 2025?
O crescimento das fraudes com documentos pode ser atribuído a uma série de fatores, entre eles a digitalização dos serviços bancários, a diversificação dos meios de pagamento e a multiplicidade de versões dos principais documentos de identificação. A presença de diferentes tipos de Registro Geral (RG) em circulação, por exemplo, amplia o risco de manipulação, já que as versões antigas convivem com a Carteira de Identidade Nacional (CIN), cuja adoção ocorre de forma gradual em todo o país.
Além disso, a facilidade para acessar e manipular informações na internet amplia a superfície de ataque dos fraudadores. A comparação de dados do período mostra que, enquanto as tentativas cresceram em todos os anos, 2023 foi o ano mais crítico, com mais de 66 mil ações suspeitas registradas. O quadro leva empresas especializadas a investir em soluções que unem tecnologia avançada e análise humana para combater a fraude de maneira mais eficiente. Atualmente, sistemas de inteligência artificial, reconhecimento biométrico e algoritmos de machine learning estão entre as principais ferramentas utilizadas para identificar padrões de fraude e fortalecer as barreiras contra golpistas.
Quais são os documentos mais visados nos golpes?
O Registro Geral (RG) segue como o documento preferido entre os criminosos, respondendo por aproximadamente 84% dos ataques em 2025. Em suma, a grande variedade de layouts e padrões dificulta a padronização da verificação, tornando-o alvo constante. Já a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) ganhou destaque, aumentando sua participação nos casos de fraude de 8% em 2022 para 14% em 2025. A CNH, por ser amplamente aceita em cadastros e em transações tanto presenciais quanto digitais, passou a ocupar papel relevante nas tentativas de falsificação e uso indevido.
Outros documentos frequentemente utilizados pelos fraudadores incluem carteiras de trabalho e passaportes, contudo em menor escala comparado ao RG e à CNH. Entretanto, a preferência pode variar conforme o tipo de crime e a exigência das empresas ou instituições envolvidas. Portanto, a tendência é que os mecanismos de controle sejam constantemente atualizados para acompanhar as estratégias dos golpistas.
Como é feito o combate às fraudes com documentos?
O combate a fraudes com documentos envolve o uso de tecnologias específicas, como a Documentoscopia, que integra métodos automatizados e análise especializada. As principais etapas nesse processo incluem:
- Verificação automatizada do documento apresentado;
- Captura assistida de imagens para eliminar interferências;
- Extração de dados via OCR (Reconhecimento Óptico de Caracteres);
- Análise de autenticidade realizada por especialistas em documentação.
De acordo com empresas atuantes na área, a combinação entre inteligência artificial e intervenção humana pode atingir até 98% de precisão na identificação de fraudes. Em 2025, soluções desse tipo permitiram analisar mais de 11 milhões de documentos em todo o território nacional, beneficiando não apenas bancos e lojas virtuais, mas também o setor público e outras organizações. Em suma, o aprimoramento dessas ferramentas é impulsionado pelo constante aperfeiçoamento das técnicas de falsificação, exigindo atualização constante e treinamentos para profissionais do setor. Além disso, a colaboração entre empresas, órgãos públicos e autoridades policiais vem sendo fundamental para o compartilhamento rápido de informações sobre ameaças emergentes.
Quais cuidados devem ser adotados para evitar fraudes com documentos?
Redobrar a atenção ao compartilhar informações pessoais é o primeiro passo para evitar golpes. Recomenda-se, por exemplo:
- Evitar enviar fotos de documentos por aplicativos de mensagem e redes sociais;
- Desconfiar de solicitações de dados feitas por e-mail ou telefone sem confirmação da identidade do solicitante;
- Utilizar senhas fortes e autenticação em dois fatores sempre que possível;
- Monitorar movimentações bancárias e financeiras regularmente;
- Reportar imediatamente qualquer uso indevido das informações pessoais aos órgãos competentes.
Empresas também estão investindo na educação dos seus clientes, incentivando boas práticas na proteção dos dados e na verificação dos meios de comunicação utilizados para contato. O objetivo é reduzir as chances de sucesso dos golpistas e garantir maior segurança nas operações digitais. Então, o fortalecimento da cultura de prevenção se mostra tão importante quanto as ferramentas tecnológicas.
À medida que a sociedade avança na digitalização dos processos cotidianos, o risco de fraude documental cresce em paralelo. Assistir ao combate a esse tipo de crime depende tanto do desenvolvimento de soluções tecnológicas quanto da colaboração coletiva, envolvendo autoridades, empresas e cidadãos na constante vigilância e aprimoramento das práticas de segurança. Portanto, a soma de esforços é indispensável para frear o avanço das fraudes documentais.
Perguntas Frequentes (FAQ) sobre fraudes de documentos no Brasil
- Quais são os principais sinais de que um documento pode ter sido fraudado?
- Os principais sinais incluem diferenças sutis no layout, fontes ou cores, ausência de elementos de segurança (como hologramas ou marcas d’água), rasuras ou informações desencontradas. Em suma, analisar detalhes do documento e compará-lo com um modelo oficial pode ajudar a detectar fraude.
- Quais setores estão mais expostos ao risco de fraudes documentais?
- Bancos, fintechs, e-commerce, seguradoras, empresas de telefonia e locadoras de veículos estão entre os mais expostos, uma vez que dependem de processos digitais de identificação. Portanto, estes setores investem cada vez mais em soluções de verificação documental.
- O que é o “phishing” e como ele está relacionado às fraudes documentais?
- Phishing é uma técnica de engenharia social que visa obter dados pessoais por meio de enganos, como e-mails ou sites falsos. Documentos pessoais roubados via phishing frequentemente alimentam esquemas de fraude documental. Então, o cuidado ao clicar em links e compartilhar informações é fundamental.
- Como recuperar prejuízos após ser vítima de fraude documental?
- É importante registrar boletim de ocorrência, notificar bancos e instituições envolvidas e solicitar bloqueio imediato das contas potencialmente afetadas. Além disso, recomenda-se procurar órgãos de proteção ao consumidor e acompanhar de perto qualquer movimentação suspeita.
- Qual a tendência para os próximos anos em relação às fraudes com documentos no Brasil?
- A tendência é de crescimento das tentativas, principalmente devido à digitalização contínua dos serviços. Entretanto, a evolução das tecnologias de segurança, como inteligência artificial e biometria, promete tornar os golpes cada vez mais difíceis de serem executados. Portanto, o futuro exigirá vigilância redobrada e atualização permanente dos protocolos de proteção.










