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Canetas emagrecedoras: entenda as causas e como usar o GLP-1

Por Larissa
05/12/2025
Em Bem-estar, Saúde
Canetas emagrecedoras: entenda as causas e como usar o GLP-1

Créditos: depositphotos.com / ariteguhas@gmail.com

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Medicamentos à base de GLP-1, também conhecidos popularmente como canetas emagrecedoras, usados para controle de peso e de glicemia, hoje fazem parte da rotina de consultórios e de muitos debates sobre saúde metabólica. Ainda assim, muitas pessoas seguem com dúvidas sobre o que esses remédios fazem no organismo, quem pode se beneficiar mais e quais cuidados precisam considerar antes de iniciar o tratamento. No dia a dia, o uso dessas medicações costuma envolver uma avaliação detalhada da história clínica e das metas de saúde de cada pessoa, para que o plano seja o mais individualizado possível. Além disso, o contexto de vida, o histórico de tentativas anteriores de emagrecimento e o uso de outros medicamentos também entram nessa análise.

De forma geral, os agonistas do receptor de GLP-1 imitam a ação de um hormônio intestinal que ajuda a regular o apetite e os níveis de açúcar no sangue. Ao prolongar a sensação de saciedade e reduzir a fome, podem auxiliar tanto no controle do diabetes tipo 2 quanto na perda de peso. Especialistas reforçam, porém, que esses fármacos não substituem alimentação equilibrada, prática de atividade física e outros hábitos de vida considerados saudáveis. Também vale lembrar que se tratam de medicamentos de uso controlado, que exigem prescrição e acompanhamento médico individualizado, e não servem para “emagrecimento rápido” ou por curiosidade estética sem critério clínico.

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Como funcionam os medicamentos GLP-1 no organismo?

A terapia com GLP-1, atua em diferentes frentes. No pâncreas, estimula a liberação de insulina em resposta à glicose, ajudando a manter a glicemia em faixas adequadas. Já no estômago, desacelera o esvaziamento gástrico, o que contribui para uma sensação de estômago cheio por mais tempo. No sistema nervoso central, age em áreas ligadas à fome e à saciedade, diminuindo o impulso de comer em excesso e o chamado “ruído alimentar”, quando pensamentos sobre comida aparecem com muita frequência.

Além dessas ações, esses medicamentos também reduzem a produção de glucagon, hormônio que aumenta a glicose no sangue, o que favorece maior estabilidade glicêmica ao longo do dia. Alguns estudos sugerem ainda benefícios adicionais, como leve redução da pressão arterial, melhora de marcadores de inflamação e possível proteção cardiovascular em pessoas com alto risco, embora esses efeitos variem conforme a molécula utilizada e o perfil do paciente. Pesquisas mais recentes investigam potenciais impactos sobre fígado gorduroso, esteatose associada à obesidade e risco de progressão para doenças cardiovasculares mais graves. Em paralelo, grupos de pesquisa avaliam também como diferentes doses e combinações de fármacos podem modular esses efeitos, assim como as diferenças entre moléculas mais novas, como agonistas duplos (GLP-1/GIP), e as primeiras gerações de GLP-1.

Esses efeitos combinados ajudam a explicar por que os medicamentos GLP-1 para emagrecimento  ganharam espaço em protocolos voltados à obesidade e a problemas metabólicos. A resposta ao tratamento, porém, varia bastante entre indivíduos. Por esse motivo, o médico costuma ajustar a dose de forma gradual, observando tanto os resultados metabólicos quanto a tolerância do organismo aos efeitos adversos, que podem aparecer com mais intensidade nas primeiras semanas. Em muitos casos, a equipe também incentiva o registro de sintomas e da rotina alimentar para facilitar esses ajustes, além de orientar sobre sinais de alerta que exigem contato precoce com o serviço de saúde.

GLP-1 para emagrecer: para quem esse tratamento costuma ser indicado?

A decisão de iniciar um remédio GLP-1 para perda de peso — via comprimidos ou, mais comumente, via canetas emagrecedoras — costuma levar em conta fatores como índice de massa corporal (IMC), presença de comorbidades e impacto dos sintomas na qualidade de vida. De modo geral, esses fármacos entram em consideração para pessoas com obesidade ou sobrepeso associado a condições como diabetes tipo 2, hipertensão, apneia do sono, alterações de colesterol ou alto risco cardiovascular. Além disso, o histórico familiar de doenças metabólicas e cardiovasculares também pode influenciar a indicação.

Mesmo em casos de IMC mais elevado sem outras doenças, o tratamento com GLP-1 pode ser analisado quando o excesso de peso interfere em aspectos práticos do dia a dia, como mobilidade, sono ou bem-estar funcional. Já em quadros de diabetes tipo 2, esses medicamentos podem ser indicados tanto para melhorar o controle glicêmico quanto para favorecer uma redução progressiva de peso, o que tende a colaborar com o manejo global da doença. Nesses cenários, o objetivo vai além do emagrecimento: busca-se reduzir complicações futuras, como doença renal, problemas de visão e eventos cardiovasculares. Em algumas pessoas, esse controle mais amplo também permite simplificar esquemas de outros remédios ao longo do tempo, com redução gradual de doses de insulina ou de medicamentos orais quando clinicamente possível.

Existem também situações em que o uso se torna desencorajado ou contraindicado. Entre elas, histórico pessoal ou familiar de carcinoma medular de tireoide, presença de síndrome MEN2, episódios recorrentes de pancreatite sem causa definida, gestação ou tentativa ativa de engravidar. Já condições como gastroparesia, refluxo grave, retinopatia diabética ou algumas doenças gastrointestinais exigem avaliação cuidadosa antes de qualquer prescrição, com análise individual dos riscos e benefícios. Em todos esses casos, o diálogo com endocrinologista e, quando necessário, com outros especialistas é essencial.

Além disso, o uso em pessoas muito jovens, em idosos frágeis ou em indivíduos com histórico de transtornos alimentares deve passar por análise ainda mais cautelosa. Nesses grupos, a equipe de saúde procura evitar riscos desnecessários e garantir que o foco do cuidado permaneça na saúde integral, e não apenas no número da balança. Nessas situações, costuma-se envolver também nutricionistas e, quando indicado, profissionais de saúde mental. Essa abordagem integrada ajuda a ajustar expectativas, identificar sinais de alerta precoces e apoiar mudanças de estilo de vida de forma mais segura.

Quais são os principais efeitos colaterais e riscos dos remédios GLP-1?

Ao considerar a terapia com GLP-1 para obesidade, ou diabetes, uma parte importante da conversa com o profissional de saúde aborda os possíveis efeitos indesejáveis. Os mais frequentes são gastrointestinais, como:

  • Náusea, principalmente no início do tratamento;
  • Vômitos em alguns casos, especialmente com aumento rápido da dose;
  • Diarreia ou, em sentido oposto, constipação;
  • Desconforto ou dor abdominal leve a moderada.

Esses sintomas costumam influenciar o ritmo de titulação da medicação. Quando surgem de forma intensa, o médico pode sugerir manter a dose por mais tempo ou até reduzi-la temporariamente, para permitir melhor adaptação. Em pessoas com múltiplas comorbidades que tendem a melhorar com o uso de GLP-1 — como obesidade associada a diabetes e risco cardiovascular elevado —, o potencial de benefício pode superar o desconforto inicial provocado pelos efeitos colaterais, desde que exista monitorização próxima. Medidas simples, como fracionar refeições, hidratar-se bem e evitar alimentos muito gordurosos, também ajudam a diminuir esses incômodos.

Também é importante ficar atento a sinais de alerta menos comuns, como dor abdominal intensa e persistente (que pode sugerir pancreatite), piora súbita de visão em diabéticos com retinopatia pré-existente ou sintomas de desidratação devido a vômitos e diarreia prolongados. Embora raros, esses eventos exigem avaliação médica imediata e, em alguns casos, suspensão do medicamento. Em pacientes que usam outros remédios, como insulina ou sulfonilureias, o profissional também observa o risco de hipoglicemia e pode ajustar doses para maior segurança. Em paralelo, exames periódicos de sangue e, quando indicado, de imagem contribuem para monitorar a segurança do tratamento, incluindo função renal, hepática e, em contextos específicos, perfil lipídico.

Como saber se a terapia com GLP-1 está funcionando?

Definir metas claras de tratamento é outro ponto central ao decidir se um medicamento GLP-1 é adequado. Em diabetes tipo 2, a eficácia costuma ser acompanhada por exames de sangue, como hemoglobina glicada (A1C) e glicemias de jejum ou pós-prandiais. O profissional ajusta a dose até que os níveis de glicose se aproximem das metas combinadas entre paciente e equipe de saúde. Em alguns casos, monitorização domiciliar da glicemia também auxilia nessa avaliação.

Nos protocolos de GLP-1 o foco recai sobre a resposta do apetite, a redução das crises de compulsão e a sensação de saciedade ao longo do dia. A perda de peso pode acontecer em ritmos diferentes; ainda assim, sinais como menor consumo calórico, menos “beliscos” entre as refeições e melhora da energia cotidiana costumam indicar que o corpo está respondendo à medicação. Alguns profissionais também acompanham circunferência abdominal, composição corporal e parâmetros metabólicos, como colesterol e triglicerídeos. Dessa forma, não se observa apenas o peso na balança, mas um conjunto mais amplo de indicadores de saúde.

Algumas perguntas costumam ser úteis durante o acompanhamento:

  • “Como será medido o progresso?”
  • “Há necessidade de exames laboratoriais periódicos?”
  • “Por quanto tempo o uso do GLP-1 pode ser necessário?”

Como se trata, em geral, de uma abordagem para condições crônicas, a duração do uso de GLP-1 — muitas vezes na forma de canetas para emagrecer de aplicação diária ou semanal — tende a ser prolongada. O tempo de uso se ajusta à resposta clínica, às metas de saúde e à rotina de cada pessoa. Esse contexto reforça a importância de planejar o acompanhamento contínuo e de manter diálogo aberto sobre resultados, dúvidas e possíveis ajustes ao longo do tempo. Em muitos casos, o plano inclui reavaliar periodicamente a necessidade da medicação, testar reduções graduais de dose ou combinar com outras estratégias terapêuticas, como reeducação alimentar intensiva e programas estruturados de atividade física.

Qual o papel dos hábitos de vida no tratamento com GLP-1?

Profissionais da área destacam que o GLP-1 é um recurso que atua em conjunto com mudanças de estilo de vida. Alimentação balanceada, prática regular de atividade física, sono de qualidade e manejo do estresse seguem como pilares no cuidado da saúde metabólica. Nessa perspectiva, o medicamento funciona como uma ferramenta que ajuda a tornar essas mudanças mais sustentáveis, ao reduzir a fome intensa e facilitar o controle das porções. Assim, muitas pessoas conseguem transformar o período de uso do remédio em uma janela para criar novos hábitos.

Para muitas pessoas, essa combinação oferece uma oportunidade de reestruturar a rotina, estabelecendo novos hábitos de forma gradual. Ao mesmo tempo, o acompanhamento próximo com o profissional de saúde permite revisar expectativas, adaptar doses e identificar precocemente qualquer efeito indesejado. Dessa forma, a decisão sobre iniciar ou manter a terapia com GLP-1 tende a ser construída de forma compartilhada, com base em informações claras, metas realistas e atenção constante à segurança do tratamento. Em paralelo, orientações práticas sobre planejamento de refeições, escolha de alimentos e estratégias para lidar com gatilhos emocionais de alimentação complementam o efeito da medicação.

Outro ponto relevante envolve o planejamento do que acontece se o medicamento for reduzido ou suspenso no futuro. Estratégias de manutenção de peso, apoio nutricional e, quando necessário, suporte psicológico podem ajudar a diminuir o risco de reganho de peso e a fortalecer a autonomia da pessoa no cuidado da sua saúde. Planos de acompanhamento de longo prazo, com metas intermediárias, costumam aumentar as chances de manter os resultados obtidos com o GLP-1. Quando esse planejamento é feito com antecedência, a transição tende a ser mais estável e menos frustrante, tornando o processo de manutenção mais previsível.

FAQ – Perguntas adicionais sobre o uso de GLP-1

1. GLP-1 causa dependência?
Não há evidências de que os agonistas de GLP-1 causem dependência química no sentido clássico. Porém, como atuam em condições crônicas, muitas pessoas podem precisar de uso prolongado para manter os benefícios, o que exige planejamento e acompanhamento médico. Isso vale tanto para comprimidos quanto para as chamadas canetas para emagrecer.

2. Quem não tem diabetes pode usar GLP-1 apenas para emagrecer?
Em alguns países e contextos clínicos, há indicações aprovadas para obesidade mesmo sem diabetes, desde que critérios como IMC e presença de riscos à saúde sejam atendidos. O uso puramente estético, sem justificativa médica, não é recomendado e pode aumentar o risco de efeitos adversos desnecessários, mesmo quando se trata das populares canetas emagrecedoras.

3. É possível usar GLP-1 junto com outros remédios para emagrecer?
Em alguns casos específicos, médicos podem combinar terapias, mas isso deve ser cuidadosamente avaliado para evitar sobreposição de efeitos colaterais e riscos cardiovasculares ou psiquiátricos. A automedicação e a combinação por conta própria são perigosas, sobretudo quando se misturam canetas para emagrecer com outros fármacos sem orientação.

4. GLP-1 substitui a cirurgia bariátrica?
Não. Embora alguns pacientes possam ter boa resposta e evitar ou adiar uma cirurgia, em pessoas com obesidade grave ou com determinadas indicações clínicas, a bariátrica continua sendo uma opção importante. A escolha entre remédio, cirurgia ou combinação depende da avaliação individual.

5. O que fazer se eu esquecer uma dose do medicamento GLP-1?
A orientação varia conforme o tipo de GLP-1 (diário ou semanal) e o tempo desde o esquecimento. Em geral, não se deve duplicar a próxima dose. A melhor conduta é seguir o que está descrito na bula e entrar em contato com o profissional que acompanha o tratamento para receber orientação personalizada, especialmente quando se trata de apresentações injetáveis em canetas emagrecedoras.

Tags: bem-estarcaneta emagrecedoraCanetas emagrecedorasdiabetessaúde
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