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Uso inadequado de testosterona em mulheres pode afetar libido

Por Larissa
11/12/2025
Em Saúde
Uso inadequado de testosterona em mulheres pode afetar libido; diz especialistas

Créditos: depositphotos.com / AndrewLozovyi

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O uso de testosterona em mulheres passou a receber atenção redobrada de entidades médicas brasileiras nos últimos anos. O aumento de prescrições para finalidades estéticas, melhora de desempenho físico ou promessa de rejuvenescimento levou sociedades científicas a reforçar orientações baseadas em evidências. Em suma, o tema ganhou relevância especialmente entre mulheres em idade reprodutiva e na menopausa, diante da popularização de terapias hormonais sem indicação formal e da disseminação de desinformação em redes sociais.

Em 2025, a testosterona feminina continua sendo um assunto sensível na endocrinologia, na ginecologia e na cardiologia. As principais sociedades médicas alertam que a reposição desse hormônio em mulheres deve ser vista como exceção, e não como prática rotineira. Portanto, a recomendação é de avaliação criteriosa, com foco em segurança, acompanhamento contínuo e respeito às diretrizes oficiais, evitando tratamentos guiados apenas por exames laboratoriais isolados ou por expectativas de ganhos rápidos em aparência ou desempenho.

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Testosterona em mulheres: qual é a indicação realmente aceita?

No cenário atual, a indicação formalmente reconhecida pelas entidades médicas é restrita ao Transtorno do Desejo Sexual Hipoativo (TDSH). Esse quadro envolve redução persistente ou recorrente do desejo sexual, com impacto significativo na qualidade de vida e nas relações. Entretanto, mesmo nessa situação específica, a avaliação clínica precisa ser detalhada, considerando outros fatores hormonais, psicológicos e de saúde geral antes de se cogitar o uso do hormônio.

Profissionais de saúde ressaltam que a prescrição de testosterona para mulheres não deve ser baseada apenas em um resultado de exame abaixo de determinado valor de referência. Então, a dosagem laboratorial isolada não substitui a análise do contexto clínico completo. Sintomas, uso de medicamentos, histórico ginecológico, saúde mental e presença de outras doenças são pontos avaliados antes de qualquer decisão terapêutica.

Além disso, em mulheres com TDSH, recomenda-se discutir previamente estratégias não hormonais, como terapia sexual, ajustes de medicamentos que possam reduzir a libido, manejo de estresse e depressão. Portanto, a testosterona, quando considerada, entra como parte de um plano amplo de cuidados e não como solução isolada ou milagrosa. Assim, profissionais responsáveis evitam criar expectativas irreais e avaliam ganhos e riscos de forma individualizada.

Quais são os riscos do uso inadequado de testosterona em mulheres?

O uso sem indicação adequada de testosterona feminina está associado a uma série de efeitos colaterais, alguns com potencial gravidade. Entre os chamados efeitos virilizantes, destacam-se acne, queda de cabelo, aumento de pelos em áreas como rosto e corpo, crescimento do clitóris e engrossamento da voz. Em muitos casos, principalmente na alteração vocal, as mudanças podem ser irreversíveis, mesmo após a suspensão do hormônio.

Além das alterações físicas, também são descritas mudanças comportamentais e emocionais. Podem ocorrer irritabilidade, oscilações de humor e quadros psiquiátricos em pessoas predispostas. Mulheres com histórico de transtornos de ansiedade, depressão ou transtorno bipolar exigem ainda mais cautela. Há ainda relatos de impacto na fertilidade, com interferência no ciclo menstrual e na ovulação. Por isso, o acompanhamento próximo por profissionais especializados é considerado fundamental em qualquer uso de andrógenos em mulheres, sobretudo quando a paciente ainda deseja engravidar no futuro.

Os riscos metabólicos e cardiovasculares também merecem atenção. O uso inadequado de testosterona pode levar a:

  • Elevação da pressão arterial;
  • Alterações de colesterol e triglicerídeos;
  • Maior chance de tromboses e embolias;
  • Aumento do risco de infarto e AVC;
  • Pod possíveis impactos na mortalidade cardiovascular.

Somam-se a isso possíveis efeitos sobre o fígado, como toxicidade hepática e surgimento de tumores, principalmente quando são utilizadas doses elevadas ou formulações de procedência duvidosa. Entretanto, mesmo doses consideradas “baixas” podem causar problemas quando não há monitorização adequada ou quando o tratamento se prolonga além do necessário. O conjunto desses fatores explica a postura cautelosa das sociedades médicas em relação ao uso ampliado de testosterona em mulheres saudáveis.

Então, antes de iniciar qualquer tipo de terapia com testosterona feminina, é fundamental checar a origem do produto, questionar a indicação, entender a duração planejada do tratamento e programar consultas de retorno e exames de acompanhamento. Em suma, informação, diálogo e vigilância clínica reduzem o risco de efeitos indesejados e ajudam a identificar precocemente sinais de toxicidade.

Por que a Anvisa não aprova testosterona para uso estético em mulheres?

No Brasil, a Anvisa não aprovou, até o momento, nenhuma formulação de testosterona especificamente registrada para uso em mulheres. Isso significa que não há produto com indicação em bula para tratamentos como TDSH feminino, nem autorização para finalidades estéticas, de ganho de massa muscular, melhora de disposição ou efeito antienvelhecimento. Portanto, a agência também não reconhece o uso de testosterona com esses objetivos em protocolos oficiais.

Apesar dessa ausência de registro, a substância pode ser obtida por meio de preparações manipuladas ou uso fora da bula de produtos destinados a homens, o chamado off label. Nesses casos, o risco de doses inadequadas, falta de padronização e acompanhamento insuficiente aumenta. Em suma, variações de concentração entre lotes, erros de manipulação e falta de estudos robustos sobre segurança em longo prazo tornam esse caminho especialmente delicado. As sociedades médicas enfatizam que a reposição hormonal sem respaldo regulatório e científico sólido expõe as pacientes a eventos adversos que, em muitos casos, poderiam ser evitados.

Para reduzir esses riscos, recomenda-se que qualquer consideração sobre terapia com testosterona em mulheres siga alguns princípios básicos:

  1. Confirmar o diagnóstico de Transtorno do Desejo Sexual Hipoativo com avaliação clínica detalhada;
  2. Investigar e tratar causas alternativas de baixa libido, como problemas de relacionamento, uso de medicamentos, distúrbios hormonais ou depressão;
  3. Discutir de forma clara os possíveis efeitos colaterais, incluindo os virilizantes e cardiovasculares;
  4. Definir a menor dose eficaz, com acompanhamento periódico de sintomas e exames laboratoriais;
  5. Reavaliar constantemente a necessidade de manutenção do tratamento.

Além disso, recomenda-se registrar em prontuário a discussão de riscos e benefícios, bem como o caráter off label da prescrição, quando for o caso. Portanto, transparência, documentação adequada e decisão compartilhada entre médica(o) e paciente funcionam como proteção adicional.

FAQ sobre testosterona em mulheres

1. Testosterona em gel ou em cápsulas: existe alguma forma mais segura para mulheres?
Não há uma forma “segura” no sentido absoluto, mas existem vias de administração com melhor perfil de controle. Em suma, formulações transdérmicas (gel, creme, adesivo) permitem ajustar a dose com mais facilidade e costumam gerar picos hormonais menores do que injeções de depósito. Entretanto, qualquer forma de testosterona em mulheres exige indicação correta, prescrição individualizada, monitorização regular de exames e atenção a sinais de virilização.

2. Toda mulher na menopausa precisa de testosterona junto com reposição de estrogênio?
Não. A menopausa, por si só, não indica testosterona feminina. Portanto, muitas mulheres melhoram significativamente apenas com terapia estrogênica, mudanças de estilo de vida, tratamento de ressecamento vaginal e cuidado psicológico. A testosterona entra como opção somente quando há diagnóstico claro de TDSH, após avaliação detalhada e exclusão de outras causas de baixa libido.

3. É possível “otimizar” a testosterona de forma natural, sem hormônios?
Em muitos casos, sim. Então, hábitos como sono adequado, redução do estresse crônico, prática regular de atividade física, alimentação balanceada, redução do consumo de álcool e manejo de doenças crônicas contribuem para melhor disposição, força e bem-estar sexual, sem necessidade de testosterona exógena. Em suma, essas estratégias não substituem tratamentos médicos quando indicados, mas podem reduzir a pressão por terapias hormonais desnecessárias.

4. Como saber se minha dose de testosterona está alta demais?
Sinais como aumento rápido de pelos no rosto e corpo, acne intensa, queda de cabelo em padrão masculino, alteração da voz, aumento do clitóris e mudanças importantes de humor sugerem excesso de andrógenos. Portanto, ao notar qualquer um desses sintomas, você deve procurar o(a) médico(a) imediatamente. Exames laboratoriais ajudam a confirmar níveis supraterapêuticos, e o ajuste ou suspensão do hormônio costuma ser necessário.

5. Terapias “anti-aging” com testosterona são seguras a longo prazo?
Até o momento, não existem evidências robustas de segurança e eficácia da testosterona feminina com objetivo antienvelhecimento em longo prazo. Portanto, o uso para “anti-aging”, melhora genérica de energia ou ganho estético vai contra as recomendações das principais sociedades médicas. Em suma, o risco de efeitos adversos, sobretudo cardiovasculares, hepáticos e virilizantes, supera possíveis benefícios não comprovados nesses protocolos.

Tags: bem-estarMulheressaúdetestosterona
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