Correio Braziliense - Aqui
Sem resultado
Veja todos os resultados
Correio Braziliense - Aqui
Sem resultado
Veja todos os resultados
Correio Braziliense - Aqui
Sem resultado
Veja todos os resultados
Início Saúde

Saiba como a vacina contra herpes-zóster pode diminuir em 20% os riscos de demência

Por Lucas
15/12/2025
Em Saúde
Saiba como a vacina contra herpes-zóster pode diminuir em 20% os riscos de demência

Créditos: depositphotos.com / IgorVetushko

EnviarCompartilharCompartilharEnviar

A relação entre vacina contra herpes-zóster e redução do risco de demência tem despertado interesse de pesquisadores em vários países. Estudos observacionais recentes, como o realizado no País de Gales, sugerem que pessoas imunizadas contra o vírus varicella-zóster podem apresentar menor probabilidade de desenvolver quadros demenciais ao longo dos anos. Em suma, esses achados não provam uma proteção definitiva, entretanto indicam uma direção promissora e reforçam a importância de entender melhor o papel das infecções virais na saúde do cérebro.

A principal hipótese é que controlar o herpes-zóster não protege apenas contra as lesões dolorosas na pele, mas também contra efeitos silenciosos do vírus no sistema nervoso. Como o varicella-zóster permanece latente por décadas nos gânglios nervosos, qualquer reativação, mesmo sem sintomas, pode gerar processos inflamatórios repetidos. Portanto, esse tipo de inflamação crônica é considerado um dos fatores envolvidos na progressão de doenças neurodegenerativas, incluindo diferentes formas de demência. Então, quando se discute prevenção cognitiva, a redução dessas reativações virais entra cada vez mais no radar da comunidade científica.

Leia Também

Remédios caseiros para você colocar um fim na herpes

Remédios caseiros para você colocar um fim na herpes

13/11/2025
Créditos: depositphotos.com / VitalikRadko

Saiba tudo sobre o vitiligo: causas, sintomas e prevenção

11/11/2025
Joanetes: o inimigo silencioso que pode deformar seus pés; saiba como prevenir

Joanetes: o inimigo silencioso que pode deformar seus pés; saiba como prevenir

30/10/2025
Saiba reconhecer 5 sintomas que podem ser sinais de demência

Saiba reconhecer 5 sintomas que podem ser sinais de demência

27/10/2025

Como a vacina contra herpes-zóster pode influenciar o risco de demência?

A principal palavra-chave dessa discussão é a interação entre infecção viral, sistema imunológico e cérebro. Ao reduzir a chance de reativações do herpes-zóster, a vacina diminuiria episódios inflamatórios que atingem estruturas nervosas. Em termos práticos, isso significaria menos “agressões” ao tecido cerebral ao longo do tempo, o que poderia se refletir em menor risco de demência em faixas etárias mais avançadas. Portanto, a imunização se encaixa em uma visão mais ampla de prevenção, que integra cérebro, imunidade e envelhecimento saudável.

Pesquisadores descrevem três mecanismos principais para essa possível proteção: redução da reativação do vírus, efeito imunomodulador e controle da replicação viral por antivirais. A diminuição das reativações clínicas e subclínicas do varicella-zóster é vista como o caminho mais direto. Cada nova ativação do vírus pode ativar células de defesa no cérebro, alterar vasos sanguíneos e favorecer o acúmulo de proteínas anormais, como beta-amiloide e tau, frequentemente associadas a quadros demenciais. Em suma, menos reativações significam menos inflamação e, portanto, menor estímulo a esses processos neurodegenerativos.

Outra hipótese envolve um efeito de “treinamento” do sistema imunológico provocado por vacinas, especialmente as de vírus vivo atenuado. Esse efeito imunomodulador inespecífico não teria relação apenas com o herpes-zóster, mas com uma resposta mais organizada do organismo frente a diferentes desafios inflamatórios. Além disso, análises indicam que pessoas que trataram surtos de herpes-zóster com antivirais também apresentaram risco menor de demência, sugerindo que controlar a replicação viral, de qualquer maneira, pode ser relevante para preservar o cérebro. Portanto, tanto a prevenção por vacina quanto o tratamento rápido das crises podem atuar, de forma complementar, na proteção das funções cognitivas.

Vacina contra herpes-zóster ajuda a prevenir demência?

Os dados disponíveis até 2025 indicam uma associação entre a vacina contra herpes-zóster e menor risco de demência, mas não estabelecem causalidade definitiva. Estudos como o realizado em Gales utilizam situações quase aleatórias de elegibilidade para vacinação, o que permite comparar grupos muito semelhantes em idade e condições de saúde, diferindo sobretudo na chance de terem sido imunizados. Nessas análises, as pessoas vacinadas apresentaram cerca de 20% menos risco de desenvolver demência ao longo de sete anos. Entretanto, essa redução de risco ainda não autoriza afirmar que a vacina “previne” demência de forma direta, e sim que ela se associa a um desfecho mais favorável.

Para reduzir interferências, pesquisadores ajustaram resultados para fatores como:

  • nível socioeconômico;
  • frequência de uso do sistema de saúde;
  • presença de outras doenças crônicas;
  • hábitos de prevenção e acompanhamento médico.

Mesmo após esses ajustes, o efeito protetor se manteve e não apareceu com a mesma intensidade para outras enfermidades crônicas, o que reforça a consistência estatística do achado. Ainda assim, os especialistas destacam que esses estudos são observacionais. Portanto, para confirmar se a vacinação contra herpes-zóster realmente diminui o risco de demência, seriam necessários ensaios clínicos randomizados, comparando diretamente grupos vacinados e não vacinados ao longo de muitos anos. Em suma, as evidências atuais apoiam a ideia de benefício potencial, mas ainda pedem confirmação robusta antes de mudanças amplas em políticas públicas focadas especificamente em demência.

Qual é o papel da inflamação e dos vírus na demência?

O entendimento atual da neurologia aponta três pilares na formação de quadros demenciais: inflamação crônica no sistema nervoso, lesões vasculares cerebrais e acúmulo de proteínas tóxicas. Nesse contexto, o varicella-zóster é considerado um vírus neurotrópico, com capacidade de atingir e reativar estruturas nervosas. Cada reativação, mesmo silenciosa, tende a estimular a microglia (células de defesa do cérebro), irritar vasos sanguíneos e intensificar mecanismos que favorecem o depósito de proteínas anormais. Portanto, controlar infecções virais ao longo da vida se torna um componente importante na proteção do cérebro.

De forma simplificada, o vírus alimentaria exatamente os processos que aceleram a neurodegeneração. Essa interpretação é compatível com um corpo crescente de pesquisas que investigam o papel de outros vírus, como herpes simples e agentes respiratórios, na progressão de Alzheimer e de outras demências. Em muitos casos, o que se observa é uma combinação de vulnerabilidade genética, infecções repetidas e fatores de risco vasculares, como hipertensão e diabetes, agindo de maneira acumulativa. Em suma, não existe um fator único que explique a demência; em vez disso, múltiplas agressões pequenas, somadas ao longo dos anos, constroem o risco final.

Outro ponto observado é a diferença de efeito entre homens e mulheres. Em alguns estudos, mulheres vacinadas contra herpes-zóster parecem se beneficiar mais em termos de redução relativa do risco de demência. Pesquisas sugerem que respostas imunológicas mais intensas, maior expectativa de vida e particularidades hormonais podem influenciar a forma como a neuroinflamação se desenvolve em cada sexo, ampliando tanto o risco quanto a janela de oportunidade para proteção. Portanto, incluir a perspectiva de sexo e gênero em pesquisas sobre vacina de herpes-zóster e demência ajuda a planejar estratégias de prevenção mais personalizadas.

Essa evidência já muda recomendações sobre a vacina de herpes-zóster?

Até o momento, diretrizes de vacinação em países como o Brasil e o Reino Unido se baseiam principalmente na prevenção de herpes-zóster, neuralgia pós-herpética e complicações em pessoas idosas ou imunocomprometidas. O possível efeito na redução de demência é considerado um benefício adicional em investigação, e não um critério formal para indicar ou ampliar esquemas de imunização em 2025. Em suma, médicos recomendam a vacina, sobretudo, para evitar dor crônica e complicações, e, entretanto, acompanham com interesse as evidências sobre proteção cognitiva.

Um aspecto relevante é o tipo de vacina utilizado em cada país. Enquanto o estudo galês avaliou majoritariamente uma vacina de vírus vivo atenuado, o Brasil aplica sobretudo a vacina recombinante contra herpes-zóster, que atua por mecanismos imunológicos distintos. Por essa razão, não é possível assumir automaticamente que o mesmo grau de proteção contra demência se repetirá com formações diferentes, embora a hipótese esteja sendo estudada. Portanto, novas pesquisas devem comparar diretamente os dois tipos de vacina, tanto em eficácia contra o zóster quanto em possíveis efeitos de longo prazo sobre cognição.

No cenário atual, especialistas em infectologia, geriatria e neurologia costumam destacar que a vacina contra herpes-zóster já possui benefícios bem estabelecidos, independentemente da demência: reduz episódios de zóster, diminui a chance de dor crônica após a infecção e evita complicações que podem comprometer significativamente a qualidade de vida de idosos. Se pesquisas futuras confirmarem um papel relevante na prevenção de demência, a imunização poderá ser considerada uma das estratégias populacionais de proteção cognitiva, ao lado de:

  1. controle rigoroso de pressão arterial, diabetes e colesterol;
  2. tratamento adequado de perda auditiva;
  3. estímulo cognitivo contínuo e socialização;
  4. sono de boa qualidade e tratamento de distúrbios do sono;
  5. medidas de prevenção de infecções, incluindo outras vacinas.

Assim, a discussão sobre a vacina de herpes-zóster e demência se insere em um movimento mais amplo da medicina: olhar para a prevenção de longo prazo, considerar o impacto de vírus e inflamação no cérebro e integrar imunização, cuidado vascular e hábitos de vida na proteção da saúde cognitiva ao longo do envelhecimento. Portanto, em suma, quem chega à terceira idade com boa saúde vascular, controle de infecções e cérebro estimulado tende a envelhecer com mais independência e menor risco de demência.

FAQ – Perguntas frequentes sobre vacina de herpes-zóster e demência

1. Quem deve tomar a vacina contra herpes-zóster?
Em geral, recomendam-se as vacinas para adultos a partir de 50 ou 60 anos, a depender da formulação e das normas de cada país. Então, pessoas com doenças crônicas, como diabetes ou cardiopatias, e indivíduos imunossuprimidos podem receber orientações específicas do médico sobre a melhor idade, o tipo de vacina e o esquema de doses.

2. A vacina contra herpes-zóster substitui outras formas de prevenção da demência?
Não. A vacina, entretanto, pode se somar a um conjunto de medidas que incluem controle de pressão, glicemia e colesterol, atividade física regular, não fumar, evitar consumo excessivo de álcool, cuidar do sono e manter o cérebro ativo com leitura, estudo e interação social. Portanto, ela entra como mais um possível aliado, não como única estratégia.

3. A vacina de herpes-zóster pode causar herpes ou demência?
As vacinas disponíveis não causam demência. A de vírus vivo atenuado utiliza uma forma enfraquecida do vírus, enquanto a recombinante não contém vírus vivo. Em alguns casos, surgem reações leves, como dor no local da injeção, cansaço ou febre baixa, que resolvem em poucos dias. Então, o risco de efeitos graves permanece muito baixo quando se compara com o risco de ter zóster e suas complicações.

4. Quem já teve herpes-zóster se beneficia da vacina?
Sim. Mesmo quem já teve um episódio de zóster pode apresentar novas reativações ao longo da vida. A vacina reduz a chance de recorrência e, portanto, tende a diminuir episódios de dor intensa e complicações. Em suma, após avaliação médica, muitos pacientes que já tiveram a doença recebem recomendação para se vacinar.

5. Vale a pena se vacinar pensando apenas no cérebro?
Hoje, a principal razão para tomar a vacina continua sendo a prevenção do zóster e da neuralgia pós-herpética. Entretanto, como as evidências apontam possível benefício adicional na redução do risco de demência, a imunização ganha ainda mais peso dentro de um plano de envelhecimento saudável. Portanto, ao discutir com o médico, a pessoa pode considerar tanto a proteção contra dor e complicações quanto o potencial impacto positivo sobre a saúde cognitiva a longo prazo.

Tags: Demênciaherpesherpes zosterPrevençãovacinavacina herpes zoster
EnviarCompartilhar30Tweet19Compartilhar

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Como identificar um psicopata? Especialista detalha sinais e estratégias usadas

16/12/2025
Ansiedade à noite: como acalmar o corpo antes de dormir

Ansiedade à noite: como acalmar o corpo antes de dormir

16/12/2025
Calor agrava o lipedema? Veja como aliviar os sintomas

Calor agrava o lipedema? Veja como aliviar os sintomas

16/12/2025
Veja os alimentos que mais favorecem gordura no fígado, segundo médicos

Veja os alimentos que mais favorecem gordura no fígado, segundo médicos

16/12/2025
Hábitos comuns sabotam o controle da diabetes, alerta endocrinologista; saiba quais

Hábitos comuns sabotam o controle da diabetes, alerta endocrinologista; saiba quais

16/12/2025
Novo exame pode antecipar diagnóstico da esclerose múltipla em até 7 anos

Novo exame pode antecipar diagnóstico da esclerose múltipla em até 7 anos

16/12/2025
  • Sample Page
Sem resultado
Veja todos os resultados