As gerações Z e Alpha, formadas por adolescentes e pré-adolescentes, têm ganhado destaque no mercado financeiro brasileiro, especialmente nas festas de fim de ano. Com acesso antecipado a contas digitais e cartões pré-pagos, esse público movimenta cada vez mais dinheiro em compras, presentes e lazer. Ao mesmo tempo, dados de instituições financeiras mostram que esses jovens começam a criar o hábito de guardar parte do que recebem, seja de mesadas, trabalhos temporários ou presentes em dinheiro.
Em vez de focar apenas em gastos básicos, muitos adolescentes priorizam produtos que reforçam estilo de vida, presença nas redes sociais e experiências com o grupo. Entretanto, a decisão de compra passa cada vez mais por comparações de preço online, reviews em vídeos curtos e influência de creators que falam sobre finanças e consumo consciente. Esse movimento revela uma combinação de consumo mais frequente em categorias específicas e uma relação mais próxima com ferramentas digitais de pagamento e organização financeira, como aplicativos de bancos digitais, carteiras virtuais e alertas de gastos em tempo real.
Como gerações Z e Alpha gastam dinheiro no fim do ano?
Segundo pesquisas do setor bancário, há um aumento expressivo em gastos ligados a datas comemorativas, como Natal, Ano-Novo e eventos de férias. Itens de vestuário ganham espaço por estarem associados à construção de identidade visual, fotos em redes sociais e participação em festas e encontros. Em suma, essas compras não representam apenas necessidade; elas funcionam como forma de expressão, pertencimento e atualização de tendências vistas nos feeds.
Além das roupas, produtos de tecnologia aparecem como outra prioridade. Fones de ouvido, celulares, acessórios para games, relógios inteligentes e pequenos eletrônicos costumam ser escolhidos como presentes para si mesmos ou para terceiros. Então, esses itens tecnológicos unem entretenimento, estudo e socialização em chamadas de vídeo, jogos online e produção de conteúdo. O lazer também cresce: ingressos de cinema, streaming, passeios e atividades em grupo se tornam parte relevante da lista de despesas. Entretanto, muitos jovens já começam a comparar planos, dividir assinaturas com amigos e buscar cupons e cashback para ampliar o que conseguem fazer com o mesmo valor.
- Maior peso para moda e acessórios pessoais;
- Busca por eletrônicos e gadgets de uso diário;
- Crescimento de gastos com lazer e experiências;
- Redução proporcional das despesas em itens básicos no período.
Gerações Z e Alpha priorizam mais consumo ou poupança?
Mesmo com o aumento nas compras de fim de ano, estudos recentes indicam que uma parcela significativa dos menores de 18 anos também reserva dinheiro. Plataformas financeiras mostram alta no valor médio guardado em ferramentas de poupança digital, especialmente em dezembro. Em suma, esses jovens começam a enxergar o ato de poupar como parte do próprio estilo de vida, algo tão presente quanto assinar um streaming ou comprar um item de moda. Muitos adolescentes criam objetivos específicos, como separar recursos para presentes, viagens curtas, materiais escolares ou projetos pessoais, incluindo cursos, equipamentos para conteúdo digital e até pequenos investimentos em renda fixa.
Uma prática comum é organizar o dinheiro em pequenas “caixinhas” ou espaços separados dentro do próprio aplicativo bancário. Essas divisões recebem nomes temáticos, o que ajuda a tornar o planejamento mais palpável, como “presentes de Natal”, “viagem de férias” ou “ano letivo”. Portanto, essa organização por objetivos aproxima o conceito de educação financeira do dia a dia, sem deixar tudo genérico ou confuso. Esse tipo de funcionalidade simplifica o controle do orçamento, sem exigir conhecimento técnico avançado de finanças. Então, o jovem consegue acompanhar o progresso, fazer pequenos ajustes ao longo das semanas e entender, na prática, o impacto de cada escolha de consumo.
- Definir um objetivo claro para cada reserva;
- Separar parte de mesadas ou presentes em dinheiro;
- Acompanhar o saldo pelo aplicativo ao longo das semanas;
- Evitar misturar o dinheiro guardado com o valor para gastos diários.
Como o Pix mudou a forma de presentear no fim de ano?
Outro comportamento que chama atenção é o uso do Pix para presentear familiares e amigos. Em vez de apenas comprar produtos físicos, muitos jovens optam por transferir valores acompanhados de mensagens com temas natalinos ou de Ano-Novo. Portanto, o presente deixa de ser só um objeto e passa a ser também uma experiência personalizada, com emojis, recados criativos e até desafios entre amigos sobre como usar aquele valor. A agilidade e a possibilidade de personalizar o texto tornam esse formato alinhado ao cotidiano totalmente digital das gerações Z e Alpha.
Esse tipo de presente digital oferece algumas vantagens práticas: elimina deslocamentos até lojas, reduz o risco de erro no tamanho ou modelo de produto e permite que quem recebe escolha como gastar ou guardar o dinheiro. Em suma, o Pix transforma o ato de presentear em algo mais flexível, rápido e conectado ao planejamento financeiro individual. Além disso, o registro da transferência fica salvo no histórico da conta, facilitando o controle de quem enviou, quando e quanto foi transferido. Então, tanto quem manda quanto quem recebe consegue rever essas movimentações depois, entender padrões de gastos e até decidir se parte desse presente vai virar consumo imediato ou poupança para um objetivo maior.
- Envio de dinheiro com mensagens personalizadas;
- Preferência por soluções rápidas e totalmente online;
- Maior autonomia para quem recebe o presente;
- Integração com outras metas financeiras, como poupança.
Quais cuidados financeiros podem ajudar jovens no fim de ano?
Mesmo em um cenário de consumo intenso, alguns cuidados simples podem contribuir para um uso mais equilibrado do dinheiro entre adolescentes. Especialistas em educação financeira sugerem que jovens das gerações Z e Alpha adotem práticas básicas, como definir um limite de gastos para o período, separar antecipadamente o valor destinado a presentes e reservar uma parte fixa para poupar. Em suma, o planejamento antes das festas reduz a chance de arrependimento em janeiro, quando surgem novas despesas, como material escolar, mensalidades e atividades extracurriculares.
Outra medida importante é acompanhar com frequência o extrato no aplicativo, evitando surpresas com compras pequenas que se acumulam. Portanto, checar o app algumas vezes por semana ajuda a perceber rapidamente quando os gastos começam a sair do controle. Estabelecer prioridades também faz diferença: escolher entre atualizar o guarda-roupa, investir em um novo eletrônico ou guardar para um objetivo maior ao longo de 2025 permite que o dinheiro seja usado de forma mais alinhada às necessidades de cada um. Entretanto, nada impede que o jovem reserve um espaço para pequenos desejos; o ponto central está no equilíbrio entre prazer imediato e construção de metas futuras.
- Planejar um teto de gastos antes das festas;
- Listar o que é essencial e o que é apenas desejo momentâneo;
- Reservar um percentual mínimo para poupança;
- Utilizar recursos digitais de controle, como categorias de gastos e caixinhas;
- Rever o planejamento em janeiro, aprendendo com o que funcionou ou não.
Combinando consumo em moda, tecnologia e lazer com o uso crescente de ferramentas de poupança e pagamentos instantâneos, gerações Z e Alpha começam a construir uma relação própria com o dinheiro. O período de fim de ano se torna, assim, um laboratório em que esses jovens experimentam escolhas financeiras, alternando entre gastar, guardar e presentear de formas cada vez mais digitais. Em suma, quanto mais cedo eles testam limites, analisam erros e ajustam o planejamento, maiores são as chances de chegarem à vida adulta com um olhar mais estratégico sobre o próprio dinheiro, mesmo em um cenário repleto de estímulos de consumo.
FAQ – Perguntas frequentes sobre dinheiro e gerações Z e Alpha no fim de ano
1. A partir de que idade faz sentido começar a falar de dinheiro com adolescentes?
Então, o ideal é iniciar o diálogo ainda na pré-adolescência, por volta dos 10 a 12 anos, adaptando a linguagem à realidade de cada família. Nessa fase, os jovens já entendem conceitos simples de troca, valor e escolha, o que facilita a introdução de temas como mesada, prioridades de consumo e primeiros objetivos de poupança.
2. Como pais e responsáveis podem acompanhar os gastos sem invadir a privacidade?
Portanto, uma boa estratégia envolve combinar regras claras antes de liberar cartões ou contas digitais, definir limites de valores e estabelecer conversas periódicas sobre o extrato. Em vez de controlar cada compra, pais podem ajudar a interpretar os dados de gastos, incentivar metas e mostrar, na prática, como pequenas decisões afetam o saldo ao longo do mês.
3. Quais erros financeiros são mais comuns entre adolescentes no fim do ano?
Em suma, muitos jovens concentram boa parte do dinheiro em compras por impulso, influenciadas por promoções relâmpago e tendências nas redes sociais. Além disso, alguns subestimam despesas futuras, como material escolar, transporte ou cursos, e acabam começando o ano com pouco ou nenhum valor reservado para essas obrigações.
4. Presentear com Pix atrapalha o aprendizado sobre consumo consciente?
Entretanto, isso depende de como o Pix é usado. Se o valor vier acompanhado de uma conversa sobre planejamento, metas e possibilidades de uso, o presente pode se transformar em oportunidade de educação financeira. Então, o jovem passa a decidir quanto irá gastar agora e quanto irá guardar, em vez de apenas receber um produto pronto.
5. Vale a pena incentivar investimentos já na adolescência?
Portanto, quando o básico de organização e poupança estiver funcionando, faz sentido apresentar investimentos simples e seguros, como produtos de renda fixa de baixo risco. Em suma, a ideia não é buscar grandes ganhos imediatos, mas mostrar como o dinheiro pode crescer com o tempo e como o hábito de investir pode acompanhar o jovem ao longo da vida.










