Saiba como se proteger durante um ataque de cão, entendendo o comportamento canino e aprendendo técnicas de defesa eficazes para minimizar riscos
Em situações nas quais um pitbull ou outro cão de grande porte apresenta comportamento agressivo e ameaça a integridade de uma pessoa, saber como agir pode fazer diferença significativa para evitar ferimentos graves. Os registros de ataques de cães vêm sendo reportados com maior frequência nas cidades brasileiras nos últimos anos, intensificando a necessidade de informações claras sobre formas de defesa. A compreensão do comportamento desses animais e o preparo para agir corretamente são essenciais para minimizar riscos nessas situações inesperadas.
A maioria dos cães, mesmo de raças consideradas perigosas como pitbull, rotweiller e fila brasileiro, não tende a atacar seres humanos sem motivo. Entretanto, situações de estresse, medo, invasão de território ou reação súbita a movimentos podem desencadear episódios de agressividade. Aprender medidas preventivas e técnicas de defesa pode ser útil tanto para adultos quanto para crianças, especialmente em locais onde a presença desses cães é comum.
Como agir diante de um ataque de cão?
Quando confrontado por um cão agressivo, o ideal é evitar movimentos bruscos que possam intensificar o ataque. Ao identificar sinais de que o animal está incomodado, como rosnados, orelhas para trás e pelos eriçados, recomenda-se manter a calma e fugir pode não ser a melhor estratégia, já que a corrida aciona o instinto de caça do cachorro. Uma abordagem preventiva é tentar desviar o olhar, permanecer parado e evitar contato visual direto.
No caso de um ataque iminente, especialistas indicam algumas medidas para tentar proteger áreas sensíveis do corpo. Listam-se orientações práticas:
- Braços à frente do rosto: use os antebraços como escudo para proteger pescoço e rosto, principais alvos dos cães.
- Imobilize-se: caso seja derrubado, encolha-se em posição fetal, protegendo cabeça e orelhas com os braços e mãos.
- Barreiras improvisadas: se possível, interponha entre o corpo e o cão objetos como mochilas, casacos, bolsas ou bicicletas.
Quais estratégias podem reduzir o risco de ataque de pitbull?
Vários métodos ajudam a evitar situações de risco com pitbulls e outras raças potencialmente agressivas. Entender e respeitar o território dos animais é um passo importante. Crianças, principalmente, devem ser orientadas a não se aproximar de cães desconhecidos, tentar acariciar animais presos em cordas ou correntes, ou perturbar cães com filhotes ou comendo. O uso de equipamentos adequados, como focinheiras em áreas públicas, pode também ser exigido por lei em determinados municípios desde 2023, especialmente para raças de proteção e combate.
- Evite provocar o animal com ruídos, caretas ou movimentos rápidos.
- Peça ajuda de um responsável ou profissional de controle de zoonoses em caso de ataques frequentes na região.
- Supervisione crianças pequenas sempre que houver cães por perto, mesmo que seja um animal familiar.
- Ao se deparar com um cão solto e visivelmente irritado, mude de rota tranquilamente sem demonstrar medo ou agitação.
A defesa pessoal é eficiente contra ataques?
A adoção de técnicas de defesa pode salvar vidas, mas saber utilizá-las corretamente é fundamental. Em situações em que o ataque já ocorreu e não há alternativa de fuga, pode ser necessário agir sob pressão. Especialistas sugerem evitar gritar, pois isso pode excitar ainda mais o animal. Objetos portáteis, como guarda-chuva ou sacola, podem ser usados para distrair e redirecionar o ataque do cão para longe do corpo.
Outra ação de defesa é pressionar a região do focinho, dos olhos ou empurrar o animal para o lado, sempre que for possível, com cuidado para não perder o equilíbrio. Importante destacar que atos dolorosos no cão podem ampliar a fúria do bicho, então o objetivo é desviar sua atenção até que auxílio chegue. Após o ataque, busque atendimento médico imediato para prevenir infecções e notifique as autoridades.
Em resumo, os riscos ligados ao ataque de pitbull e outros cães exigem preparo e atenção. Adotar condutas preventivas, saber como agir diante de uma ameaça e buscar sempre a orientação de órgãos de saúde e segurança pública faz diferença na proteção pessoal e coletiva. O esclarecimento sobre o tema auxilia famílias, profissionais e toda a comunidade a conviver de maneira mais segura com cães de diferentes perfis.







