Entre as particularidades do reino animal, algumas curiosidades despertam a atenção por desafiar padrões e alterar o que é considerado comum. Um desses casos está relacionado à presença de múltiplos corações em certas espécies, característica que intriga estudiosos e amantes da natureza em 2025. Essa adaptação, além de apresentar vantagens para sobrevivência, revela muito sobre a riqueza da biodiversidade terrestre e marinha.
A existência de animais com mais de um coração não é universal, porém faz parte da rotina biológica de algumas criaturas que evoluíram conforme necessidades específicas do ambiente onde vivem. Entre elas, destaca-se o polvo, representante do grupo dos moluscos, reconhecido pelo seu sistema circulatório diferenciado e habilidades singulares no fundo dos mares.
Como funciona o sistema circulatório do polvo?
O polvo traz em sua anatomia um sistema que destoa do padrão encontrado em grande parte dos animais vertebrados. Com três corações trabalhando de modo coordenado, o cefalópode consegue bombear sangue de forma eficiente para oxigenar seus tecidos e garantir resistência durante períodos de atividade intensa ou fuga de predadores. Esse mecanismo tem papel fundamental em sua capacidade de caçar, nadar e se camuflar.
Dois dos corações do polvo são responsáveis por direcionar o sangue até as brânquias, onde a oxigenação ocorre. O terceiro coração se dedica a distribuir o sangue oxigenado pelo corpo, alimentando os órgãos e garantindo o funcionamento adequado de todas as funções vitais. Tal configuração proporciona um fornecimento estável de oxigênio, mesmo quando o animal está sob estresse.

Por que o polvo tem três corações?
A presença de múltiplos corações em polvos não se trata apenas de uma curiosidade biológica, mas sim de uma resposta adaptativa às necessidades impostas pelo ambiente marinho. A principal palavra-chave aqui é polvo, animal que desde meados do período pré-histórico desenvolveu estratégias de sobrevivência favoráveis à sua permanência em diferentes regiões oceânicas.
- Ambientes com pouco oxigênio: Os polvos habitam áreas onde a quantidade de oxigênio na água pode variar, e a necessidade de captar o máximo possível faz com que um sistema circulatório reforçado seja essencial.
- Movimentação veloz: Durante a locomoção, parte dos corações pode desacelerar, otimizando recursos e garantindo que o animal não se desgaste em excesso.
- Resistência em situações de perigo: Ter corações distintos permite ao polvo resistir mais eficientemente a situações de estresse, como ao escapar de predadores.
Quais outras espécies apresentam múltiplos corações?
Embora o polvo seja o caso mais famoso, a existência de múltiplos corações também pode ser observada em outros representantes do reino animal. Entre eles, destaca-se a minhoca, que apresenta múltiplas estruturas chamadas de “corações” (na verdade, cinco pares de aortas), encarregadas de impulsionar o sangue por diferentes segmentos do corpo. No entanto, nenhuma espécie possui três corações exatamente com a mesma função que o polvo.
Em lobriguinhas e outras espécies invertebradas, as adaptações circulatórias seguem um padrão diferente, com estruturas que funcionam como bombas ou auxiliares na circulação sanguínea, porém raramente atingem o nível de especialização visto nos polvos em 2025.

Quais são as vantagens para o polvo ter três corações?
Múltiplos corações trazem benefícios diretos para o animal marinho. O principal deles é a capacidade de suportar períodos de baixa oxigenação sem que isso comprometa seu metabolismo. Além disso, esse sistema permite ao polvo alternar estratégias de defesa com rapidez e garantir uma maior distribuição de energia para tentáculos e órgãos essenciais.
- Eficiência na circulação: O sangue é distribuído de forma otimizada, favorecendo agilidade e força nos tentáculos.
- Resiliência diante de ameaças: Em situações que exigem fuga rápida, o sistema triplo de corações mantém o organismo funcionando mesmo sob pressão.
- Adaptação evolutiva: O polvo se beneficia, ao longo dos milênios, por conseguir viver e prosperar em ambientes variados, inclusive nas profundezas oceânicas.
Ao observar essas adaptações, percebe-se como a evolução operou para garantir o sucesso de espécies como o polvo, um animal que atualmente inspira pesquisas em biologia, robótica e medicina devido às suas soluções naturais para desafios extremos. A compreensão dessa característica, pouco usual no reino animal, reforça a importância do estudo detalhado das manifestações biológicas que tornam cada espécie única e fascinante.










