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O inesperado renascimento do turismo na Síria

Por silvana
29/07/2025
Em Turismo
Ruínas do antigo anfiteatro em Palmira, no deserto sírio - depositphotos.com / MonikaMaria

Ruínas do antigo anfiteatro em Palmira, no deserto sírio - depositphotos.com / MonikaMaria

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O fim do regime de Bashar al-Assad em dezembro de 2024 marcou uma nova era para a Síria. Após 24 anos de governo marcado por conflitos e turbulências, a capital Damasco agora exibe a bandeira da “Síria Livre” e experimenta um ambiente de renovado otimismo. Em meio a escombros e memórias recentes de guerra, empresários locais visualizam uma oportunidade concreta de reconstruir o setor turístico, fundamental para a retomada econômica do país.

Com a retomada de voos internacionais diretos e a reabertura de empresas de turismo, observa-se uma onda de esperança entre empresários sírios. Os sinais de recuperação são visíveis nas ruas de Damasco, onde estabelecimentos reabrem e iniciativas para atrair visitantes começam a florescer. Apesar das dificuldades e das recomendações de cautela emitidas por diversos países, cresce o número de operadores internacionais interessados em organizar excursões para a região.

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MESQUITA DOS UMÍADAS, na Síria – depositphotos.com / orhancam

Como o turismo era na Síria antes da guerra?

A Síria sempre teve grande potencial turístico devido ao seu valioso patrimônio histórico e cultural. Até 2010, o país recebia mais de 10 milhões de turistas por ano, o que representava cerca de 14% do Produto Interno Bruto nacional. Cidades como Damasco e Aleppo, conhecidas por sua história milenar, além de atrações como Palmyra e as praias do Mediterrâneo, eram destinos populares para viajantes de diferentes origens.

Entre os pontos de destaque estavam ruínas antigas, castelos medievais e hotéis em casarões históricos. Hotéis boutique instalados em mansões otomanas no centro de Damasco mantinham alta taxa de ocupação, refletindo o dinamismo do turismo antes do início do conflito. No entanto, a guerra civil iniciada em 2011 resultou na interrupção abrupta desse fluxo, deixando muitos profissionais e empreendimentos dedicados ao setor sem perspectivas imediatas de retorno.

Por que o turismo pode ajudar a reconstruir a Síria?

O potencial do turismo para revitalizar economias afetadas por conflitos é reconhecido globalmente. Na Síria, a reativação do segmento é vista como instrumento para a geração de empregos e estímulo de outras atividades econômicas. A chegada de visitantes estrangeiros favorece a abertura de hotéis, restaurantes, lojas e serviços, além de contribuir diretamente para a circulação de divisas no país.

  • Empregos diretos e indiretos: o turismo movimenta diversos setores, do transporte à gastronomia.
  • Valorização do patrimônio: a preservação e reconstrução de monumentos históricos ganha prioridade com o aumento de visitantes.
  • Integração internacional: a presença de turistas pode facilitar a reaproximação do país com parceiros estrangeiros após anos de isolamento.

Além disso, muitos profissionais locais da área de turismo demonstram empenho em transmitir aos visitantes a verdadeira dimensão dos desafios vividos pela população síria, promovendo uma compreensão mais ampla sobre o contexto do país e fortalecendo o diálogo cultural.

Cidade de Aleppo – depositphotos.com / milosk50

Quais são os desafios e riscos para turistas na Síria em 2025?

Apesar da atmosfera de otimismo, o turismo na Síria ainda enfrenta diversos obstáculos. A segurança permanece como preocupação central, pois o cenário político segue instável e, em algumas regiões, a presença de grupos armados demanda cautela redobrada. Governos estrangeiros, como dos Estados Unidos e do Reino Unido, mantêm avisos rigorosos contra viagens ao país, alertando para riscos de terrorismo, sequestros e novas ondas de violência.

  1. Instabilidade política: o novo governo, formado por uma coalizão de grupos rebeldes, ainda busca firmar a ordem no território nacional.
  2. Consequências humanitárias: cerca de 90% da população vive na pobreza, e a infraestrutura mantém marcas profundas do conflito prolongado.
  3. Ética e responsabilidade: muitos viajantes se questionam sobre o impacto de visitar um país recém-saído de uma crise tão severa.

Operadores turísticos internacionais têm apostado em monitoramento constante do cenário e na parceria com guias locais experientes para minimizar riscos. Agências também buscam programas que promovem o turismo responsável e que preservam a memória coletiva, como visitas a locais históricos e antigos centros de repressão.

Como funciona o novo turismo na Síria? O que muda para os visitantes?

O perfil do turismo na Síria passa por adaptação. Existe interesse crescente pelo chamado “dark tourism”, em que viajantes buscam compreender as consequências diretas de guerras e tragédias. Locais como a prisão de Saydnaya, as cidades devastadas de Aleppo e Homs, além das ruínas de Palmyra, integram roteiros que mesclam experiências históricas com reflexão sobre os eventos recentes do país.

Empresas especializadas destacam que a maioria dos pontos turísticos resistiu à guerra e que há profissionais capacitados para conduzir grupos. A expectativa é de que a retomada do turismo em 2025 impulsione transformações sociais, abrindo espaço para debates sobre a reconstrução do país e a superação dos desafios humanitários enfrentados pelos sírios.

  • Visitas guiadas garantem contexto histórico e segurança durante o trajeto.
  • Eventos culturais como o Carnaval de Marmarita prometem aproximar visitantes das tradições locais.
  • Turismo sustentável e ético é prioridade das agências, respeitando o cenário social e econômico pós-guerra.

A revitalização do turismo na Síria após o fim do regime de Assad é vista, tanto por empresários locais quanto por operadores internacionais, como um dos grandes pilares para a reconstrução nacional. O movimento dos primeiros turistas pode abrir caminho para uma nova fase do país, evidenciando não só o patrimônio cultural e histórico sírio, mas também a resiliência de sua população.

Tags: DamascoSíriaTurismo
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