A insuficiência venosa crônica (IVC) é uma condição que compromete o funcionamento adequado das veias, especialmente nas pernas. Esse quadro ocorre quando os vasos sanguíneos encarregados de devolver o sangue das extremidades inferiores para o coração começam a perder sua eficiência, resultando em acúmulo de sangue. Diversos fatores podem desencadear o problema, entre eles predisposição genética, idade avançada, condições hormonais e estilo de vida sedentário.
Recentemente, o diagnóstico de insuficiência venosa crônica do ex-presidente norte-americano Donald Trump chamou atenção para a relevância da doença. A revelação de que Trump tem o quadro ocorreu em julho. Após o governante apresentar inchaço nas pernas e hematomas nas mãos, ele foi examinado e teve o diagnóstico durante avaliação médica presidencial, ressaltando a importância da detecção precoce, especialmente em pessoas sob elevada demanda física e emocional.
Entre os sintomas mais comuns da IVC estão o inchaço, sensação de peso nas pernas e mudança na coloração da pele. O desconforto costuma se acentuar após longos períodos em pé ou sentado, trazendo prejuízos à qualidade de vida de muitos indivíduos. Com o avanço da idade ou agravamento de doenças subjacentes, a situação pode evoluir para quadros mais complicados, como a formação de varizes e úlceras nas pernas.

Quais são as causas da insuficiência venosa crônica?
A insuficiência venosa crônica pode ter origem em diferentes fatores, sendo a herança familiar um dos principais. Além disso, alterações hormonais, gravidez, obesidade, traumatismos nas pernas e histórico de trombose venosa profunda estão entre os eventos que predispõem ao desenvolvimento do distúrbio. Quando as válvulas das veias falham ou perdem sua elasticidade, ocorre o refluxo do sangue, dificultando sua circulação eficiente de volta ao coração.
Além desses fatores, o avanço da idade entre homens e mulheres aumenta o risco de desenvolver sintomas da IVC. Profissões que exigem longos períodos de pé — como professores e trabalhadores do setor de saúde — também figuram entre as mais referidas nos consultórios. O caso de Trump trouxe atenção renovada à importância da detecção precoce e do manejo adequado da doença, especialmente em pessoas com cargos de alta demanda física e emocional.
Quais são os sintomas e como é feito o diagnóstico da IVC?
Os principais sinais da insuficiência venosa crônica se manifestam nas pernas e nos pés, incluindo:
- Edema (inchaço), especialmente no final do dia
- Sensação de peso ou dor, geralmente agravada por períodos prolongados de inatividade
- Mudanças na coloração da pele, desenvolvimento de manchas escurecidas ou áreas avermelhadas
- Presença de varizes visíveis
- Coceira e ressecamento na pele das pernas
O diagnóstico da IVC é clínico e pode ser complementado por exames de imagem, principalmente o ultrassom Doppler venoso, que permite visualizar o fluxo sanguíneo e detectar possíveis refluxos. Além disso, a avaliação da história médica do paciente — como o caso de figuras públicas mencionadas, incluindo o diagnóstico recente de Donald Trump — auxilia na identificação e abordagem terapêutica personalizada.

Como tratar e prevenir a insuficiência venosa crônica?
A abordagem do tratamento para insuficiência venosa crônica envolve tanto medidas não medicamentosas quanto, em casos específicos, procedimentos cirúrgicos ou a utilização de medicações apropriadas. Entre as estratégias mais recomendadas estão:
- Uso de meias elásticas compressivas para facilitar o retorno venoso
- Estímulo à prática de atividades físicas regulares
- Adoção de hábitos saudáveis, incluindo controle do peso e alimentação balanceada
- Evitar longos períodos em pé ou sentado sem movimentação
- Em alguns casos, prescrição de medicamentos para melhorar o tônus venoso
Procedimentos minimamente invasivos, como ablação a laser ou radiofrequência, podem ser indicados quando há presença de varizes de maior calibre ou quando as medidas conservadoras não oferecem resultados satisfatórios. Buscar orientação médica é essencial para definir o tratamento adequado para cada situação, considerando o histórico e as necessidades particulares de cada paciente.
A insuficiência venosa crônica representa uma condição prevalente, principalmente em populações mais velhas e em pessoas com fatores de risco conhecidos. Com o diagnóstico precoce e o manejo correto, é possível controlar os sintomas, melhorar o conforto na rotina diária e evitar complicações mais graves. Ao adotar medidas preventivas e seguir as recomendações específicas, o impacto da doença pode ser significativamente reduzido.










